Quinta-feira,
27 de agosto de 2015
“O mundo é
redondo e o lugar que parece ser o fim, pode ser apenas o começo.”
(Ivy Baker
Priest)
EVANGELHO
DE HOJE
Mt 24,42-51
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a
vós, Senhor!
De fato,
Herodes tinha mandado prender João e acorrentá-lo na prisão, por causa de
Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. Pois
João vivia dizendo a Herodes: “Não te é permitido ter a mulher do teu irmão”.
Por isso, Herodíades lhe tinha ódio e queria matá-lo, mas não conseguia, pois
Herodes temia João, sabendo que era um homem justo e santo, e até lhe dava
proteção. Ele gostava muito de ouvi-lo, mas ficava desconcertado. Finalmente,
chegou o dia oportuno. Por ocasião de seu aniversário, Herodes ofereceu uma
festa para os proeminentes da corte, os chefes militares e os grandes da
Galileia. A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e a seus
convidados. O rei, então, disse à moça: “Pede-me o que quiseres, e eu te
darei”. E fez até um juramento: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires,
ainda que seja a metade do meu reino”. Ela saiu e perguntou à mãe: “Que devo
pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. Voltando depressa para
junto do rei, a moça pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de
João Batista”. O rei ficou muito triste, mas, por causa do juramento e dos
convidados, não quis faltar com a palavra. Imediatamente, mandou um carrasco
cortar e trazer a cabeça de João. O carrasco foi e, lá na prisão, cortou-lhe a
cabeça, trouxe-a num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os
discípulos de João ficaram sabendo, vieram e pegaram o corpo dele e o puseram
numa sepultura.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
A
reflexão da CNBB propõe o seguinte:
“(…)
Duas virtudes nos são colocadas pelo Evangelho de hoje: fidelidade e prudência.
Servo fiel é aquele que não precisa ser vigiado o tempo todo a fim de realizar
tudo o que é da sua competência, é aquele que merece a confiança do seu senhor,
o que não quer dizer submissão cega e inconseqüente, mas sim a pessoa ser
totalmente responsável por aquilo que faz. Prudência significa agir com
cautela, procurando evitar todo tipo de erro, fugindo de todo mal,
principalmente do pecado e de suas conseqüências, o que não quer dizer covardia
e medo, mas sim uma busca de maior consciência dos próprios atos“
Uma
das discussões que mais tem ocupado meu pensamento é o fato ou dificuldade dos
cristãos, em especial dos católicos, em manterem-se firme no que acreditam.
Meio que disfarçadamente as pessoas aos poucos parecem ter medo de dizer que
acreditam em Deus, que tem uma religião ou professam uma fé.
É
complicado competir com o hedonismo, ou seja, pela busca desenfreada por algo
que nos dê prazer. Como o encarregado da propriedade do evangelho de hoje
passamos pouco a pouco a esfriar na crença, zelo ou na esperança do que
acreditamos. Vendemos-nos ou nos permitimos conquistar facilmente pelas coisas
que me façam feliz hoje, agora,… Sob a bandeira da teologia da prosperidade
muitos tem preferido ficar no deserto. Mas de quem é a culpa? Do medo
Um
povo, uma gente ou apenas uma única pessoa não consegue viver se tiver medo, e
hoje parece que cada vez as pessoas
precisam de gestos concretos ou milagres para continuar acreditando, mas fé não
é atendido pelo código de defesa do consumidor! Bem aventurados hoje são
aqueles que ainda alimentam a fé, a esperança e a paz mesmo que não a vejam no
horizonte.
Gosto
muito de uma citação de um livro que diz: “(…) Para viver de verdade, pensando
e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e
amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. (Pensar é transgredir – Lya
Luft)
Um
povo que resolve desistir de acreditar por não querer mais esperar e assim
voltar a um passado que não se orgulha, é um povo fadado a perambular num
deserto por ter medo de continuar andando. Nenhuma religião ou credo irá
contemplá-la! Alguém que precisa deixar de crer ou ter valores morais e
pessoais para se sentir inimputável dos seus atos é fadado a mediocridade
espiritual.
Bento
XVI certa vez disse que “Deus não tira nada”. Se crer é um fardo, paciência!
Apesar que não entender ou julgar os motivos para tal fato. Crer não é um valor
quadrado, ultrapassado ou démodé, acreditar em algo, ter uma religião,
professar sua fé, pode nos salvar dos desertos que ajudamos a construir; a sair
de poços profundos que com nossas próprias pernas entramos.
No
livro Êxodo narra-se a saga de um povo no deserto e um Deus cada vez mais
próximo, por mais que não o vissem caminhar com eles. Além de vigilantes,
convido a cada um de NÓS a nesse mês de Setembro procurar SEUS passos na areia.
