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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quarta-feira 26/08/2015


Quarta-feira, 26 de agosto de 2015


"Os hipócritas são como as tâmaras: o doce está fora, o mel nas palavras e o duro lá dentro, na alma." (Mateo Alemán) 



EVANGELHO DE HOJE
Mt 23,27-32

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!


“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda podridão! Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. Vós, pois, completai a medida de vossos pais!”


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor








MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
Sexta ou Sábado quando assistia a programação da TV Aparecida vi padre Zezinho fazer uma colocação muito pertinente a todos nós. Perguntava ele: O quanto usamos da bíblia? Fazia ele este comentário baseado no fato que muitas vezes “sorteamos” versículos para enfatizar uma afirmação ou uma convicção, mas diversas vezes não observamos o contexto ou a exegênese daquele texto bíblico.
Um exemplo para firmar essa idéia é a mensagem exortativa que nas ultimas duas semanas os evangelhos têm apresentado. Muitas vezes não conseguimos assimilar ou aceitar que eles, por mais duros que sejam, são para nós. Às vezes, ao invés de lê-los e refleti-los, preferimos a fuga ao confronto. Preferimos imaginar alguém (que não seja eu) que pudesse se “encaixar” esse trecho (um irmão, um parente, uma amigo,…) ou buscar em outro texto que “ai sim” seja pra mim.
Já presenciei pessoas que vem para reuniões armados de versículos bíblicos para se defender de possíveis ataques (risos). Tive uma chefe que ao sentir acuada, sacava o versículo “olho por olho dente por dente”. Esse gesto é repetido por muitas pessoas. O fato mais interessante é que Jesus citou esse versículo o substituindo por “ofereça a outra face”, mas na hora do aperto, só lembramos-nos do que nos convém.
“(…) Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês são como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de podridão. Por fora vocês parecem boas pessoas, mas por dentro estão cheios de mentiras e pecados”.
-É perigoso sortear versículos – dizia padre Zezinho! Imaginem esse texto acima “usado” numa reunião de lideranças? Pois é! Eu já vi acontecer!
Quanto aos “copiar e colar” para incrementar e justificar a direção de um texto, um argumento, uma direção, (…) Padre Zezinho não se vê contrario, mas que precisamos enaltecer o cuidado com a exegênese.
Reparemos esse trecho do novo livro do Padre Fábio e do Gabriel Chalita: “(…) Escuto absurdos sobre Deus, quando pessoas movidas por boas intenções resolvem explicar as fatalidades do mundo. Frases simplórias e descomprometidas com a verdade não resolvem; ao contrário, agravam ainda mais o sofrimento, porque geram orfandade, descrença e abandono. Justificam as tragédias humanas como “vontade divina”, retirando assim a responsabilidade humana dos acontecimentos, fruto das escolhas que fazemos. Respondem a tudo e a todos como se o desvelamento do mistério pudesse resolver as questões”. (Padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita – Cartas entre amigos)
Temos às vezes intenções boas, mas precisamos aprofundar mais no grandioso mistério que é ver sob a ótica de Deus. Precisamos ler mais, refletir mais, partilhar mais antes de falarmos para as pessoas. Quando digo ler mais não estou falando de apostilas, livretos de auto-ajuda, (…) refiro-me a textos mais densos como as encíclicas, documentos da igreja, filosofia, teologia, (…). Nossa! Esses dias vi um colega pregador dizer: ”coloquemo-nos aos pés de Maria em adoração para que ela interceda por nós” . Conseguimos encontrar o problema na expressão usada por ele? Sou devoto de Maria, mas reparem que ADORAR somente a Deus!
Além do “investimento” em estudo, devemos investir no material humano, ou seja, em nós e nos irmãos. Que adianta conhecer ao pé-da-letra as escrituras se não procuro vive-las, seriamos hipócritas. A começar em mim!
“(…) Enquanto eu não chegar, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino. Não negligencies o carisma que está em ti e que te foi dado por profecia, quando a assembléia dos anciãos te impôs as mãos. Põe nisto toda a diligência e empenho, de tal modo que se torne manifesto a todos o teu aproveitamento. Olha por ti e pela instrução dos outros. E persevera nestas coisas. Se isto fizeres, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem”. (I Timóteo 4, 13-16)
Um imenso abraço fraterno.






