Terça-feira,
04 de julho de 2017
“A amizade é
como a sombra na tarde...cresce até com o ocaso da vida. (Jean de La Fontaine)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 8,23-27
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que
houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta
pelas ondas. Jesus, porém, dormia.
25Os
discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois
estamos perecendo!” 26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens
fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma
grande calmaria. 27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que
até os ventos e o mar lhe obedecem?”
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Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Qual
é o limite que suportam nossas forças? Sabemos até onde podemos chegar ou
suportar antes de “entregar os pontos”?
A
tolerância que temos para suportar as pressões pode sim variar de pessoa para
pessoa e conforme o que estamos passando sendo assim, a fé também pode ser umas
das possíveis vítimas. Ela (a fé) pode sofrer abalos momentâneos ou duradouros
quando somos submetidos diretamente ao sofrimento em especial, nas situações de
sofrimento ou penúria imposta pelas moléstias (doenças) ou pela morte.
Quantas
pessoas que ao passar por momentos de profundo e intenso estresse sucumbiram à
descrença? Quantas que desistiram ao ver seu mundo virar ao avesso?
Moisés
certa vez, cansado da incredulidade e “pedição” do povo, desconta toda sua
raiva e decepção num rochedo que “se nega” a dar água da primeira vez que é
solicitado e que precisa ser novamente atingido para que se contentasse o povo
descrente. Deus concedeu muito a Moisés, mas naquele momento o humano “escapou”
do divino e a raiva tomou conta. Somos assim também.
“(…)
Em seguida, tendo Moisés e Aarão convocado a assembléia diante do rochedo,
disse-lhes Moisés: ‘Ouvi, rebeldes: acaso faremos nós brotar água deste
rochedo? Moisés levantou a mão e feriu o rochedo com a sua vara duas vezes; as
águas jorraram em abundância, de sorte que beberam, o povo e os animais. Em
seguida, disse o Senhor a Moisés e Aarão: “Porque faltastes à confiança em mim
para fazer brilhar a minha santidade aos olhos dos israelitas, não introduzireis
esta assembléia na terra que lhe destino’“. (Números 20, 10-12)
Como
enxergamos as fatalidades? Como vemos a morte? Em ambas as perguntas a resposta
deveria vir precedida da palavra DEPENDE.
Sim!
A resposta é proporcional a importância que damos a pergunta. Como assim? A
fatalidade geralmente acontece na casa dos outros, mas quando ocorre no nosso
quintal é catástrofe!
Anos
e anos de RCC (Renovação Carismática Católica) me ensinaram e fizeram refletir
algo que carrego no meu exercício como ministro: Quem nos procura volta pra
casa com algo melhor? Será que estamos ensinando o que Jesus nos pediu?
O
próprio documento de Aparecida nos sugere um ensino querigmático, ou seja, com
foco no anúncio da Boa Nova, mas por que muitos grupos, pastorais, homilias e
pregações dão tanta importância ao povo “pidão” que insiste em ver a água
brotar da terra ao invés de educar? Temos em nosso conviver um povo que tem
medo de enfrentar as tempestades e já no primeiro vento acorda Jesus. O foco do
QUERIGMA é ensinar que antes de gritar é ACREDITAR QUE JESUS ESTA NO BARCO!
Não
quero aqui diminuir a dor de quem sofre fisicamente com uma doença ou uma
perda, mas dar a ela um sentido que gere o conforto. Deus esta no Barco! Creia!
Lembrei
de outra passagem em que o apóstolo dos gentios, Paulo, ia em direção a Roma
para ser julgado. A vontade de ser levado a Roma o fez enfrentar uma tremenda
tempestade que sacudia o barco e tudo levava a crer que o viraria e levaria
todos os ocupantes a morte. Lançaram ao mar todo material que podia ser
desprezado e ao final restando apenas a tripulação veio a idéia de pularem no
mar. Paulo então diz:
“(…)
Desde muito tempo ninguém havia comido nada. Paulo levantou-se no meio deles e
disse: Amigos, deveras devíeis ter-me atendido e não ter saído de Creta, e
assim evitar esse perigo e essas perdas. Agora, porém, vos admoesto a QUE
TENHAIS CORAGEM, POIS NÃO PERECERÁ NENHUM DE VÓS, MAS SOMENTE O NAVIO. Esta
noite apareceu-me um anjo de Deus, a quem pertenço e a quem sirvo, o qual me
disse Não temas, Paulo. É necessário que compareças diante de César. Deus
deu-te todos os que navegam contigo. POR ISSO, AMIGOS, CORAGEM! EU CONFIO EM
DEUS QUE HÁ DE ACONTECER COMO ME FOI DITO. VAMOS DAR A UMA ILHA“. (Atos 27,
21-26)
Não
abandonemos o barco, haverá sempre uma ilha.