Em
suma… Acredite! Vale a pena! Fuja do mal! Mantenha-se fiel! E se ver alguém
perdendo a esperança, lhe estenda a mão!
Um
imenso abraço fraterno.
MUNDO
ANIMAL
As crianças
e os animais
A
relação entre o homem e os animais domésticos data de milhares de anos e tem
sido objeto de estudo de várias áreas do conhecimento como a Antropologia, a
Paleontologia, a Sociologia, a História das Mentalidades e a Psicologia. O
estudo dos papéis desempenhados pelo animal de estimação na relação com os
homens, bem como os desejos projetados por estes sobre os animais podem trazer
importantes conhecimentos sobre o psiquismo humano.
Neste
artigo vamos falar um pouco da relação entre a criança e estes animais e como
podemos ajudar o desenvolvimento emocional de nossos filhos. Além do afeto, os
animais também podem produzir outros benefícios para a saúde. É nisso que se
baseia a “Terapia Assistida por Animais”. Segundo a Delta Society
(http://www.deltasociety.org) , organização internacional com sede nos Estados
Unidos que se dedica a reunir pacientes a animais treinados. As terapias
assistidas por animais são capazes de promover melhoras físicas, sociais,
emocionais e cognitivas humanas.
Quando
a criança começa a crescer e sensibilizar suas relações de afeto, os objetos
passam a ser substituídos por seres vivos. De todos os animaizinhos de
estimação o mais comum e que mais se interage com o ser humano é o cão. Com ele
a criança pode brincar, correr, explorar o ambiente e vivenciar novas
experiências. Há um ganho significativo aqui: a criança não mais interage com
total poder sobre o objeto de afeição e suas ações provocam reações. O
cachorrinho pode correr para apanhar o objeto lançado, pode rosnar e até
morder. Ele reage ao carinho, abana o rabo, pula...e agride, se maltratado. E
não é só o cão que interage com a criança, apesar de ser o mais comum, outros
animais também fazem papel importante. O gato se encosta e se permite ser
tocado. Os peixinhos se alvoroçam no aquário quando a criança lhes joga o
alimento. O passarinho pega o alpiste na mão da criança e seu encanto atrai
pequenos e grandes. Além da relação de afeto que se desenvolve, do estímulo ao
período sensório - motor, do tocar, do sentir, do explorar o corpo do animal e
observar suas reações, muitos conhecimentos são adquiridos, do campo
psicológico ao campo científico.
Ter
um animal também requer cuidados e estes cuidados, orientados pelo adulto,
estimulam a autonomia e a responsabilidade. Cuidar da limpeza do bichinho e do
seu habitat, cuidar da sua alimentação, dividir o seu pão e lhe oferecer um
pedaço do seu biscoito, medicá-lo quando necessário, também favorece o
desenvolvimento do vínculo afetivo e a lidar com os mais diversos sentimentos,
da frustração à alegria e até à morte. E nesta relação entre a vida e a morte
que o animal de estimação têm um papel muito importante, a criança aprende
lidar com a perda, com a dor. Um risco que todos correm e queremos evitar e
poupar, mas o ciclo da vida está aí, mostrando a ordem natural das coisas.
Nesta
convivência tão saudável e necessária, a criança está aprendendo e
desenvolvendo suas relações afetivas para o futuro, influenciando na sua forma
de se relacionar com as outras pessoas e respectivos parceiros, com segurança,
compreensão, aceitação e respeito.
Se
no mundo das artes encontramos lugar para o desenvolvimento da criatividade e
do auto conhecimento, é no mundo da natureza que a criança desenvolve a
sensibilidade, a observação, a compreensão e os sentimentos de solidariedade,
generosidade, zelo, afeto e carinho.
Alguns fatos
que devem ser considerados importantes:
A
criança que convive com animais, é mais afetiva, repartindo suas coisas, é
generosa e solidária, demonstra maior compreensão dos fatos, é crítica e
observadora, se sensibiliza mais com as pessoas e as situações.
Apresenta
autonomia, responsabilidade, preocupação com a natureza, com os problemas
sociais, desenvolve boa auto-estima.
Relaciona-se
com desembaraço com os amigos, tornando-se mais sociável, cordial e justa. Sabe
respeitá-los.
Desenvolve
sua personalidade de maneira equilibrada e saudável, sem mais facilidade para
lidar com a frustração, liberta-se do egocentrismo.
