Domingo, 14 de
agosto de 2016
A alegria
adquire-se. É uma atitude de coragem. Ser alegre não é fácil, é um ato de
vontade. (Gaston Courtois)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 12,49-53
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Fogo eu vim
lançar sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! Um batismo eu
devo receber, e como estou ansioso até que isto se cumpra! Pensais que eu vim
trazer a paz à terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão. Pois
daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra
duas e duas contra três; ficarão divididos: pai contra filho e filho contra
pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra conta nora e nora contra sogra.
www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Não
vim trazer a paz, mas a divisão.
Neste
Evangelho, Jesus usa dois sentidos contrários da palavra paz: a do mundo e a de
Cristo. Se a nossa convivência com o mundo pecador é só “de paz”, é de se
perguntar que paz é essa?
“Vós
pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra?” Jesus usa a palavra “paz” no
sentido que o mundo pecador dá, que é uma aparente tranqüilidade da ordem, mas
em cima da injustiça e baseada na força. Essa paz ele veio destruir. Como disse
um padre, no final da Missa: “Ide em paz e que a paz de Cristo nunca vos deixe
em paz”. O mundo vive em tensão, fruto do conflito entre os dois senhores que
querem dominá-lo: Deus e o capeta. E nós somos embaixadores de Cristo no nosso
ambiente. “Vim trazer a divisão: pai contra filho, mãe contra filha, sogra
contra nora...” A afirmação é chocante, mas é real, e a vemos todos os dias ao
nosso redor. Queremos a união dentro de casa, mas não podemos abrir mão do
testemunho, e é este que causa a divisão. A nossa firmeza na fé gera, muitas
vezes, perseguição. A prática do Evangelho não nos conduz a um paraíso
terrestre.
“Devo
receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra!” Jesus se
refere à sua paixão e morte, em que foi mergulhado (batizado) na dor, e venceu,
nos salvando a todos. Um metal incandescente, quando é mergulhado na água fria,
faz barulho e espirra água para todo lado. É o choque causado pelo encontro do
Reino de Deus com o reino da Besta Fera (Apocalipse). Jesus será o primeiro a
ser batizado, isto é, mergulhado nesse fogo. A parte dele foi bem feita. Resta
a nossa.
“Eu
vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso.”
Jesus compara a Vida Nova trazida por ele com o fogo. É o fogo que queima o que
é “velho” ou errado em nós; é o fogo do Amor, derramado em nossos corações.
Esse fogo vai aos poucos incendiando o mundo e fazendo nascer o Reino de Deus.
Ele suscita perseguição, divisões e faz até derramar sangue. Mas o incêndio é
implacável. Somos portadores do seu fogo. Ao ver a nossa lentidão, Jesus fica
inquieto: “como gostaria que (esse fogo) já estivesse aceso!”
Após
o fogo, surgem das cinzas plantas vicejantes. É o que acontece quando nos
deixamos incendiar pelo fogo de Deus.
Antes
de batizar Jesus, João Batista falou para o povo: “Eu vos batizo com água. Mas
virá aquele que é mais forte do que eu... Ele vos batizará com o Espírito Santo
e com fogo” (Lc 3,16). No dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio sobre Maria
e os Apóstolos em forma de chamas de fogo (At 2,3). O Espírito Santo nos dá, no
batismo, o dom do amor, que é semelhante ao fogo.
O
que nos impulsiona a evitar o mal e fazer o bem não é, em primeiro lugar, um
mandamento, o medo de castigo, ou busca da glória no Céu. O cristão é estimulado
pelo Espírito Santo que age dentro dele ou dela como um fogo.
O
amor arde no peito, queima e não deixa a pessoa parada. Impulsiona-a fortemente
para a ação e para o testemunho. O Profeta Jeremias dizia: “Tenho de gritar,
tenho de arriscar. Ai de mim se não o faço! Como escapar de ti? Como calar, se
tua voz arde em meu peito?”
Os
inimigos de Deus logo percebem e tentam apagar esse fogo, mas não conseguem.
Como diz Jo 1,5: As trevas tentaram apagar a luz, mas não conseguiram.
Na
morte de Jesus, os inimigos dele pensaram: “Agora apagamos”. Mas que nada! O
fogo estava aceso no coração dos discípulos, e agora era impossível apagá-lo.
