Segunda-feira,
13 de junho de 2016
“A vida não
pode ser a festa que esperávamos, mas enquanto estamos aqui, devemos dançar...E
lembre-se que não há prazer sem riscos.”(A. M. Chall)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 5,38-42
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os
fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os
pecadores e faz refeição com eles”.
3Então Jesus
contou-lhes esta parábola:
11“Um homem
tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da
herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles.
13Poucos
dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar
distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo
o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar
necessidade.
15Então foi
pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos
porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas
nem isto lhe davam.
17Então caiu
em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo
de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei
contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a
um dos teus empregados’.
20Então ele
partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e
sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos.
21O filho,
então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser
chamado teu filho’.
22Mas o pai
disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E
colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e
matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou
a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.
25O filho
mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho
de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.
27O criado
respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou
com saúde’.
28Mas ele
ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele,
porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci
a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus
amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas,
matas para ele o novilho cevado’.
31Então o
pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas
era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou
a viver; estava perdido, e foi encontrado’.
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Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITANDO
O EVANGELHO
Pe. Antônio Queiroz CSsR
Teu
irmão estava morto e tornou a viver.
Este
Evangelho – a parábola do Filho Pródigo – nos ensina o amor de misericórdia. É
o amor que Deus tem para conosco e que nós também devemos ter uns com os
outros.
O
pai é Deus e os dois filhos somos nós, seja quando pecamos (filho mais novo),
seja quando não acolhemos os que pecam (filho mais velho), o que é também
pecado. A família é a Comunidade cristã.
O
amor de Deus por nós é sempre maior do que as nossas fraquezas. Esta é a grande
luz que brilha no fim do túnel do pecador.
Mais
que desobediência, pecar ofender, é magoar a Deus, que é Pai misericordioso. O
que sobressai na nossa conversão é o abraço de Deus.
O
pecado desumaniza, destrói a vida, leva a pessoa a comer lavagem de porco. O
resultado do pecado é a morte, bem o contrário daquilo que a tentação nos
propõe, antes de cometê-lo.
“Eu
te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. Se obedeceres aos
preceitos do Senhor... viverás. Se, porém, o teu coração se desviar,
deixando-te levar pelo erro, morrerás. Eu te proponho a vida e a morte.
Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,15-20).
A
veste nova representa a graça, a amizade de Deus que é recuperada totalmente.
Isto nos causa arrependimento e ao mesmo tempo alegria, após o pecado.
Um
casal de namorados, se um deles está apaixonado e o outro não quer continuar o
namoro, o apaixonado não o força. É próprio de quem ama respeitar a pessoa
amada. Provavelmente o pai sabia onde o filho estava, cuidando dos porcos, mas
não foi buscá-lo. Sofria ao saber que o filho estava passando fome, mas
respeitava a sua liberdade, a sua iniciativa. É o que acontece conosco, e é bem
por isso que existe inferno: a pessoa escolhe o seu destino e Deus respeita.
Ele continua nos amando eternamente, mesmo que estejamos no inferno! Deus
respeita tanto o homem, que o deixou matar seu próprio Filho!
Deus
é o primeiro a não querer o inferno para nós. Mas, se alguém o escolhe, isto é,
escolhe viver longe de Deus, viverá eternamente. Portanto, não tem sentido
aquele questionamento: “Como pode existir inferno, se Deus é bom e nos ama
tanto?” É justamente por isso Deus nos ama que existe o inferno! Quem ama
respeita.
Já
o filho mais velho é mesquinho, sem coração, não sabe perdoar o irmão. Nem o
chama mais de irmão: “Esse teu filho”. Se nós nos julgamos perfeitos e não
aceitamos ser irmãos daqueles que erram, tornamo-nos piores do que eles. Não
queremos imitar o filho mais velho e sim o pai da parábola, sendo
misericordiosos.
O
banquete que o pai preparou representa a Eucaristia. Ela é a festa dos
misericordiosos. Quem não tem esta mentalidade, não consegue participar da
Eucaristia.
Para
se alcançar a paz após um conflito é necessário o respeito à vida, à cultura, à
liberdade de expressão, o compromisso com a não-violência, a colocação das
pessoas acima dos bens materiais e a fé cristã junto com suas virtudes.
Certa
vez, numa aldeia de índios do Rio Grande do Sul, o pajé reuniu os índios jovens
e lhes disse: “Se, um dia, alguém fizer o mal a você e você quiser vingar-se
dele, matando-o, primeiro sente-se e tome uma cuia de chimarrão. Você
compreenderá que a morte é um castigo desproporcional ao mal que a pessoa lhe
fez. Ao invés disso, resolva dar-lhe uma boa sova. Porém, antes, encha
novamente a cuia e tome. Você vai refletir melhor e pensar que, em vez de sova,
é melhor uma boa repreensão. Mas antes, encha de novo a cuia e tome. Você se
lembrará do Filho de Deus que nos perdoou e nos mandou fazer o mesmo. Então
você se convencerá de que o melhor é ir ao encontro do inimigo e, com
humildade, abraçá-lo”.
Pagar
o mal com o bem. “Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a
outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica” (Mt 5,38-42).
Maria
Santíssima nunca se afastou da casa do Pai, e nunca manchou sua veste pura da
graça. Ela é a mãe dos pecadores, Mãe de misericórdia. Que Nossa Senhora nos
ajude a não nos afastarmos de Deus e a sermos misericordiosos com os pecadores,
seja que pecado tenham cometido.
Teu
irmão estava morto e tornou a viver.
