Segunda-feira,
31 de outubro de 2016
“Quem perdeu
o trem da história por querer, saiu do juízo sem saber, foi mais um covarde a
se esconder.” (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 14,12-14
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 1Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos.
Mas ai daquele que produz escândalos! 2Seria melhor para ele que lhe amarrassem
uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um
desses pequeninos. 3Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele
se converter, perdoa-lhe. 4Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete
vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”. 5Os
apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor respondeu: “Se
vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a
esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”.
Conteúdo
publicado em Comece o Dia Feliz.
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a sua publicação desde que se cite a fonte.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Quando
deres uma festa, convida os pobres... Então serás feliz!
Neste
Evangelho, mais do que uma parábola, Jesus nos faz um pedido muito claro:
Quando dermos uma festa, não convidemos os nossos parentes, ou amigos, ou
vizinhos ricos. Pois estes poderão nos retribuir, convidando-nos também. Pelo
contrário, que convidemos os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos... Porque
estes não nos poderão retribuir, e receberemos a recompensa de Deus, na
ressurreição dos justos.
O
pedido de Jesus é facílimo de entender, porque todos nós fazemos festinhas, de
vez em quando, seja de aniversário natalício, de casamento, de batizado, por
ocasião do Natal... O problema é que a fé ainda não penetrou tanto em nós, a
ponto de nos mover a atender o pedido de Jesus. Alguns fazem até uma
“releitura”, dizendo que Jesus não quis dizer isso que ele disse, mas outra
coisa. Tudo para escapar do pedido dele, que é muito forte.
Sabemos
que a recompensa de Deus é infinitamente mais generosa que a de qualquer ser
humano. É o que disse Jesus em outra ocasião: “Dai e vos será dado. Uma medida
boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste,
pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós” (Lc 6,38).
Naquele tempo, o povo usava túnicas, também os homens; e costumavam medir
cereais na dobra da própria túnica.
Como
é distante a vida que levamos, da vida que Jesus nos propõe! Este é apenas um
exemplo; há muitos outros ensinamentos dele que têm a mesma radicalidade. Por
exemplo:
-
Os que se casam, “já não são dois, mas uma só carne. O que Deus uniu, o homem
não separe” (Mt 19,6).
-
“Se alguém te der uma bofetada na face direita, oferece-lhe também a outra” (Mt
5,39).
-
“Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o
manto!” (Mt 5,40).
-
“Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele!”
(Mt 5,41). Etc.
Jesus
cita o almoço porque eles estavam almoçando. Foi apenas um exemplo. O que ele
quer é uma mudança de coração. Quando o nosso coração muda, muda todo o nosso
comportamento.
Neste
Evangelho, Jesus nos pede para dar preferência aos mais pobres e excluídos. No
início de sua vida pública, ao apresentar seu programa de vida, ele disse: “O
Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para
anunciar a Boa Nova aos pobres. Enviou-me para proclamar a libertação aos
presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e
proclamar um ano de graça da parte do Senhor” (Lc 4,18-19).
Isso
foi opção de Deus Pai. O mesmo Deus que escolheu uma mãe para seu Filho,
escolheu também uma classe social para ele viver, a fim de mostrar ao mundo de
que lado Deus está.
Jesus
disse que continuaria presente na terra, em quatro situações: 1) Na Eucaristia:
“Isto é o meu corpo”. 2) Na Igreja: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em
meu nome, eu estarei aí no meio deles”. 3) Nas crianças: “Quem acolher em meu
nome uma criança como esta, estará acolhendo a mim mesmo” (Mt 18,5). 4) E nos
pobres: “Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são
meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25,40).
No
Evangelho de hoje, após nos pedir para convidar os pobres para o almoço, Jesus
diz: “Então serás feliz!” Realmente, é indizível a alegria que sente uma pessoa
que tem a coragem de atender a este pedido de Jesus.
Fica
para nós a pergunta: A nossa Comunidade tem o mesmo coração de Jesus? Ela
atende a esse pedido dele? “Queremos ver Jesus, caminho, verdade e vida.” Que
mostremos ao povo do terceiro milênio o verdadeiro rosto de Jesus!
Certa
vez, estava se aproximando o Natal, e as catequistas de uma Comunidade
resolveram armar o presépio de forma comunitária. Cada criança devia trazer, ou
sugerir, aquilo que ela acha que devia haver no presépio.
Um
menino trouxe de casa um recorte de revista, contendo a foto de moradores de
rua, entre eles várias crianças, e colocou no presépio.
