Segunda-feira,
11 de abril de 2016
“A vida é
uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos
feitos.” (George Bernard Shaw)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo, 6,22-29
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
Depois que
Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar.
22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou
que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos,
mas que eles tinham partido sozinhos.
23Entretanto,
tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o
pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não
estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de
Jesus, em Cafarnaum.
25Quando o
encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste
aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me
procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes
satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento
que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é
quem o Pai marcou com seu selo”. 28Então perguntaram: “Que devemos fazer para
realizar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis
naquele que ele enviou”.
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Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITANDO
O EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom
dia!
Tiberíades
era uma cidade muito importante para o império romano, durante certo tempo foi
a capital da Galiléia. Foi de lá que Jesus vinha antes de chegar a Cafarnaum,
cidade esta considerada a “base” de Jesus, pois lá residiu e de sua redondeza
saíram boa parte dos apóstolos.
Muitos
milagres foram vistos em Cafarnaum e Jesus a considerava como sua cidade, mas
mesmo assim, com tantas demonstrações de amor, o povo insistia em não se
arrepender sendo talvez por isso justificada a forma mais enérgica e exortativa
ao se referir aos que o procuravam apenas por interesses. “(…) Eu afirmo a
vocês que isto é verdade: vocês estão me procurando porque comeram os pães e
ficaram satisfeitos e não porque entenderam os meus milagres”.
E
hoje, o que mudou? Jesus continua a operar, continua a curar, a fazer milagres
no nosso meio, mas a quantas anda nosso arrependimento?
Vejamos
a proposta da CNBB para essa reflexão:
“(…)
Um dos caminhos que temos para conhecer melhor a pessoa de Jesus é o sacramento
da eucaristia. PORÉM, ESSE CAMINHO EXIGE DE TODOS NÓS UMA POSTURA DE FÉ DIANTE
DELE E UMA ABERTURA PARA AS REALIDADES QUE ESTÃO ALÉM DA MATERIALIDADE. As
pessoas que só buscam a saciedade material e procuram Jesus apenas para a
satisfação desse tipo de necessidade são incapazes de buscar o alimento que não
se perde e que nos leva a reconhecer que Jesus é aquele que o Pai marcou com o
seu selo. Essas pessoas não são capazes de ver que Jesus é o enviado do Pai e,
por isso, não acreditam nele“.
É
duro dizer isso, mas o texto do evangelho de hoje demonstra um Jesus
profundamente chateado com a demagogia na fala das pessoas ao omitir seus
verdadeiros interesses. Pessoas essas, e infelizmente ainda hoje, que vão à
busca de situações favoráveis transitórias, esquecendo do que pode ser
permanente e duradouro.
Quando
buscamos ao Senhor, apresentamos o que de fato queremos? E quando recebemos ou
somos atendidos, permanecemos junto dele ou também partimos até a próxima vez
que precisarmos?
Buscar
o Senhor na aflição é bíblico e amplamente orientado nas passagens do novo e
antigo testamento; é bom, prudente e valioso esse contato íntimo, mas não
podemos ter Jesus como milagreiro e sim como Senhor. Temos a ingrata “mania” de
procurá-lo e logo em seguida esquecê-lo. Quantas pessoas lotam reuniões e
grupos onde se lê “semana da graça”, “corrente dos milagres” e ao terminar tais
momentos, somem?
Nós
que estamos a frente de pastorais e movimentos precisamos repensar algumas
falas e atitudes:
De
quem estamos fazendo propaganda: Jesus ou do milagre?
O
que esperamos em nossos encontros: adoradores ou quantidade de gente?
Que
tipo de pessoas queremos que surjam desses encontros?
Adoro
a idéia de acampamentos de oração promovidos pela Canção Nova. Pessoas que se
reúnem para louvar e ouvir a palavra de Deus. Ao se encontrar assim deixamos
sob a vontade plena de Deus tudo que ali acontecer. Acampar provém de uma ação,
ou seja, vontade própria, largar outras coisas, (…).
Toda
ação ou fala que temos geram expectativas nas pessoas. Precisamos ensinar as
pessoas que tudo acontecerá a seu tempo, pois Deus deseja muito o nosso bem.
Ouço essa política milagreira muito bem definida nas igrejas neopentecostais,
uma política onde o Espírito Santo é “empregado” com hora e lugar marcado para
“realizar” milagres mediante a NOSSA vontade (hunf!). É esse tipo de respeito
que temos com Deus?
Deus
esta sempre a frente daqueles que crêem. Quem o conhece não deveria dar mal
exemplos. O correto é apegar-se ao Deus dos milagres e não aos milagres de
Deus, pois todo aquele, que Nele crê, esta salvo e não precisa nada temer.
“(…)
Considerai os lírios, como crescem; não fiam, nem tecem. Contudo, digo-vos: nem
Salomão em toda a sua glória jamais se vestiu como um deles. Se Deus, portanto,
veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã se lança ao fogo, quanto
mais a vós, homens de fé pequenina! Não vos inquieteis com o que haveis de
comer ou beber; e não andeis com vãs preocupações. Porque os homens do mundo é
que se preocupam com todas estas coisas. Mas vosso Pai bem sabe que precisais
de tudo isso. Buscai antes o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas
vos serão dadas por acréscimo. NÃO TEMAIS, PEQUENO REBANHO, PORQUE FOI DO
AGRADO DE VOSSO PAI DAR-VOS O REINO”. (Lucas 12, 27-32)
Um
imenso abraço fraterno
MOTIVAÇÃO
NO TRABALHO
Desmotivação,
segundo Parreira
Dizem
que o Parreira entende de futebol e que é um excelente técnico. Isso eu não
sei. Mas uma coisa eu sei e tenho certeza: ele não entende de gente e, muito
menos, de como motivar pessoas. Isso
sempre me chamou a atenção.
