Domingo, 09 de
outubro de 2016
"A
alegria que deves ter não é aquela a que poderíamos chamar fisiológica, de
animal sadio, mas uma outra, sobrenatural, que procede de abandonar tudo e de
te abandonares a ti mesmo nos braços carinhosos do nosso Deus-Pai." (
Josemaría Escrivá )
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 17,11-19
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Caminhando para
Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. Estava para entrar num
povoado, quando dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam a certa distância
e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”. Ao vê-los, Jesus disse:
“Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. Enquanto estavam a caminho, aconteceu que
ficaram curados. Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a
Deus em alta voz; prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. E este era um
samaritano. Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros
nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser
este estrangeiro?”. E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
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Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Não
houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro.
Este
Evangelho nos trás a cena da cura dos dez leprosos. Eles estavam fora do
povoado porque uma lei obrigava os leprosos a viverem separados da sociedade.
Só
um deles voltou para agradecer a Jesus. Os outros ficaram felizes com a cura,
mas se esqueceram de dizer muito obrigado a quem os curou. Já aquele que
agradeceu recebeu outra graça muito maior: a salvação: “Levanta-te e vai! Tua
fé te salvou”.
Como
é bom ser agradecido, ter a virtude do reconhecimento e da gratidão! De manhã
até a noite recebemos benefícios de Deus e nem tomamos consciência disso. Não
existe o tal “por acaso”.
A
própria sociedade pecadora nos ensina a ser ingratos e não reconhecidos. Ela
destaca as pessoas erradas, publicando o que elas fazem pelos meios mais
modernos de comunicação. Já as que fazem o bem, mesmo com heroísmo, ficam
desconhecidas. Seguindo essa “escola”, nós costumamos comentar entre nós sobre
os crimes, esquecendo-nos dos bons gestos que vemos. Se na nossa rua existem
vinte famílias que andam certinho e uma que é errada, é desta que falamos. Que
coisa triste!
De
modo geral, a proporção é a mesma da cena da cura dos leprosos: de cada dez
pessoas, só uma agradece, e mesmo esta, cada dez benefícios que recebe,
agradece um só, e olhe lá.
A
Bíblia toda, tanto o Antigo como o Novo Testamento, segue o caminho contrário,
destacando os benefícios recebidos de Deus e as pessoas exemplares. Veja Hb 11,
que bela lista de pessoas que são para nós modelos de fé.
Nossas
orações geralmente ficam no pedir, pedir, pedir... E agradecer, nada. Nos
Salmos nós encontramos as quatro espécies de oração: o louvor a Deus, a
súplica, o pedido de perdão e o agradecimento. Os Salmos de ação de graças
estão entre as páginas mais belas da Sagrada Escritura.
Jesus
gostava de agradecer. Antes da ressurreição de Lázaro, ele disse: “Pai, eu te
agradeço porque sempre me ouves!” (Jo 11,41). Na parábola da ovelha perdida, o
pastor fez uma festa para agradecer o encontro do animal. O mesmo faz a mulher
que encontrou a moeda. O pai do filho pródigo fez um banquete para festejar a
chegada do filho querido...
Contemplando
todos os presentes que ganhamos de Deus, o nosso sentimento devia ser como o de
S. Paulo: “Por isso dobro os joelhos diante do Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo...”
(Ef 3,14).
“Irmãos,
sede agradecidos. Cantai a Deus, em vossos corações, com Salmos, hinos e
cânticos inspirados pelo Espírito. E tudo o que disserdes ou fizerdes, que seja
sempre no nome do Senhor Jesus, por ele dando graças a Deus Pai” (Cl 3,16-17).
Também
S. Paulo reclama da humanidade pecadora, que é ingrata a Deus: “Apesar de
conhecerem a Deus, não o glorificaram nem lhe deram graças. Pelo contrário,
perderam-se em seus pensamentos fúteis, e seu coração insensato se obscureceu.
Alardeando sabedoria, tornaram-se tolos” (Rm 1,21-22).
