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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 18/04/2016


Segunda-feira, 18 de abril  de 2016


“Temo o dia em que a tecnologia se sobreponha à nossa humanidade: o mundo terá apenas uma geração de idiotas.” (Albert Einstein)
 


EVANGELHO DE HOJE
Jo 10,1-10

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.­
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, disse Jesus: 1"Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos".
6Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. 7Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
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Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor










MEDITANDO O EVANGELHO
Padre Queiroz


Os judeus pediam um sinal a Jesus, uma prova de que ele é mesmo o enviado de Deus. Jesus responde que não lhes será dado outro sinal, a não ser o sinal de Jonas.
Jonas, como sabemos, foi atirado no mar, em seguida uma baleia o engoliu e três dias depois o vomitou vivo na praia (Cf Jn 1,15.2,1-11).
Jesus se refere ao seu sepultamento, em que ficou também três dias debaixo da terra e depois ressuscitou vivo. Esta foi uma grande prova da sua divindade. Mas foi também uma prova da radicalização do pecado dos judeus: Mataram o Filho de Deus.
De fato, não tinha cabimento pedir sinal a Jesus, pois fazia milagres todos os dias. Só quem era cego não via.
Acontece que a nossa fé é proporcional à nossa obediência a Deus. Quem não segue os mandamentos, fica como que cego e não vê as passagens de Deus pela sua vida. Por isso acaba se desviando da fé verdadeira.
A nossa desobediência a Deus começa com pequenas falhas. Se não nos convertemos, elas vão aumentando aos poucos. De repente nós caímos num pecado grande, e levamos um susto. Esse susto é convite de Deus, sinal do amor dele a nós. Muitos tomam um copo de cerveja para esquecer o susto e continua a vida. Esses vão acabar fazendo pecados ainda maiores, como os judeus do tempo de Jesus, que o mataram.
“Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,21). Por outro lado, quem não obedece os mandamentos, acaba escondendo-se de Deus, como aconteceu com Adão e Eva.
“Assim como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé, sem a prática, é morta” (Tg 2,26).
No Evangelho, Jesus lembra também o exemplo bonito da Rainha de Sabá: Ao ficar sabendo da sabedoria de Salomão, veio de tão longe para ouvi-lo (Cf 1Rs 10,1-10). E Jesus, muito maior que Salomão, estava ali no meio daqueles chefes e eles não o ouviam.
Jesus chamou os judeus do seu tempo de geração má, quer dizer, uma geração que pratica obras más. As obras más endurecem o nosso coração para o amor a Deus e ao próximo e o fecham para a fé verdadeira. Quem pratica obras más torna-se presa fácil de seitas.
Nós buscamos instintivamente a coerência entre as várias dimensões da nossa pessoa. Se a nossa vida prática não segue o que acreditamos, passamos a acreditar naquilo que combina com a nossa vida prática.
“Josué disse ao povo: Não podeis servir ao Senhor, pois ele é um Deus santo, um Deus ciumento, que não suportará vossas transgressões e pecados” (Js 24,19).
Logo que Jesus morreu, o centurião disse: “Este era verdadeiramente Filho de Deus!” (Mt 27,54). Que nós não cheguemos a esse ponto, de só “acordar” depois que cometemos um pecado horrível. Para isso, precisamos ser menos críticos e mais dóceis diante da Palavra de Deus. Que o bom Deus tire o nosso coração de pedra e coloque no lugar um coração de carne, mais sensível aos sinais que ele nos manda.
Certa vez um rapaz procurou o padre, querendo resolver umas dúvidas de fé. O padre levou-o para a sala de atendimento, os dois se sentaram e o padre foi logo perguntando: “Quanto tempo faz que você não se confessa?” O rapaz respondeu: “Não é isso, padre, o meu problema são dúvidas de fé!” “Sim, respondeu o padre, mas eu gostaria que você antes se confessasse. Depois a gente conversa sobre a fé”. Depois de muita conversa, o padre, com sua bondade, conseguiu convencer o jovem a se confessar. Foi uma confissão longa e o jovem até se emocionou. Terminada, o padre lhe disse: “Agora vamos conversar sobre a fé. Pode apresentar as suas dúvidas. “Não tenho mais dúvidas, respondeu o moço. Muito obrigado, senhor padre!” E deu-lhe um abraço.
É sempre assim. A vida de pecado interfere na nossa fé. Existe uma relação: Vida de pecado = Dúvidas de fé. Prática das virtudes = Aumento de fé.
A nossa fé cresce junto com a nossa obediência a Deus.









MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

Desperte a pessoa morta ou cansada dentro de você


Tenho visto pessoas ainda jovens, de várias idades, dos 18 aos 60 anos que parecem ter desistido de lutar, desistido de acreditar, desistido, principalmente de querer. Não deixe isso acontecer com você! Tenho visto pessoas com seus 40-45 anos que já pensam em se aposentar, em parar, em desistir. As notícias dos jornais, os noticiários da televisão, têm levado as pessoas a achar que o mundo está acabando, que o Brasil não tem mais jeito, que o mundo é só feito de desgraças. Não deixe isso acontecer com você! Tenho encontrado pessoas abúlicas, sem vontade, que perderam a capacidade de desejar, de querer, de enfrentar novos desafios. Pessoas que só falam em doença, em crimes, em corrupção, em desgraça. Não deixe isso acontecer com você!
É preciso voltar a acreditar, voltar a desejar o sucesso, voltar a querer ardentemente que as coisas dêm certo e agir para que elas dêm certo. É preciso voltar a enxergar o lado positivo das coisas, as pessoas que trabalham e que venceram com honestidade, honradez. É preciso voltar a acreditar na sua própria capacidade de fazer as coisas acontecerem. É preciso acordar, despertar, ressuscitar aquela pessoa que um dia existiu dentro de você e que acreditava na vida, acreditava na capacidade de lutar, de vencer. Não se deixe abater pelas más notícias, pelas pessoas negativas, pelas pessoas invejosas. Passe por cima disso tudo e volte a querer, a desejar, a acreditar e principalmente a fazer as coisas acontecerem pelo seu próprio esforço e persistência.