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
Ele era bom
demais
Prof. Luiz Marins
Francisco
era um "bom demais", disse-me um seu ex-colega de trabalho. Era
realmente a pessoa que mais entendia de nossos produtos. Sabia responder a
qualquer pergunta técnica que lhe fosse feita.
Só tinha um problema: ele não dividia seu
conhecimento com ninguém. Não ensinava ninguém. Quando dava uma informação, o
fazia de forma enigmática para que quem perguntasse ficasse sempre numa posição
de "ignorante". Ele tinha até um vício de dar um sorriso de deboche
quando alguém lhe perguntasse alguma coisa sobre o que tanto sabia.
Quando decidíamos fazer alguma coisa diferente
e inovadora e que havia sido decidido sem que ele "comandasse" a
decisão, logo ele vinha com ironia sobre ironia dizendo que aquilo não ia dar
certo e querendo dizer, nas entrelinhas de suas críticas, que ele, somente ele,
poderia fazer a coisa dar certo, mas... "não queria se intrometer..."
na área alheia, etc.
Esse comportamento do Francisco irritava a
todos. Ninguém gostava dele na empresa. Várias vezes tentamos conversar com ele
para que ele mudasse seu comportamento e fosse mais humilde, participativo,
cooperativo. Nada surtia efeito. Várias vezes decidimos dispensá-lo, pois o
clima que ele criava era demasiadamente ruim. Sempre vinha a dúvida: ele era um
"excelente técnico" e todos nos sentíamos inseguros em dispensá-lo.
Até que um dia ele ultrapassou os próprios
limites e respondeu mal a um de nossos principais clientes. Foi dispensado.
Qual não foi a nossa surpresa! Após a saída do
"grande" Francisco, a empresa tornou-se leve e descontraída. As
demais pessoas buscaram rapidamente o conhecimento que só ele dizia ter. Vimos
que havia muitas pessoas na empresa que sabiam tanto ou mais do ele e que eram
também bons no que faziam e eram humildes, participativos e cooperativos. O
clima mudou. A empresa cresceu. A verdade é que nos livramos de um
"corvo" que minava a empresa pouco a pouco, com seu comportamento
arrogante e individualista.
Nesta semana, gostaria que você observasse se
você também não tem na sua empresa esses "excelentes técnicos" que pouco contribuem para a empresa como um
todo e que vivem para seus próprios egos. Meu conselho é: vá fazendo um
planejamento para livrar-se deles. Você verá que sua empresa renascerá sem
esses prepotentes "franciscos".
Pense nisso. Boa Semana. Sucesso!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Quando
queremos que alguma coisa fique ancorada à nossa vida, fazemos de tudo para
mantê-la presa à nós. Criamos laços e os apertamos com todo nosso coração.
Os
nós fazem parte de nós.
Infelizmente,
nem tudo o que se apega a nós é bom e útil. Se prezamos ter laços afetivos e
pedaços de memórias agarradas definitivamente à nossa pele, há aqueles nós que
se apegam sem que nossa permissão seja pedida e sem que tenhamos forças para
desatá-los. Esses nos acompanham e nos adoecem.
Viver
com nós na garganta, que não descem e nem saem, nos deixa deficientes.
Avançamos em algumas outras coisas, mas o não resolvido fica, como um espinho
na carne.
Aquilo
que não conseguimos engolir é o perdão que não conseguimos oferecer, é o
esclarecimento que nunca nos foi dado, são os porquês nunca respondidos.
A
gente caminha, mas sente que algo ficou pra trás e muitas das dores de garganta
que não conseguimos curar são emoções presas das quais não soubemos nos livrar.
O que fica atravessado diante de nós é o peso que carregamos por vezes por anos
e anos.
O
dia bendito em que conseguimos colocar em palavras e lágrimas aquilo que nos
ofendeu, entrou em nós e ficou, o sol desponta no horizonte como se fosse seu
primeiro dia.
Ah,
Deus, se tivéssemos sempre a coragem de abrir nosso coração e gritar nossa
mágoa, quão mais leves e sãos poderíamos viver!
Por
que esse medo de expôr o que nos desagrada? Por que temer ferir o outro quando
estamos, nós mesmos e inteiramente, sangrando? Por que a felicidade alheia, se
felicidade alheia há, é mais importante que a nossa?
Grande
parte dos nossos problemas, das nossas doenças até físicas, vem da falta de
comunicação. Por que não dizemos, não passamos ao outro o que sentimos, não
falamos do sentimento de injustiça que sentimos e do quanto isso nos abala.
Falar
é importante. No bom momento, claro, que com sabedoria deve ser escolhido, mas
é muito importante. O que não dizemos, o outro não é obrigado a adivinhar e
isso nunca podemos cobrar.
Os
nós não resolvidos atam nossa vida a um certo momento. Não crescemos como
convém e mesmo nosso riso é sempre manchado por uma pinta de tristeza que
traduz nosso olhar.
Quando
sentiu que tinha que se revoltar no Templo, Jesus se revoltou, nenhuma palavra
poupou; quando a dor e tristeza foram grandes demais no seu seio, Ele chorou;
quando o cálice tornou-se por demais amargo, falou com o Pai...
A
liberdade só nos chega quando liberamos nosso ser, quando oferecemos ao outro o
direito de ouvir, perdoamos o que deve ser perdoado e aceitamos o que deve ser
aceito.
Se
criamos a coragem de desatar, devagar, certo, mas desatar, um a um os laços que
nos incomodam, liberamos uma a uma as ansiedades, os males que nos doem física
e psicologicamente.
Nessas
horas nosso coração bate de maneira diferente, respiramos mais ar puro e nossos
olhos se abrem para novos horizontes. Só um pequeno passo, um muito de coragem
e uma nova vida pode começar.
Letícia
Thompson
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