Apagam aqui, ele brota ali.
Os
antigos perseguidores dos cristãos perceberam que, quanto mais os matavam, mais
eles cresciam em número. Este fogo que Jesus trouxe é muito especial. Quando
tentam apagá-lo, aí que ele cresce.
Por
isso que Jesus falou: “Não tenhas medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do
vosso Pai dar-vos o Reino” (Lc 12,32).
Agora,
uma coisa é certa: Ninguém consegue acender fogo apenas falando de fogo.
Imagine se alguém pega um punhado de palhas bem sequinhas, coloca-as no sol
quente e ainda joga gasolina. Depois começa a falar, com todos os recursos da
oratória, sobre fogo. Não adianta nada. Mas se a pessoa chega com uma pequena
chama, tipo palito de fósforo, já é o suficiente para incendiar tudo.
O
mesmo acontece com o fogo do amor que Jesus veio trazer. Precisamos tê-lo, ao
menos um pouquinho dentro de nós, a fim de que ele possa passar para os outros,
multiplicar-se e incendiar o mundo.
Quem
participa da Comunidade cristã, já tem esse fogo. Por isso que a ação das
Comunidades é implacável.
“O
zelo por tua casa me devora” (Sl 69,10). Esse zelo é como fogo dentro de nós.
Jesus,
quando estava pregado na cruz, disse: “Tenho sede”. Ofereceram-lhe um líquido
mas ele não quis. Não era sede de água, mas de ver esse fogo incendiando e
transformando.
Os
santos eram inflamados por esse fogo. Queriam, a todo custo, incendiar o mundo.
Alguns deram a vida por essa causa. É preciso muita garra para atear fogo. É o
fogo que nos tira de casa no domingo e nos leva para a Missa. É o fogo que
sustenta os casais unidos. O amor de Cristo é maior que o amor humano.
Jesus
não tinha nem onde reclinar a cabeça, mas passou a vida fazendo o bem e era
feliz. E antes de subir para o Céu ele disse: “Como o Pai me enviou, eu vos
envio. Recebei o Espírito Santo”.
O
padre, a freira, todos os batizados são incendiados por esse fogo, e querem
passá-lo para os outros.
Certa
vez, um grupo de jovens resolveram botar fogo numa cidade. Eles se espalharam,
cada um com uma chama e começaram a incendiar. Logo que o fogo se alastrou,
vieram os bombeiros. Mas estava difícil porque os bombeiros recebiam telefonema
de todos os cantos da cidade. E mais: quando apagavam o fogo em um lugar, logo
que saíam o fogo reacendia. Assim, não houve jeito, e a cidade foi incendiada.
Esses jovens estão convidando você para fazer parte do grupo deles.
“Simeão
os abençoou e disse a Maria, a mãe: Este menino será causa de queda e de
reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição – e a ti,
uma espada traspassará tua alma! – e assim serão revelados os pensamentos de
muitos corações” (Lc 2,34-35). Maria carregava em seu coração o fogo trazido
por seu Filho. Esposa do Espírito Santo, rogai por nós!
Não
vim trazer a paz, mas a divisão.
VÍDEO
DA SEMANA
Ser feliz
com a pessoa certa - Pe. Fábio de Melo
https://www.youtube.com/watch?v=RDeShH1BAio
MOMENTO
DE REFLEXÃO
E
não sabemos nada de nada e pensamos que sabemos tudo; A primavera da vida não é
quando temos 18 anos
Quando
pensamos que nossas dores de amor serão eternas...
A
primavera da vida chega quando nos sentimos prontos para nascer para as coisas
boas e belas que a vida nos oferece;
Quando
nos sentimos bem conosco mesmos podemos nos olhar no espelho e dizer:
-Agora
sei o que quero, sei do que preciso e sei o que vou buscar; Não tenho medo de
errar .
A
primavera da vida chega quando olhamos para trás sem ressentimentos, sem
arrependimentos e para o futuro com o brilho nos olhos de quem já descobriu que
dores não são eternas e alegrias também não, e sobrevive-se apesar de tudo, mas
que a gente vive é quando a gente descobre que nunca é tarde demais pra
recomeçar.
Leticia
Thompson
Nenhum comentário:
Postar um comentário