Terça-feira,
17 de maio de 2016
“Como se
fosse possível matar o tempo sem ferir a eternidade.” (Henry Thoreau)
EVANGELHO
DE HOJE
Mc 9,30-37
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 9Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e
disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu Jesus.
10Enquanto
Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e
pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus
viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os
cobradores de impostos e pecadores?”
12Jesus
ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico,
mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e
não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.
www.paulinas.org.br/diafeliz
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITANDO
O EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom
dia!
Hoje
é dia de São Mateus e o dia nacional da radiodifusão.
Será
que um olhar pode mudar a nossa vida? O que um olhar diferenciado pode fazer na
vida de quem perdeu a esperança, de um jovem, de uma comunidade?
De
fato não temos a convicta certeza que logo após o olhar de Jesus, Levi mudou de
vida, mas é fato que mudou. Esse olhar compenetrado e convicto de Jesus era
muito mais que um cartão de visita e sim a chave que rompia o lacre de um
coração que aguardava ansioso uma chance para amar algo.
Creio
que Levi, que virou Mateus, já tinha ouvido falar daquele homem de Nazaré e de
seus prodígios, mas como Zaqueu, não esperava que Ele tivesse tempo e
disposição para mudar a sua vida. A aproximação de Jesus deve ter gerado uma
tremenda angústia em alguém que se acostumou a ser odiado pelas pessoas.
Ninguém o viu com bons olhos imagine dar-lhe uma chance.
Aquele
que ninguém acreditava, Deus percebeu! Onde apenas viam o pecado, Jesus viu uma
grande possibilidade.
“(…)
Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. MAS ONDE ABUNDOU O PECADO,
SUPERABUNDOU A GRAÇA. Assim como o pecado reinou para a morte, assim também a
graça reinaria pela justiça para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso
Senhor“. (Romanos 5, 20-21)
Alguém
com o destino já “traçado” resolve, mediante a um olhar, rever seus planos.
Quando
lançamos o olhar de Jesus sobre os que nos cercam podemos de fato ver o que
ninguém vê ou não quer ver. O mundo vê jovens desmotivados para as coisas da
igreja; os olhos de Jesus acredita ainda no engajamento comprometido.
Nossas
igrejas, pastorais e movimentos aos poucos envelhecem, pois negamos ter o olhar
de Jesus que cative os mais jovens. Não adianta culpar a internet, as
lan-houses, os bailes funk, a televisão pela falta de oportunidades que NÃO
DAMOS ao protagonísmo juvenil. O jovem não fica na igreja que o quer velho e
triste… Normalmente antes dele se apaixonar pelo rosário e pela oração ele se
encanta pelo violão, pela bateria, pelos retiros, pelos amigos, pela atenção…
Mateus
foi o primeiro a colocar no papel todo o aprendizado de Jesus a qual chamou de
Evangelho. Relatos dizem que Bartolomeu quando saiu a levar a Boa Nova pela
Índia levou uma cópia dele. Aquele que não tinha chance foi um dos grandes
divulgadores e é somente no Evangelho que leva sua assinatura que vemos talvez
a real sensação de como Jesus mudou a sua vida.
“(…)
O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem
o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que
tem para comprar aquele campo. O Reino dos céus é ainda SEMELHANTE A UM
NEGOCIANTE que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai,
vende tudo o que possui e a compra. O Reino dos céus é semelhante ainda a uma rede
que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Quando está repleta, os
pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e
jogam fora o que não presta“. (Mateus 13, 44-48)
Quem
será esse negociante que resolveu vender tudo que tinha por ter encontrado uma
pérola de grande valor?
São
Mateus, rogai por nós! Abre nossos olhos para ver o que Jesus deseja que
vejamos nos irmãos!
Um
imenso abraço fraterno
COMPORTAMENTO
Não É Mais Forte Quem Mais
Suporta, E Sim Quem É Capaz De “Soltar”
Portal Raizes
É
complicado soltar ou deixar ir aquilo que consideramos muito nosso, sejam
sentimentos ou pessoas. Isto é, certas pedras que carregamos nas costas estão
unidas a nós por um sentimento de identidade e pertencimento que se funde com
nosso medo de perder algo que cremos ser tão intenso e importante.
Contudo,
apesar de todo esse caos emocional nos amarrar a certas pessoas, também
acabamos nos cansando de não nos valorizarem. É provável que ao perceber isto
você se sinta um pouco egoísta, o que é terrível para a saúde emocional.