CURIOSIDADES

Você sabia?

1-De acordo com estudo científico, ateus e agnósticos são mais propensos a agir por compaixão do que pessoas religiosas.


2- Poucas pessoas sabem mas a cyberpolicia tem um search de todos que twittam "kkk" em busca de membros racistas da ku klux klan.


3- Quando você coloca um canal inexistente em uma TV antiga, 1% da estática na tela é causada pela radiação restante do Big Bang.


4- Quanto mais você falar de alguém para outras pessoas, mais você tende a se apaixonar por esse alguém. O cérebro normalmente associa o número de vezes que você falou o nome de uma pessoa á importância dela na sua vida.


5- Uma Universidade no Canadá criou um "Quarto de Filhotinhos", onde os alunos podem ir e brincar com os filhotinhos para aliviar o estresse.


6- Mesmo se a Terra se separar do Sol por algum motivo, a temperatura do seu núcleo será o suficiente para manter seres das regiões mais profundas do oceano vivos.


7- Os Dinossauros só eram tão grandes porque naquela época havia muito mais oxigênio na atmosfera.


8- Em 1972 foi descoberta uma mulher com visão aproximadamente 20 vezes melhor que o normal. Ela conseguia identificar uma pessoa a uma distância de 1,6km.


9- No Reino Unido, você pode conseguir 50% de desconto na sua licença para TV se você for cego.


10- Em Machu Picchu no Peru é possível subir tão alto, mas tão alto que você chega a ficar na mesma altura das nuvens. Uma visão simplesmente inacreditável.







MOMENTO DE REFLEXÃO

É triste ver tanta gente lutar para sobreviver.
E não estou falando apenas daqueles que ganham salário mínimo, mas de executivos que vivem angustiados com tantas pressões, de empresários que fogem de suas famílias, pois não aprenderam a amar, de pessoas de todos os níveis sociais que estão sempre assustadas perante a vida.
São pessoas que não vivem.
Apenas sobrevivem, como se estivessem numa crise asmática permanente:
aquela eterna falta de ar e, de vez em quando, o alívio rápido e passageiro.
Logo depois sentem de novo o sufoco insuportável.
Essas pessoas não vivem, sobrevivem.
E apenas sobreviver é trabalhar em algo sem sentido só para manter o salário; é fazer joguinhos de poder para manter o emprego; é sair com alguém que não se ama somente
para aplacar a solidão; é ter relações sexuais só para manter o casamento; é não conseguir desgrudar os olhos da TV, com medo de escutar a voz da consciência; é ter de tomar alguns drinques para conseguir voltar para casa.
A sociedade nos pressiona diariamente para nos transformar em máquinas.
Todos os dias, pela manhã, uma multidão liga seu corpo como se fosse mais uma máquina e sai pela porta para uma repetição infinita de ações rotineiras sem nenhuma relação com sua vocação e seu talento.
E muita gente chama a isso livre-arbítrio.
Depois vão a massagens, saunas, fazem um monte de ginástica em busca de um pouco de energia extra para, no dia seguinte, voltar a fazer o mesmo trabalho que não tem nenhuma relação com sua alma.
Muitos estados de depressão são, na realidade, frutos de uma terrível sensação de inutilidade.
Esse olhar vago do deprimido é muitas vezes o olhar de quem poderia ter aproveitado as oportunidades da vida, mas não soube valorizar o que era realmente importante.
Se, por acaso, você se identificou com a descrição acima, está na hora de mudar.
Aproveite o início de semana e mude !
O filósofo espanhol Julián Marías escreveu que a infelicidade humana está em não preferir o
que preferimos.
Quando uma pessoa não prefere o que prefere, acaba se traindo.
As escolhas de nossa vida têm sempre de privilegiar a nossa essência.
Nossa vocação não tem nada a ver com ações sem afeto.
O ser humano nasceu para realizar a sua vocação divina.
No entanto, quantas vezes acabamos nos dedicando exclusivamente à sobrevivência!
Sobreviver e viver são experiências completamente distintas.
Viver é ser dono do próprio destino.
É saber escrever o roteiro da própria vida.
É ser participante do jogo da existência, e não mero espectador.
É viver as emoções, é ter os próprios pensamentos e viver os seus sonhos.
Sobreviver é administrar o tempo para que o dia acabe o mais rápido possível.
É conseguir ter dinheiro até o próximo pagamento.
É respirar de alívio porque chegou o final do expediente.
É ir resignado de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
É adiar o máximo possível as mudanças para não ter de arriscar nada...
Chega de migalhas da vida!
Chega de viver como um fugitivo, olhando para os lados, com medo de tudo e de todos!
O ser humano merece mais do que simplesmente completar seus dias.
Merece a plenitude da vida.
"Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles.
Estão onde devem estar.
Agora, construa os alicerces."