O desânimo, o pensamento negativo, a inveja, o individualismo, não levam ninguém a lugar algum. Só destróem as pessoas. Só fazem as coisas piorarem. Fico impressionado ao ver quantas pessoas se destróem deixando-se morrer interiormente, não acreditando mais em nada, querendo parar de trabalhar, parar de lutar. Não deixe isso acontecer com você!
Nesta semana, gostaria de pedir que você experimentasse deixar de ler notícias ruins, de assistir telejornais negativos que só mostram o crime e a desgraça. Gostaria que você tentasse prestar atenção nas pessoas de sucesso, nas pessoas que venceram, nas pessoas que trabalham, que lutam, que são animadas com a vida. Esses devem ser nossos exemplos. Do contrário estaremos vivendo como mortos-vivos, sem esperança, sem garra, sem entusiasmo, sem vontade de viver e vencer. E pela última vez, peço a você que não deixe isso acontecer com você! Acredite que você foi feito para o sucesso!
Pense nisso. Sucesso!








MOMENTO DE REFLEXÃO

Eu me vi dentro de um barco a remo. Ora, e desde quando eu sei remar? Um vento bom soprava por ali, trazendo o cheiro da maresia, que se misturava com o odor do cafezinho morno na garrafa. Vez ou outra, o vento manso, quase brisa, embaraçava os meus cabelos de forma tão poética que eu comecei a gostar da aventura.

Mas, e os remos? Se o mar permanecer na calmaria, sem problemas, vou alcançar a ilha. A ilha? Sim, agora me lembro das razões que me ensandeceram a ponto de entrar num diminuto calado e atravessar o oceano. É que eu encontrei o mapa do tesouro. Pensando nisso, comecei a remar com mais intensidade. Precisava aproveitar o dia, o bom tempo, a paixão pelo sonho e a determinação em alcançá-lo. Há de se compreender a diferença entre sonhos e projetos –, disse uma voz interior, mil vezes maldita por simplesmente ser a voz da razão.

Bem, não era um sonho, pois sonho é aquela coisa que a gente nutre desde quando se entende por gente, como conhecer a Grécia, ter uma casa na árvore ou nadar pelado no lago do chafariz. Mas o mapa que eu tinha encontrado não era aquele que me levaria à Grécia, à casinha na árvore ou à praça do chafariz (sonho besta!). O mapa que encontrei, na verdade me foi ofertado e agora se chamava ‘projeto de vida’.

Assim, estava eu com o meu mapa do tesouro na mão direita, a mesma que segurava com força um dos remos, e fui remar: direita, esquerda, direita, esquerda e, oh céus, essa ilha que não chega nunca. O sol delirante, a noite fria, as tempestades, a sede, a fome, a presença constante de tubarões e golfinhos doidivanas. E, pior de tudo: eu estava perdendo a força física, a força mental e agora minhas emoções oscilavam entre a abnegação e o desespero.

Olhei para adiante: o que eu tinha para atingir o alvo, além da própria ambição? – Uma bússola quebrada, um par de remos puídos e… nada mais. Olhei para o céu e gritei por socorro. Aquele bem presente na angústia. Mas tudo em minha volta parecia mais assustador a cada remada que eu dava e mesmo que eu tivesse a plena convicção de que, ao chegar à ilha e encontrar o tesouro, eu seria uma pessoa encantada, daquelas que passam na rua e todos tiram seus chapéus,  a única coisa que eu conseguia desejar era jamais ter saído de minha cabana na beira da lagoa, onde eu tinha água doce e pescados em abundância.

Enquanto pensava nisso, quase sentindo o frescor da singela palhoça, vislumbrei a ilha e, tal qual um ser possuído por espectros do mal, passei a remar com tamanha euforia e ganância que perdi os remos. Mas a minha vontade de ser encantado era maior e passei a remar com as próprias mãos: ora do lado esquerdo, ora do lado direito. Forças sobrenaturais invadiram o meu corpo e minha mente que agora, obstinados pela ânsia do ter, sacolejava o barco com sofreguidão e quanto mais me aproximava da ilha, mas sôfrego eu ficava.

Num repente, no paroxismo da loucura, dei um salto extravagante, conjeturando que o maldito salto me levaria a pousar na praia.   Mas, tal qual uma isca idiota, mergulhei desajeitadamente no mar. Pude sentir a água salgada inflando os meus pulmões e naquele instante eu estava certo de que morreria. E morreria sem lutar pela vida, pois não havia mais força alguma em mim para isso. Assim, fechei os olhos e me deixei ser levado pelo entorpecimento maravilhoso e o escuro bonito que me trouxeram a paz de tanto eu precisava. Morto – pensei –, e fiquei quieto esperando a hora de enxergar a tal luz azul.

Um clarão amarelo, quase ensurdecedor, aqueceu o meu rosto e eu fui arrebatado das águas. Foi então que percebi a natureza em minha volta estava intacta, como se jamais tivesse sido tocado por mãos humanas. Perfeita, bela e indiferente aos elogios: eis a cabana, a lagoa, o pomar cheiroso e eu em harmonia com todos eles.

Naquele instante de real felicidade, que só se experimenta quem acorda de um pesadelo,  eu acabara de certificar-me que, ao rejeitar o mapa do tesouro que me fora ofertado, eu havia feito a mais corajosa de todas as escolhas: a paz de espirito.

Texto de Clara Dawn






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