Sentir
que ao não aguentar um pouco mais uma situação ou certas pessoas você está
fracassando é algo assustadoramente comum. O fundamento deste sentimento é o
medo que sentimos de enfrentar o vazio que a perda produz.
Dito
de outra forma: sentimos que se deixamos de nos sacrificar perdemos a
oportunidade de construir parte da história emocional das nossas vidas.
Entretanto, o que realmente você está fazendo é se comportando da forma mais
cruel possível consigo mesmo, com suas expectativas e com seus desejos.
O
caminho de ida para a liberdade emocional é construído a partir das pedras que
vamos soltando; isto é, de sentimentos e pessoas tóxicas das quais vamos nos
desfazendo.
Não
é mais forte quem mais suporta, e sim quem é mais capaz de “soltar”
Se
não traz alegria para a sua vida… solte
Se
não o ilumina nem edifica… solte
Se
permanece, mas não cresce… solte
Se
lhe dá segurança e assim você evita o esforço de se desenvolver… solte
Se
não traz reconhecimento aos seus talentos… solte
Se
não acaricia o seu ser… solte
Se
não impulsiona você a decolar… solte
Se
fala, mas não faz… solte
Se
não há um lugar na sua vida para você… solte
Se
tenta mudá-lo… solte
Se
o “eu” se impõe… solte
Se
são mais os desencontros que os encontros… solte
Se
simplesmente não agrega para a sua vida… solte
SOLTE…
a queda será muito menos dolorosa que a dor de se manter preso ao que poderia
ter sido, mas não foi.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Acabo
de embarcar em Congonhas depois de passar quase duas horas no aeroporto
tentando fazer a coisa que mais amo no mundo, que é ler. Digo “tentando” porque
não consegui. E não consegui por um motivo básico: excesso de barulho. Com um
detalhe: o livro que eu estava tentando ler, do alemão Eckhart Tolle, se chama
“O Poder do Silêncio”. Suprema ironia...
Muito
se tem falado (mais uma ironia) sobre a importância do silêncio para as nossas
vidas. Mesmo assim, ele está cada vez mais raro. Restaurantes com tevês
ligadas, praias paradisíacas que deixam de ser paradisíacas por causa da música
“ambiente” tocada nas barracas, trânsito agressivamente ruidoso – o repertório
de barulhos é vasto e implacável. Mas o que mais me chama a atenção é que, pra
completar essa loucura toda, nós não conseguimos ficar calados. Nos espaços
públicos, onde antes a gente conversava com mais comedimento, falando pouco e
baixo, hoje a gente fala, fala e fala... e fala alto, quase sempre.
Fiquei
andando pelo aeroporto, procurando um cantinho mais quieto. Não existe. Se as
pessoas estão acompanhadas, conversam alto entre
elas.
Se estão sozinhas, claro, falam no celular – alto, também. O fato é que ver
alguém de boca fechada ou falando baixo é uma raridade.
Fiquei
pensando como seria bom se nos lugares públicos existissem espaços separados
para os falantes e os não-falantes. Uma ala onde os que gostam de barulho podem
falar alto e sem parar – inclusive (ou principalmente) no celular. E outra ala
onde os que preferem o silêncio (pelo menos naquele momento) podem ler, pensar
na vida ou não pensar em nada. Eventualmente, podem até falar – mas baixo.Logo
agora que a briga entre fumantes e não-fumantes está pegando fogo (sem
trocadilho), venho dar uma sugestão dessas. Daqui a pouco apanho... Mas apanho
por uma boa causa, porque amo o silêncio. Aprendo com ele, me renovo nele,
sonho, viajo.
Há
pouco tempo, na minha viagem pra Índia, fiquei surpresa quando cheguei em
Dharamshala, cidade onde mora o Dalai Lama, e vi os monges pelas ruas e nos
jardins do mosteiro falando sem parar ao celular. Ali, aos pés do Himalaia,
numa espécie de paraíso budista, um lugar que inspira quietude e serenidade,
pra qualquer canto que você olhe tem um monge conversando animadamente no
celular, como se estivesse no aeroporto de Congonhas. Em Dharamshala, perdi as
esperanças. E vi que, por algum motivo, estamos fugindo desesperadamente do
silêncio. Talvez porque ele, mais do que qualquer outra coisa, nos leva pra
dentro de nós – um lugar que cada vez nos interessa menos e onde menos queremos
chegar.
Leila
Ferreira
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