Terça-feira,
25 de agosto de 2015
“Ser um
filho de Deus não consiste em somente ser chamado de filho de Deus,
mas, sim, de
agir como o Filho de Deus.”
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 23,23-26
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
“Ai de vós,
escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do
cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como o
direito, a misericórdia e a fidelidade. Isto é que deveríeis praticar, sem
contudo deixar aquilo. Guias cegos! Filtrais o mosquito, mas engolis o camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais o copo e o prato por fora,
mas por dentro estais cheios de roubo e cobiça. Fariseu cego! Limpa primeiro o
copo por dentro, que também por fora ficará limpo.”
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Domingo,
Frei Ari disse uma coisa que muito tocou o coração: “Somos arvores frutíferas,
que no fim da vida, veremos e contabilizaremos em nosso tronco a quantidade de
galhos e brotos quebrados; lascas e pedaços retirados pelas pedradas que
levamos, pois árvores que dão frutos são assim, passamos a vida a levar
pedradas, enquanto aqueles que se preservam inteiros e sem frutos, só lhes
restam fazer sombra”.
Muitas
pessoas se dizem incomodadas quando vêem alguém não fazendo coisa alguma, mas
como é intrigante também a quantidade de pessoas que se incomodam ao ver alguém
trabalhando, e o pior, quando o que fazem, da certo!
Brinco
muito com a história do padroeiro de nossa comunidade – São Sebastião. Somos de
fato, espelhos de sua vida. Alguns pensam que ele morreu vítima das flechadas,
como a imagem que conhecemos sugere, mas não. Sebastião foi encontrado
semimorto, recuperou-se e ao invés de sossegar, voltou e morreu apedrejado.
Quando falo que somos o reflexo de nosso padroeiro, digo isso na íntegra.
Levamos flechadas dos “irmãos” no domingo, mas não paramos por isso. – voltamos
terça-feira pra levar as pedradas. (risos).
Eu
costumo dizer que as pancadas (ou pedradas) mais doloridas vêm de “fogo amigo”.
Esse termo se refere a uma denominação militar em que o soldado em campo de
batalha é atingido por uma bala ou bombardeio do mesmo exercito por qual luta.
Quantos de nós já não fomos atacados pelo fogo “invejoso” amigo (da onça)?
Quantos de nós, já pensamos em desistir, largar a coordenação de um movimento
ou de uma pastoral por esses irmãos que ainda não aprenderam como atirar? Até Jesus
foi vítima do fogo amigo de Judas!
“(…)
Não te irrites por causa dos que agem mal, nem invejes os que praticam a
iniqüidade, pois logo eles serão ceifados como a erva dos campos, e como a erva
verde murcharão. Espera no Senhor e faze o bem; habitarás a terra em plena
segurança. Põe tuas delícias no Senhor, e os desejos do teu coração ele
atenderá. Confia ao Senhor a tua sorte, espera nele, e ele agirá. Como a luz,
fará brilhar a tua justiça; e como o sol do meio-dia, o teu direito. Em
silêncio, abandona-te ao Senhor, põe tua esperança nele. Não invejes o que
prospera em suas empresas, e leva a bom termo seus maus desígnios. Guarda-te da
ira, depõe o furor, não te exasperes, que será um mal, porque os maus serão
exterminados, mas os que esperam no Senhor possuirão a terra”. (Salmo 35/36,
1-9)
Esse
fim de semana, digitava eu com uma amiga do Pedregal (comunidade Santo
Antonio), relatava ela do cansaço véspera de um retiro. Um parêntese: O
padroeiro é o reflexo do apadrinhado mesmo. Santo Antonio é reconhecido como
aquele que esteve em dois lugares ao mesmo tempo. O que se esperava de alguém
que esta nessa comunidade? Estou aqui e ali ao mesmo tempo! (risos)
Voltando
(…). Divaguei para ela que precisamos entender um pouco mais de geografia.
Quanto maior a área de pressão maior é a força dos ventos. Quanto maior forem
as dificuldades, a inveja, a cobiça, a ganância, maior será a força dos ventos
do Espírito Santo em nossas obras, em nossa vida e em nossas atitudes.
“(…)
Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. Mas onde abundou o pecado,
superabundou a graça“. (Romanos 5, 20)
Quanto
aos fariseus, temos que compreender que não deixarão de existir. Rezemos por
eles.
Um
imenso abraço fraterno.
VIDA
SAUDÁVEL
Deixe a
musicoterapia invadir os seus sentidos!
Quem
nunca ouviu dizer que quem canta os seus males espanta? Mas isto vale também
para quem ouve ou sente a música! A musicoterapia utiliza a música e todos os
seus elementos como auxiliares no tratamento de diversos tipos de problemas:
desde transtornos emocionais até reabilitação motora! Conheça um pouco mais sobre
esta terapia e descubra o poder que a música tem de melhorar o seu bem-estar e
a sua saúde!
Cante, ouça
e sinta o som com a musicoterapia!
A
musicoterapia utiliza todos os elementos da música como melodia, harmonia,
ritmo e som. A combinação destes elementos e também a interação do paciente com
eles são definidas pelo musicoterapeuta de acordo com cada caso específico e
objetivo terapêutico.
