Terça-feira,
11 de julho de 2017
"Um
cego vê mais que um homem comum, porque não precisa olhar para fora de si.
Porque o que ele deseja ver está completamente dentro, e é inteiramente
seu." (Caio Fernando Abreu)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 9,32-38
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 32apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio.
33Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram
admiradas e diziam: "Nunca se viu coisa igual em Israel". 34Os
fariseus, porém, diziam: "É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os
demônios".
35Jesus
percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o
Evangelho do Reino, e curando todo o tipo de doença e enfermidade. 36Vendo
Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas,
como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37"A messe
é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que
envie trabalhadores para a sua colheita!"25Quando a multidão foi afastada,
Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26Essa notícia
espalhou-se por toda aquela região.”22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse:
"Coragem, filha! A tua fé te salvou". E a mulher ficou curada a
partir daquele instante.
23Chegando à
casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada, 24e
disse: "Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo".
E começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou,
tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda
aquela região.”
www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Como
ainda somos presos ao que conhecemos e aquilo que nossos olhos podem ver. As
vezes pode parecer tolo alguém dizer que esta repleto do Espírito Santo ou
feliz ou “na graça”, mas sempre será motivo de ceticismo daqueles que precisam
ver para crer.
Vamos
analisar dois momentos desse evangelho…
Imaginemos
uma situação em que uma fatalidade esta acontecendo e fica sob a nossa
responsabilidade de procurar e trazer ajuda, Qual seria o nosso comportamento
ao ver que a ambulância, a policia, a ajuda não veio imediatamente ao local?
Consigo imaginar a situação? Como estaria o coração daquele homem ao ver Jesus
parar para conversar com aquela mulher?
Claro
que em seu coração habitava a vontade de apressar o Senhor para que chegasse
rapidamente a sua aflição. Será que ele também pensou, ao ouvir as musicas
fúnebres, que o Senhor demorou muito pra chegar?
Enfatizo
muito isso: A missão de Jesus estava na libertação do pecado, no entanto, não
se negou a resgatar a fé através de muitos prodígios visíveis. O milagre não era
a sua prioridade e sim o resgate da vida.
“(…)
O que é mais fácil dizer ao paralítico: Os seus pecados estão perdoados ou
Levante-se e ande? Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho
poder na terra para perdoar pecados. Então disse ao paralítico: Levante-se,
pegue a sua cama e vá para casa“. (Mateus 9, 5-6)
Não
foi um e nem dois momentos em que os evangelistas narram a preocupação de Jesus
em manifestar a graça de Deus apenas a alguns e não publicamente. Fazendo um
parêntese desse fato, como não estranhar esse “JESUS” que é mostrado pelos
canais de TV, não como um Rei ou Senhor e sim como um escravo de mídia e da
vontade de uns senhores que se dizem pastores, que cobram valores para que Deus
haja. São verdadeiros lobos que se aproveitam da fragilidade das pessoas para
abocanhá-las.
Se
isso ainda acontece é por que nossa fé também é semelhante ao povo que
acompanhava o cortejo fúnebre da menina. Incrivelmente, talvez contra o que
apregoa o mundo do imediatismo, eu ainda estou convicto que Jesus sempre
esperará o silencio para mudar a vida através da Boa Nova
“(…)
Por ora, todavia, “caminhamos pela fé, não pela visão” (2Cor 5,7), e conhecemos
a Deus “como que em um espelho, de uma forma confusa…, imperfeita” (1Cor
13,12). Luminosa em virtude daquele em que ela crê, a fé é muitas vezes vivida
na obscuridade. A fé pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos muitas
vezes parece estar bem longe daquilo que a fé nos assegura; as experiências do
mal e do sofrimento, das injustiças e da morte parecem contradizer a Boa Nova;
podem abalar a fé e tornar-se para ela uma tentação”. (Catecismo da Igreja
Católica § 164)
Os
céticos continuam a caluniar, a sorrir, a falar, pois temem o silencio que
também poderia mudar suas vidas.
Deixe
por um instante Jesus conversar com você!
Um
imenso abraço fraterno.
COMPORTAMENTO
Razões pelas
quais a sua autoestima pode estar baixa
Suely Buriasco
Todos
nós temos experiências de vida que ajudam a moldar o que somos. Todos
carregamos bagagens emocionais que definem nossas ações diante da vida e das
outras pessoas. Paradigmas que se formaram muito antes do nosso nascimento,
herança da educação e das influências que tivemos desde tenra idade. Todo esse
contexto se reflete à forma como olhamos para nós mesmos, tendo grande impacto
na nossa autoestima.
Leia10
maneiras de ser bom para si mesmo
Amadurecemos
quando nos determinamos a analisar que tipo de bagagem queremos carregar, ou
seja, quando entendemos que alguns paradigmas já não nos servem mais e precisam
ser quebrados. É nesse momento que assumimos as rédeas de nossas próprias vidas
e saímos em busca de nós mesmos.
