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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Sexta-feira 07/08/2015


Sexta-feira 07 de agosto de 2015


"A beleza e a vitalidade são presentes da natureza, para aqueles que vivem as suas leis" (Leonardo da Vinci)



EVANGELHO DE HOJE
Mt 16,24-28

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 24Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
26De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta.
28Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com o seu Reino”.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor








MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
Era uma vez… Amo quando Deus me inspira essas histórias…
Um homem muito inteligente resolveu sair a busca do conhecimento e de uma verdadeira razão para acreditar no ser humano. Procurou a explicação em vários livros, diversas religiões, no entanto ficava cada vez mais cético. Sua relação com Deus esfriava a cada dia.
Seguindo uma pista foi parar na áfrica, seguindo outra amanheceu na china. Desbravou de norte a sul de leste a oeste, mas nada conseguia lhe convencer.
Certo dia, enquanto banhava seus pés numa praia no oceano pacífico, foi surpreendido com uma garrafa de vidro que flutuava no mar. Surpreso ficou ao ver que havia um bilhete dentro da garrafa e lá dizia: “no alto do Tibet, na montanha mais alta, lá encontrará a resposta da sua longa jornada pelo conhecimento”.
Não tendo nada a perder partiu…
Escalou cada encosta, conversou com cada monge e a resposta era sempre a mesma: “Sua busca termina se não desistir”.
 Aquilo o irritava, mas conseguiu ultrapassar cada obstáculo que lhe fora apresentado até chegar numa ponte de madeira quebrada. Um precipício o separava do conhecimento.
Horas e horas se passaram e ele não conseguia encontrar uma solução que o levasse para o outro lado. Lembrou então do conselho que haviam lhe dado: “Sua busca termina se não desistir”.
Resolveu descer a montanha e buscar meios para consertar a ponte, mas um empecilho não programado aconteceu: Como conseguir tábuas, cordas, pregos, ferramentas se não tinha dinheiro e tão pouco sabia a língua local? A jornada parecia impossível de ser realizada e pior que isso como voltar e dizer aos amigos que não conseguiu chegar ao fim?
Precisou então engolir o orgulho e desistir. Ao descer o monte viu um homem que sofria em virtude do frio. Agoniando e clamando por socorro, ele lhe empresta uma das suas jaquetas, faz uma fogueira, um abrigo e tenta o possível para aquecê-lo.
No dia seguinte após uma longa e fria noite no Tibet, prepara um café da manhã para que o homem ganhe forças, mas nota que ele havia sumido. Que homem ingrato! Nem sequer agradeceu o meu tempo perdido! – pensou
Não querendo desistir por completo voltou ao precipício e lá encontrou o homem que salvou na note passada, consertando a ponte. Ao terminar o agradeceu pelo gesto heróico e partiu. Não pensou duas vezes atravessou a ponte e lá do outro lado encontrou um homem.
Perguntou: Fale-me sábio senhor, pelo que vale lutar nessa vida, pois busco essa resposta há muito tempo?
O homem então lhe disse:
- Todos os dias, vem alguém aqui e me faz essa pergunta e eu lhe proponho que volte, destrua a ponte e fique esperando, pois misteriosamente Deus lhe enviará um anjo quando mais precisar. Um anjo que precisará engolir o orgulho para descer ou desistir de algo fútil, para então salvar sua vida. Esse anjo, para te salvar, terá que se importar com seu sofrimento, cuidar dos seus ferimentos e em troca você construirá uma nova ponte para que ele chegue até aqui!
Entendem o sentido?
“(…) E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus. Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos. O que aprendestes, recebestes, ouvistes e observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco”. (Filipenses 4, 7-9)
Voltamos então a refletir que o ultimo degrau até o cume é descer do monte. Descer para subir? Sim, como o próprio evangelho de hoje nos orienta a renegar a si mesmo (nossos interesses, nossas ambições, nosso querer) sempre em prol de algo maior que seria a vontade de Deus e o bem estar daquele que esta ao meu lado. O que adianta almejar conquistar a santidade sem lutar para que outros a conseguissem? “(…) O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira”?
A santidade não advém de um ato egoísta e sim do altruísmo. A conversão é individual, mas a santidade vem do relacionamento com os irmãos e dentre eles meus familiares, amigos, trabalho, escola, (…). Ser santo na igreja é fácil, mas o que me credencia ao cume são os gestos que tenho e o desejo de ver isso realmente acontecer
Todos temos em nossos pensamentos pessoas que desejávamos que estivesse aqui neste estágio da subida. Sabemos também que algumas já estão em pontos mais altos e não mais estranharemos ao vê-las descendo para nos levantar.
A conversão ou mudança daqueles que gostamos inicia nele quando ouvem o chamado do pastor. Às vezes somente nas lágrimas que conseguimos fazer o silencio necessário para ouvi-Lo. Mesmo assim, fadigados pelo peso da nossa cruz, devemos descer para vê-lo subir. Mas cuidado! Descer não significa voltar a pecar, pois algumas pessoas, no desejo de apressar o tempo, acabam voltando a uma vida que já tinham abandonado na base da montanha (Romanos 6 ).
Bom fim de semana e um abençoado DOMINGO
Um imenso abraço fraterno.






CULINÁRIA

Strognof de banana....


1 litro de leite
2 gemas
2 latas de leite condensado
3 colheres de maisena e 3 gotas de baunilha
bata tudo no liquidificador e leve ao fogo para engrossar....
depois que engrossar coloque 2 caixinhas de creme de leite, e deixe esfriar um pouco. Coloque  5 bananas picadas. Pode ser mais ou menos, de acordo com seu gosto.
Depois raspe chocolate em barra ao leite e misture e coloque em cima para enfeitar. Leve para gelar.


Bolo mineiro de liquidificador

4 ovos
. 2 e ½ xícaras (chá) de açúcar
. ½ xícara (chá) de queijo ralado
. 1 vidro de leite de coco
. 1 vidro de leite (use o vidro do leite de coco de medida )
. 1 pitada de sal
. 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
. 1 colher de fermento em pó

Modo de preparo:

No liquidificador, bata os ovos, o açúcar, o queijo, o leite de coco, o leite e o sal. Junte a farinha e o fermento peneirados e misture. Coloque em uma fôrma de furo central, untada com manteiga e asse no forno preaquecido a 200°C durante 40 minutos, ou até que espetando um palito ele saia seco. Deixe esfriar e desenforme.









MOMENTO DE REFLEXÃO


Há pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar
Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.
Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.
Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do "pode ou não pode".
A sexualidade é apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço.
 O fato de não me casar, não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser daqueles que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.
Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me obrigou a ser padre, e, quando escolhi sê-lo, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.
Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar. Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em "propriedade privada". Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.
Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não.
Casamento não resolve os problemas do mundo.
Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere. Fizeram sexo de mais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.
É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre:
– É de livre e espontânea vontade que o fazeis?
 – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções.

Pe. Fábio de Melo

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