O
melhor: a gente não precisa saber cantar nem tocar! As terapias podem ser
receptivas e/ou ativas, o que é definido em função da condição de cada
paciente. Os sons e as músicas que são produzidos numa sessão terapêutica não
têm a finalidade musical, mas sim de tratamento; então relaxe, só o terapeuta
precisa ter habilidades musicais! Flauta, violão, pandeiro… o consultório de um
musicoterapeuta pode ser um verdadeiro parque sonoro de diversão!
Mas
talvez a grande estrela seja a mesa lira, uma caixa de ressonância sustentada
por pés altos e com 42 cordas de aço afinadas que ficam sob a parte em que o
paciente deita. Estas cordas são acionadas pelo terapeuta e podem provocar uma
profunda sensação de relaxamento e bem-estar!
A
musicoterapia em hospitais
A
música começou a ser utilizada como um auxiliar nos tratamentos hospitalares
após a Segunda Guerra Mundial e os resultados foram tão positivos que deram
origem a uma nova disciplina! Hoje muitos hospitais e clínicas utilizam
sistematicamente a musicoterapia. Este é o caso do INCA (Instituto Nacional do
Câncer) que há anos emprega esta modalidade para melhorar a qualidade de vida
dos seus pacientes com um programa de musicoterapia em oncologia. Há estudos
que comprovam que a música pode interferir nos batimentos cardíacos, na
respiração e até no tônus muscular, isto sem falar na sua ação sobre o estado
emocional!
Pode
gostar também: exercícios para melhorar a concentração!
Indicações
da Musicoterapia
A
musicoterapia tem ajudado a melhorar a qualidade de vida e auxiliar no
tratamento nos mais diferentes tipos de situação: distúrbios da fala e da
audição, dificuldade de aprendizado e concentração, reabilitação motora,
fibromialgia, transtornos da ansiedade, dependência química, inclusive do
cigarro, doenças de fundo emocional… A lista é tão vasta que fica difícil
colocar tudo numa só página. O importante é ressaltar que a musicoterapia pode
ser uma grande aliada do seu bem-estar. Mas como todo tratamento pode ter
contraindicações: quem sofre de epilepsia precisa passar por uma avaliação
médica criteriosa antes de procurar um terapeuta.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Alguns
anos atrás, assisti à peça Raisin in the Sun [Uva-Passa ao Sol], de Lorraine
Hansberry, e ouvi um trecho que até hoje não me sai da memória.
Na
peça, uma família afro-americana recebe US$ 10.000 provenientes do seguro de
vida do pai. A dona da casa vê no dinheiro a oportunidade de deixar o gueto
onde vivia no Harlem e de mudar-se para uma casa no campo, enfeitada com
jardineiras.
A
filha, uma moça muito inteligente, vê no dinheiro a oportunidade de realizar
seu sonho de estudar medicina.
O
filho mais velho, contudo, apresenta um argumento difícil de ser ignorado. Quer
o dinheiro para que ele e um “amigo” iniciem um negócio juntos.
Diz
à família que, com o dinheiro, ele poderá trabalhar por conta própria e
facilitar a vida de todos. Promete que, se puder lançar mão do dinheiro,
proporcionará à família todos os confortos que a vida lhes negou.
Mesmo
contra a vontade, a mãe cede aos apelos do filho. Ela tem de admitir que as
oportunidades nunca foram tão boas para ele e que ele merece a vida boa que
esse dinheiro pode oferecer-lhe.
Conforme
você deve ter imaginado, o tal “amigo” foge da cidade com o dinheiro. Desolado,
o filho é forçado a voltar para casa e dizer à família que suas esperanças para
o futuro lhe foram roubadas e que seus sonhos de uma vida melhor foram
desfeitos.
A
irmã atira-lhe no rosto toda sorte de insultos. Qualifica-o com as palavras
mais grosseiras que se possa imaginar. Seu desprezo em relação ao irmão não tem
limites.
Quando
ela para um pouco para respirar, a mãe a interrompe e diz:
—
Pensei que tivesse ensinado você a amar seu irmão.
Beneatha,
a filha, responde:
—
Amar meu irmão? Não restou nada nele para eu amar.
E
a mãe diz:
—
Sempre sobra alguma coisa para amar. E, se você não aprendeu isso, não aprendeu
nada. Você chorou por ele hoje? Não estou perguntando se você chorou por causa
de si mesma e de nossa família, por termos perdido todo aquele dinheiro. Estou
perguntando se chorou por ele: por aquilo que ele sofreu e pelas conseqüências
que terá de enfrentar.
Filha,
quando você acha que é tempo de amar alguém com mais intensidade: no momento em
que faz coisas boas e facilita a vida de todos? Bem, então você ainda_não
aprendeu nada, porque essenão é o verdadeiro momento de amar.
Devemos amar
quando a pessoa está se sentindo humilhada e não consegue acreditar em si
mesma, porque o mundo a castigou demais. Se julgar alguém, faça-o da forma
certa, filha, da forma certa. Tenha a certeza de que você levou em conta os
revezes que ele sofreu antes de chegar ao ponto em que está agora.
Essa
é a graça misericordiosa! É o amor ofertado quando não se fez nada para
merecê-lo. É o perdão concedido quando não se fez nada para conquistá-lo. É a
dádiva que flui como as águas refrescantes de um riacho para extinguir as
labaredas provocadas por palavras de condenação carregadas de ira.
O
amor que o Pai nos oferece é muito mais abundante e generoso. A graça que Deus
nos dá é muito mais copiosa.
- Tony
Campolo, em Histórias Para o Coração.
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