Roberto Shinyashiki
Alguns anos atrás, assisti à peça Raisin in the Sun [Uva-Passa ao Sol], de Lorraine Hansberry, e ouvi um trecho que até hoje não me sai da memória.
Na peça, uma família afro-americana recebe US$ 10.000 provenientes do seguro de vida do pai. A dona da casa vê no dinheiro a oportunidade de deixar o gueto onde vivia no Harlem e de mudar-se para uma casa no campo, enfeitada com jardineiras.
A filha, uma moça muito inteligente, vê no dinheiro a oportunidade de realizar seu sonho de estudar medicina.
O filho mais velho, contudo, apresenta um argumento difícil de ser ignorado. Quer o dinheiro para que ele e um “amigo” iniciem um negócio juntos.
Diz à família que, com o dinheiro, ele poderá trabalhar por conta própria e facilitar a vida de todos. Promete que, se puder lançar mão do dinheiro, proporcionará à família todos os confortos que a vida lhes negou.
Mesmo contra a vontade, a mãe cede aos apelos do filho. Ela tem de admitir que as oportunidades nunca foram tão boas para ele e que ele merece a vida boa que esse dinheiro pode oferecer-lhe.
Conforme você deve ter imaginado, o tal “amigo” foge da cidade com o dinheiro. Desolado, o filho é forçado a voltar para casa e dizer à família que suas esperanças para o futuro lhe foram roubadas e que seus sonhos de uma vida melhor foram desfeitos.
A irmã atira-lhe no rosto toda sorte de insultos. Qualifica-o com as palavras mais grosseiras que se possa imaginar. Seu desprezo em relação ao irmão não tem limites.
Quando ela para um pouco para respirar, a mãe a interrompe e diz:
— Pensei que tivesse ensinado você a amar seu irmão.
Beneatha, a filha, responde:
— Amar meu irmão? Não restou nada nele para eu amar.
E a mãe diz:
— Sempre sobra alguma coisa para amar. E, se você não aprendeu isso, não aprendeu nada. Você chorou por ele hoje? Não estou perguntando se você chorou por causa de si mesma e de nossa família, por termos perdido todo aquele dinheiro. Estou perguntando se chorou por ele: por aquilo que ele sofreu e pelas conseqüências que terá de enfrentar.
Filha, quando você acha que é tempo de amar alguém com mais intensidade: no momento em que faz coisas boas e facilita a vida de todos? Bem, então você ainda_não aprendeu nada, porque essenão é o verdadeiro momento de amar.
Devemos amar quando a pessoa está se sentindo humilhada e não consegue acreditar em si mesma, porque o mundo a castigou demais. Se julgar alguém, faça-o da forma certa, filha, da forma certa. Tenha a certeza de que você levou em conta os revezes que ele sofreu antes de chegar ao ponto em que está agora.
Essa é a graça misericordiosa! É o amor ofertado quando não se fez nada para merecê-lo. É o perdão concedido quando não se fez nada para conquistá-lo. É a dádiva que flui como as águas refrescantes de um riacho para extinguir as labaredas provocadas por palavras de condenação carregadas de ira.
O amor que o Pai nos oferece é muito mais abundante e generoso. A graça que Deus nos dá é muito mais copiosa.

- Tony Campolo, em Histórias Para o Coração.



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