Para
facilitar o seu despertamento observe algumas razões prováveis para a sua baixa
autoestima:
1.
Crenças limitantes
Conforme
já o dissemos, desde o nosso nascimento somos influenciados pelas pessoas que
nos rodeiam, bem como pelas experiências que vivenciamos. São influências
positivas e negativas que vamos acumulando com o passar dos anos, formando
nossos modelos mentais e percepções do mundo. Acontece que nem sempre essas
percepções são verdadeiras, embora as tenhamos como tal. Por isso tudo o que
acreditamos de negativo, sobre nós mesmos e a vida, precisa ser repensado.
Exemplo
Ideias
do tipo: "Eu não consigo", "Eu não sou capaz", "A vida
é difícil", "Não adianta", "O mundo é cruel", "As
pessoas não prestam", etc.
2.
Sentimento de rejeição
Você
pode estar transferindo para a sua vida atual algum momento do passado em que
se sentiu desprezado(a). Isso pode ter sido na infância, tanto na família como
no ambiente escolar. Algo que tenha marcado de forma traumática a sua criança
interior e que você não tenha superado. Também pode ter origem na vida adulta
com o fim de um relacionamento ou desprezo por parte da pessoa amada.
Exemplo
Ideias
do tipo: "Ninguém me ama", "Ninguém me quer", "Estou
sozinho", "Não tenho importância para ninguém", "Estou
perdido".
3.
Relacionamento tóxico
Conviver
com pessoas que só enxergam o lado negativo de tudo, agressivas e infelizes
minam os bons sentimentos e enfraquecem emocionalmente. O pior é que cria-se um
ciclo vicioso, pois, a pessoa com baixa autoestima acredita que merece ser
tratada dessa forma e atrai para si relacionamentos difíceis e desmotivadores.
4.
Sentimento de culpa
Todos
nós cometemos erros. Todos nós fazemos coisas pelas quais nos lamentamos. Mas
falhar não significa que você é um fracasso ou que não faz nada certo. Não
deixe que as suas experiências ruins substituam as boas. Suas qualidades não
desapareceram porque você cometeu um ato que a sua consciência reprova. O
arrependimento só tem sentido quando buscamos redimir-nos do erro, não voltando
a cometê-lo. Não deixe que isso impeça você de redimir-se e amar a si mesmo.
Lembre-se que você ainda é uma pessoa amável, independentemente de seus erros.
Avalie
essas razões e reflita se elas se enquadram na sua vida. Reconhecer isso é o
primeiro passo para iniciar um processo de transformação íntima que provocará
grande satisfação interior. O desenvolvimento da estima por si mesmo acontece a
partir daí.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Você
já reparou o quanto as pessoas falam dos outros?
Falam
de tudo.
Da
moral, do comportamento, dos sentimentos, das reações, dos medos, das
imperfeições, dos erros, das criancices, ranzinices, chatices, mesmices,
grandezas, feitos, espantos.
Sobretudo
falam do comportamento.
E
falam porque supõem saber.
Mas
não sabem.
Porque
jamais foram capazes de sentir como o outro sente.
Se
sentissem não falariam.
Só
pode falar da dor de perder um filho, um pai que já perdeu, ou a mãe já ferida
por tal amputação de vida.
Dou
esse exemplo extremo porque ele ilustra melhor.
As
pessoas falam da reação das outras e do comportamento delas quase sempre sem jamais
terem sentido o que elas sentiram.
Mas
sentir o que o outro sente não significa sentir por ele.
Isso
é masoquismo.
Significa
perceber o que ele sente e ser suficientemente forte para ajudá-lo exatamente
pela capacidade de não se contaminar com o que o machucou.
Se
nos deixarmos contaminar (fecundar?) pelo sentimento que o outro está sentindo,
como teremos forças para ajudá-lo?
Só
quem já foi capaz de sentir os muitos sentimentos do mundo é capaz de saber
algo sobre as outras pessoas e aceitá-las, com tolerância.
Sentir
os muitos sentimentos do mundo não é ser uma caixa de sofrimentos.
Isso
é ser infeliz.
É
analisá-los interiormente, deixar todos os sentimentos de que somos dotados
fluir sem barreiras, sem medos, os maus, os bons, os pérfidos, os sórdidos, os
baixos, os elevados, os mais puros, os melhores, os santos.
Só
quem deixou fluir sem barreiras, medos e defesas todos os próprios sentimentos,
pode sabê-los, de senti-los no próximo.
Espere
florescer a árvore do próprio sentimento.
Vivendo,
aceitando as podas da realidade e se possível fecundando.
A
verdade é que só sabemos o que já sentimos.
Podemos
intuir, perceber, atinar; podemos até, conhecer. Mas saber jamais.
Só
se sabe aquilo que já se sentiu.
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