Pessoas
que passaram por grandes tormentas na vida testemunham que em um dado momento,
quando viam a esperança a certa distancia, perceberam a mudança no sentido do
vento. No olho do furação que viviam, Deus concedia pela fé uma ilha de tranqüilidade
a aqueles que não desistiam. Derrotas, percas, tormentas, [...] também nos
ensinam, mesmo que duramente, no entanto é preciso crer que venceremos.
Por
fim, saiba que ACREDITAR, no dicionário, vem antes de gritar, portanto, não
pule do barco!
Um
imenso abraço fraterno!
COPORTAMENTO
Como a fé
pode lhe libertar de vícios
À medida que sua fé cresce, seus vícios
tendem a diminuir.
Renata Finholdt
Ter
fé significa acreditar em alguma coisa ou em alguém, ter confiança que algo
seja verdadeiro. Ter fé em Cristo implica acreditar em seus ensinamentos, ser
seguidor de seus exemplos e ações.
Todos
os exemplos que Cristo nos deixou estão nas sagradas escrituras. Através de sua
leitura e estudos podemos endireitar nossas vidas e conduta para passar a agir
de acordo com nossas crenças.
Os
vícios seguem o caminho contrário dos ensinamentos cristãos. As sagradas
escrituras justamente nos ensinam que devemos nos libertar de vícios. Quando
nos dispomos a seguir os ensinamentos que Cristo nos deixou precisamos deixar
para trás tudo aquilo que não condiz com o evangelho.
Há
variados tipos de vícios, dos mais simples aos mais difíceis e há alguns deles
que, além de fé, precisam de muita força de vontade e também de tratamento
médico especializado. Vício de fumo, de álcool, de jogo, de sexo, de drogas e
tantos outros são terrivelmente prejudiciais ao ser humano tanto físico quanto
psicologicamente falando.
Acreditar de
todo coração
Ter
fé significa acreditar de todo coração, e partindo deste princípio não é
possível acreditar nos ensinamentos cristãos e manter vícios, independentemente
de quais sejam, uma vez que são contrários aos ensinamentos.
Agir de
acordo com os ensinamentos
Se
você passa a estudar as escrituras, participar de reuniões na Igreja e se
dedicar ao que aprende, isso servirá de grande apoio e ajuda para acabar com os
vícios que você carrega. Sua vontade de praticar aquilo que aprende se torna,
pouco a pouco, maior do que seu impulso pelos vícios.
Aumento da
fé, diminuição dos vícios
A
fé pode ser conquistada passo a passo. Primeiramente você aprende sobre Cristo,
sobre sua vida e ensinamentos e pouco a pouco sente que algo dentro de você se
acende, sua fé começa a crescer a partir de então. Seu empenho nos estudos e na
prática do que aprende a fortalece a cada dia, na mesma medida que sua fé
cresce seu desejo de praticar algo contrário a ela diminui, passa a ser algo
que você tem o desejo de eliminar de sua vida para dar espaço ao novo ser que
está se tornando.
Se
dê a oportunidade de aumentar sua fé estudando os ensinamentos de Cristo todos
os dias. Criando o bom hábito de ler as escrituras e aplicar tudo o que aprende
em seu dia a dia. Aos poucos seus vícios farão parte do seu passado
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Todos
os anos, no dia do meu aniversário, desde que completei doze anos, uma gardênia
branca me era entregue anonimamente em casa. Não havia nunca um cartão ou um
bilhete e os telefonemas para o florista eram em vão, pois a compra era sempre
feita em dinheiro vivo.