A
catequista lhe perguntou por quê, e ele explicou: “Eu acho que Jesus está no
meio dessas pessoas, e quer que elas tenham moradia”.
Esse
garoto demonstrou um profundo conhecimento de Jesus e do seu Evangelho.
Nossa
Senhora seguiu à risca o Evangelho do seu Filho. Além de viver no meio dos
pobres, ela, no hino Magnificat, criticou duramente os ricos. “Encheu de bens
os famintos e despediu os ricos de mãos vazias.” Que ela nos ajude a viver com
coragem o que seu Filho ensinou, mesmo estando no meio de uma sociedade que
segue, muitas vezes, o caminho contrário.
Quando
deres uma festa, convida os pobres... Então serás feliz!
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
Deixe as
velhas folhas caírem
Prof. Marins
Deixe
todas as suas velhas folhas caírem neste outono. Não fique com nenhuma
delas. Abra espaço para que novas folhas
surjam, quando a primavera chegar.
Neste
outono pense também nos frutos que você deve dar, pois é da sua natureza dar
frutos para o bem da humanidade.
Afinal, de que vale a vida se você não der
frutos que gerem sementes de novos frutos. Sementes de amor, sementes de
liberdade, sementes de honestidade,
sementes de ética. Tantas sementes que o próprio vento se incumbirá de
espalhar.
Mas nunca se esqueça que antes da primavera
teremos o inverno. E todos temos nossos invernos. A vida é assim. O outono
prepara o inverno, que prepara a primavera, que traz o verão. E cada estação é
mais linda que a outra para os olhos que sabem ver.
No outono as árvores deixam cair suas folhas para
armazenar mais energia para enfrentar o inverno. É por isso que as folhas caem.
O inverno é necessário pois nele as pragas não sobrevivem. Fortalecida e
preparada, a árvore, com certeza, irá florir na primavera, crescer ainda mais
no verão, até chegar, de novo o
outono que prepara um novo inverno nesse ciclo sábio da natureza.
Deixe as velhas folhas que você ainda segura
em sua vida caírem neste outono. Prepare-se para mudar. Armazene forças para
passar o inverno que por certo terá ao ter deixado as velhas folhas caírem, mas
lembre-se que virá a primavera e com ela você poderá ter novas folhas, mais
tenras, mais verdes, mais lindas.
Pense nisso. Sucesso!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
As
pérolas são feridas curadas, são produtos da dor. Resultado de uma substância
estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de
areia. A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada
nácar.
Quando
um grão de areia penetra as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o
grão de areia com camadas e mais camadas para proteger o corpo indefeso da
ostra. Como resultado, uma linda pérola é formada.
Uma
ostra que não foi ferida de algum modo, não produz pérola, pois a pérola é uma
ferida cicatrizada. Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém?
Você já sentiu que seu mundo está para desmoronar, que nada dá certo, que os
problemas rondam você? Você já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas idéias já foram rejeitadas? Então produza uma pérola!
Cubra
sua dor, suas mágoas, suas rejeições sofridas com camadas de amor. Lembre-se
apenas de que uma ostra que não foi ferida jamais poderá produzir pérolas. E
que as pérolas são feridas cicatrizadas.
O
processo de produzir a pérola é a resposta que um pequeno ser pode dar ao
insulto que recebe, ao estranho que entra no seu mundo e que o machuca. Podemos
dizer então que a pérola é a resposta da ostra quando machucada.
Eu
não sei o que você faz das suas dores. Eu não sei o que você faz dos insultos
que recebe. Eu não sei o que você faz das dificuldades na sua vida. Eu não sei
como é que você lida com aquilo que nós consideramos sofrimento. Eu só sei que
a sabedoria nos ensina que quando uma dor nos toca, de alguma forma, uma
redenção já se aproxima, porque a redenção só é possível no momento em que a
gente descobre o significado do sofrimento.
Há
pessoas que sofrem por sofrer. Há pessoas que descobrem o significado do
sofrimento. E você já parou para pensar que, quanto mais uma pessoa sofre, mais
histórias ela tem para contar depois? E que quanto maior é o sofrimento maior é
o ensinamento que fica dele?
Eu
sei que é difícil, eu sei que não é fácil utilizar-se dessa linguagem. Eu sei
que na prática, quando o sofrimento nos envolve, é difícil a gente descobrir um
significado para ele. Mas nós não podemos negar que a gente vai ficando sábio à
medida que a gente vai descobrindo o jeito de lidar com a vida. Que todas as
suas feridas possam, em breve, se transformar em pérolas!
Padre Fábio
de Melo