Das
declarações, aos olhares de desprezo; da passividade ao lado
do campo, à incrível teimosia em fazer valer o seu "sistema tático",
mesmo quando as evidências demonstravam claramente que estava errado, tudo me
dizia que ele era um competente desmotivador de equipes.
Com
o mais espetacular time de jogadores da história do futebol em suas mãos, ele
conseguiu embotar a criatividade, impedir a ousadia, matar os talentos
individuais. Tudo e todos deveriam subordinar-se à sua visão quadrada do
futebol. Sua arrogante certeza o fez declarar, após a derrota, que não estava
preparado para perder a copa do mundo antes das finais e que a vitória da
França deveu-se a jogadores disciplinados que seguiram rigidamente um bom
"esquema tático", como que debitando a derrota a uma possível
desobediência dos craques brasileiros à sua infalível quadradice.
Quais lições podemos tirar de nossa derrota?
A primeira lição é a de pouco adianta ter uma
equipe de incríveis talentos quando a liderança é fraca, desmotivadora, surda e
cega para a realidade e para as evidências que todos insistem em falar e
mostrar. Por melhores que sejam os talentos individuais do grupo, líderes
soberbos, arrogantes, cheios de si, donos da verdade, não conseguem fazer um
time vencedor. Líderes que não vibram
com seus liderados, que não se emocionam, que não demonstram indignação com o
erro e entusiasmo com o acerto, desmotivam suas equipes.
Outra lição é a de que, para ser líder, não
basta ser um excelente "técnico". É preciso entender de gente, de
seres humanos, de pessoas. Ainda mais se
o seu time for formado de jovens que precisam, ainda mais, de um líder-pai,
líder-afeto, líder que ouça, que entenda, que dialogue. Faltou à nossa seleção um líder. Talvez tenhamos tido
um técnico. Mas, de técnico para líder, a distância está em vencer e perder uma
copa do mundo.
Nesta semana, sugiro que você aproveite as
lições de nossa derrota para refletir sobre o que faz um líder vencedor.
Lembre-se que o verdadeiro líder é, antes de tudo, humilde e faz com que seus
liderados se desabrochem dando tudo de si para que o time ganhe. E fazem isso
porque têm um líder que os motiva, que os empurra, que vibra mais do que seus
próprios liderados com cada vitória deles.
Pense nisso. Sucesso!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Como
tantas vezes me acontece, lá acordei às 6 horas da manhã, (nunca consigo
perceber se sou eu que acordo ou é Ele que me acorda), e lá veio mais uma
história ao meu coração.
Aqui
a deixo.
Chegou
à esplanada do café, sentou-se e abrindo o jornal começou a ler as notícias.
Percebeu
que o empregado se aproximava, mas não deixou de ler o jornal. Ouviu então uma
voz alegre e jovem perguntar:
O
que deseja?
Respondeu
secamente:
Um
café!
A
voz, ainda sem rosto, retorquiu-lhe:
Com
sorriso ou sem sorriso?
Admirado
levantou os olhos do jornal, e olhando viu a cara de um jovem, indelevelmente
marcada pelo Síndrome de Down, que lhe sorria esperando a resposta.
Não
pode deixar de sorrir e disse:
Com
um sorriso, claro!
Viu
o rapaz partir “saltitando” ligeiro entre as mesas, dirigindo-se ao balcão para
ir buscar o seu café.
Quando
ele regressou à sua mesa com o café, disse-lhe:
Vê-se
que gostas do que fazes!
O
rapaz respondeu, sem deixar de sorrir:
Pois,
deram-me este emprego, assim sirvo às mesas, sinto-me útil e posso falar com as
pessoas, sorrir-lhes, e elas gostam.
Arriscou
e perguntou-lhe:
E
fazes mais alguma coisa, para além disto?
A
cara iluminou-se, espelhando uma muito sincera e incontida gargalhada e ouvi-o
dizer:
Ah,
e sobretudo amo os outros.
E
lá foi ele deslizando por entre as mesas distribuindo e arrancando sorrisos de
cada cliente do café.
Colocou
o jornal na cadeira ao lado e decidiu saborear aquele café com um verdadeiro
sorriso.
Um
pensamento lhe veio ao coração e à cabeça:
Oh
meu Deus, afinal é tão simples e nós complicamos tanto! "Fazei-vos
pequeninos e de vós será o Reino dos Céus, a começar já", pensou ele, numa
frase que com certeza Jesus diria também com o Seu rosto a sorrir.
Levantou-se,
pagou deixando uma generosa gorjeta, procurou o olhar do jovem empregado e
acenou-lhe um adeus a sorrir, imediatamente retorquido com um sorriso ainda
maior.
Ao
caminhar pela rua apenas uma frase tomava conta de si:
Ah,
e sobretudo amo os outros; ah, e sobretudo amo os outros; ah, e sobretudo amo
os outros….
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