Depois
de algum tempo, parei de tentar descobrir a identidade do remetente. Apenas me
deleitava com a beleza e o perfume estonteante daquela única flor, mágica e
perfeita, aninhada em camadas de papel de seda cor-de-rosa.
Porém
nunca parei de imaginar quem poderia ser o remetente. Alguns de meus momentos
mais felizes eram passados sonhando acordada com alguém maravilhoso e
excitante, mas tímido ou excêntrico demais para revelar sua identidade.
Durante
a adolescência, foi divertido especular que o remetente
seria
um garoto por quem eu estivesse apaixonada, ou mesmo alguém que eu não conhecia
e que havia me notado.
Minha
mãe freqüentemente alimentava as minhas especulações. Ela me perguntava se
havia alguém a quem eu tivesse feito uma gentileza especial e que poderia estar
demonstrando anonimamente seu apreço.
Fez
com que eu lembrasse das vezes em que estava andando de bicicleta e nossa
vizinha chegara com o carro cheio de compras e crianças. Eu sempre a ajudava a
descarregar o carro e cuidava que as crianças não corressem para a rua. Ou
talvez o misterioso remetente fosse o senhor que morava do outro lado da rua.
No inverno, muitas vezes eu lhe levava sua correspondência para que ele não
tivesse que se aventurar nos degraus escorregadios.
Minha
mãe fez o que pôde para estimular minha imaginação a respeito da gardênia.
Ela
queria que seus filhos fossem criativos.
Também
queria que nos sentíssemos amados e queridos, não apenas por ela, mas pelo
mundo como um todo.
Quando
estava com dezessete anos, um rapaz partiu meu coração. Na noite em que me
ligou pela última vez, chorei até pegar no sono. Quando acordei de manhã havia
uma mensagem escrita com batom vermelho no meu espelho: "Alegre-se, quando
semideuses se vão, os deuses vêm."
Pensei
a respeito daquela citação de Emerson durante muito tempo e a deixei onde minha
mãe a havia escrito até meu coração sarar. Quando finalmente fui buscar o
limpa-vidros, minha mãe soube que estava tudo bem novamente.
Mas
houve certas feridas que minha mãe não pôde curar. Um mês antes de minha
formatura no segundo grau, meu pai morreu subitamente de enfarte. Meus
sentimentos variavam de dor a abandono, medo, desconfiança e raiva avassaladora
por meu pai estar perdendo alguns dos acontecimentos mais importantes da minha
vida.
Perdi
totalmente o interesse em minha formatura que se aproximava, na peça de teatro
da turma dos formandos e no baile de formatura – eventos para os quais eu havia
trabalhado e que esperava com ansiedade. Pensei até mesmo em entrar em uma
faculdade local, ao invés de ir para outro estado como havia planejado, pois me
sentiria mais segura.
Minha
mãe, em meio à sua própria dor, não queria de forma alguma que eu faltasse a
nenhuma dessas coisas. Um dia antes de meu pai morrer, eu e ela tínhamos ido
comprar um vestido para o baile e havíamos encontrado um, espetacular - metros
e metros de musselina estampada em vermelho, branco e azul.
Ao
experimentá-lo, me senti como Scarlett O'Hara em O Vento Levou... Mas não era
do tamanho certo e, quando meu pai morreu no dia seguinte, esqueci totalmente
do vestido.
Minha
mãe, não. Na véspera do baile, encontrei o vestido esperando por mim - no
tamanho certo. Estava estendido majestosamente sobre o sofá da sala,
apresentado para mim de maneira artística e amorosa. Eu podia não me importar
em ter um vestido novo, mas minha mãe se importava.
Ela
estava atenta à imagem que seus filhos tinham de si mesmos.
Imbuiu-nos
com uma sensação de mágica do mundo e nos deu a habilidade de ver a beleza
mesmo em meio à adversidade.
Na
verdade, minha mãe queria que seus filhos se vissem como a gardênia -
graciosos, fortes, perfeitos, com uma aura de mágica e talvez um pouco de
mistério.
Minha
mãe morreu quando eu estava com vinte e dois anos, apenas dez dias depois de
meu casamento. Este foi o ano em que parei de receber gardênias.
(Martha Arons)
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