Quem
é grato a Deus, é também grato às pessoas pelos benefícios que recebe. Por
outro lado, quem é ingrato a Deus, é ingrato também ao próximo.
Certa
vez, um garoto surpreendeu sua mãe com uma listinha. Esta listinha dizia assim:
A mamãe me deve: levar o recado para a tia Anita: R$2,00; comprar o pão:
R$0,50; tirar o lixo: R$0,50; varrer o chão: R$3,00. Total: R$6,00.
A
mãe não deixou por menos. Pegou na hora um papel e escreveu: carregar você
dentro de mim durante nove meses: R$000; dar banho e cuidar de você quando
criança: R$0,00; fazer a comida e lavar a roupa: R$0,00 Total que você me deve:
R$0,00. A sociedade moderna nos ensina a cobrar tudo. Mas Jesus nos ensina a
gratuidade, o reconhecimento, a gratidão.
Maria
Santíssima era uma pessoa agradecida a Deus. O Magnificat é o mais belo hino de
ação de graças existente na Bíblia. Ali, ela agradece até coisas que ainda não
tinham acontecido, como Jesus fez na ressurreição de Lázaro. De fato, “a fé é a
certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se
vêem” (Hb 11,1). Que Maria nos ajude a ser sempre gratos.
Não
houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro.
jailsonfisio@hotmail.com
VÍDEO
DA SEMANA
A VIDA E
FEITA DE ESCOLHAS - PE FABIO DE MELO
https://www.youtube.com/watch?v=nB2KWc3xyaE
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Havia
um homem que chamava-se Fleming e era um pobre lavrador escocês. Um dia,
enquanto trabalhava para ganhar o pão para a sua família, ouviu um pedido de
socorro proveniente de um pântano que havia na redondeza.
O Sr. Fleming largou tudo o que estava a fazer
e correu ao pântano. Lá, deparou-se com um rapazinho enterrado até à cintura,
gritando por socorro e tentando desesperadamente e em vão, libertar-se do
lamaçal onde caíra.
O Sr. Fleming retirou o rapazinho do pântano,
salvando-o assim da morte. No dia seguinte, chegou uma elegante carruagem à sua
humilde casa, donde saiu um nobre elegantemente vestido, que se lhe dirigiu
apresentando-se como o pai do rapazinho que salvara da morte certa.
“ Quero recompensá-lo", disse o
nobre. “O senhor salvou a vida do meu filho". “ Não, não posso aceitar
dinheiro pelo que fiz”, respondeu o lavrador escocês. Nesse momento, o filho do
lavrador assumou à porta da casa.;É seu filho?" perguntou o nobre.;,
respondeu orgulhosamente o humilde lavrador.
Então, proponho-lhe o seguinte: Deixe-me
proporcionar ao seu filho o mesmo nível de instrução que proporcionarei ao meu.
Se o seu rapaz sair ao Senhor, não tenho dúvida alguma que se converterá num
homem de que ambos nos orgulharemos."
Então o Sr. Fleming aceitou. O filho do
humilde lavrador frequentou as melhores escolas e licenciou-se em Medicina na
famosa Escola Médica do St. Mary's Hospital de Londres
O filho do Sr. Fleming se tornou um médico
brilhante e ficou mundialmente conhecido como Dr. Alexander Fleming, o
descobridor da Penicilina.
E desta vez, quem salvou a sua vida? ...A
PENICILINA! Quem era o nobre, que investiu na formação do Dr. Alexander
Fleming? Sir Randolph Churchill. E o filho do nobre, que foi duas vezes salvo
pela família Fleming? Sir Winston Churchill.
Portanto... Trabalhe como se não precisasse do
dinheiro. Ame como se nunca tivesse sido magoado. Dance como se ninguém
estivesse te vendo.
Cante como se ninguém ouvisse. Viva como se a
Terra fosse o Céu.
“ Não vos enganeis: de Deus não se zomba;
pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” Gálatas 6:7
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