Desde
os cuidados com aquela planta do vaso da sala aos cuidados com o bichinho que
escolheu para ser seu, a criança está desenvolvendo uma nova consciência, onde
o meio-ambiente, as questões ecológicas do momento e as questões sociais,
políticas e econômicas do mundo, sob uma outra ótica, contará com a colaboração
de verdadeiros cidadãos.
CURIOSIDADES:
Pacientes
autistas foram “despertados” de seu estado constante derecolhimento na presença
e o convívio com animais.
Nos
lares de pessoas idosas, a presença de um animal aumenta as expectativas de
vida.
A
equoterapia (terapia complementar com auxílio de cavalos) é utilizada no
desenvolvimento psicomotor de portadores da síndrome de Down e outras
deficiências neuropsicomotoras congênitas ou adquiridas.
Os
animais são indicados para pessoas com deficiências sensoriais (cegos e
surdos), dificuldades de coordenação motora (ataxia), atrofias musculares,
paralisia cerebral, distúrbios comportamentais e outras afecções.
O
cachorro é capaz de pressentir antecipadamente as “convulsões” características
da epilepsia quer seja do ser humano ou de outro animal.
Todos
os procedimentos científicos e técnicos vêm confirmar a relação afetiva que os
animais são capazes de estabelecer com as pessoas. Além disso, é muito
importante lembrar que todos nós interagimos nomesmo ecossistema.
Lucia Helena Salvetti De Cicco
Diretora de Conteúdo e Editora Chefe
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Há
dias em que temos a sensação de que chegamos ao fim da linha.
Não
conseguimos vislumbrar uma saída viável para os problemas que surgem em grande
quantidade.
Com
você não é diferente. Você também faz parte deste mundo cheio de provas e
expiações. Desta escola chamada terra.
E
já deve ter passado por um desses dias, e pensado em desistir...
No
entanto vale a pena resistir...
Resista
um pouco mais, mesmo que as feridas latejem e que a sua coragem esteja
cochilando.
Resista
mais um minuto e será fácil resistir aos demais.
Resista
mais um instante, mesmo que a derrota seja um ímã... Mesmo que a desilusão
caminhe em sua direção.
Resista
mais um pouco mesmo que os pessimistas digam para você parar... mesmo que sua
esperança esteja no fim.
Resista
mais um momento mesmo que você não possa avistar, ainda, a linha de chegada...
mesmo que a insegurança brinque de roda a sua volta.
Resista
um pouco mais, ainda que a sua vida esteja sendo pesada na balança dos
insensatos, e você se sinta indefeso como um pássaro de asas quebradas.
As
dores, por mais amargas, passam...
Tudo
passa...A ilusão fascina, mas se desvanece...
A
posse agrada, porém se transfere de mãos...
O
poder apaixona, entretanto, transita de pessoa.
O
prazer alegra, todavia é efêmero.
A
glória terrestre exalta e desaparece.
O
triunfador de hoje, passa, mais tarde, vencido...
Tudo,
nesta vida, tem um propósito...
A
dor aflige, mas também passa.
A
carência aturde, porém, um dia se preenche.
A
debilidade física deprime, todavia, liberta das paixões.
O
silêncio que entristece, leva à meditação que felicita.
A
submissão aflige, entretanto fortalece o caráter.
O
fracasso espezinha, ao mesmo tempo ensina o homem a conquistar-se.
A
situação muda, como mudam as estações...
O
verão brinca de esconde-esconde com a brisa morna, mas cede lugar ao outono,
que espalha suas tintas sobre a folhagem. O inverno chega e, sem pedir licença,
congela a brisa e derruba as folhas.
Tudo
parece sem vida, sem cor, sem perfume...
Será
o fim? Não! Eis que surge a primavera e estende seus tapetes multicoloridos,
espalhando perfume no ar e reverdecendo novamente a paisagem...
Assim,
quando as provas lhe baterem à porta, não se deixe levar pelo desejo de
desistir... resista um pouco mais.
Resista,
porque o último instante da madrugada é sempre aquele que puxa a manhã pelo
braço...
E
essa manhã bonita, ensolarada, sem algemas, nascerá para você em breve, desde
que você resista.
Resista,
porque alguém que o ama está sentado na arquibancada do tempo, torcendo muito
para que você vença e ganhe o troféu que tanto deseja: a felicidade...
Não
se deixe abater pela tristeza.
Todas
as dores terminam.
Aguarde
que o tempo, com suas mãos cheias de bálsamo, traga o alívio.
A
ação do tempo é infalível, e nos guia suavemente pelo caminho certo, aliviando
nossas dores, assim como a brisa leve abranda o calor do verão.
Mais
depressa do que supõe, você terá a resposta, na consolação de que necessita.
Por
tudo isso, resista... e confie nesse abençoado aliado chamado tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário