Domingo, 12
de julho de 2015
“Não julgue
cada dia pela colheita que você obtem, mas pelas sementes que você planta.”
EVANGELHO
DE HOJE
Mc 6,7-13
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a
vós, Senhor!
Naquele
tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes
poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o
caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
9Mandou que
andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda:
“Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar
não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira
dos pés, como testemunho contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que
todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos
doentes, ungindo-os com óleo.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Achei
muito interessante e pertinente começar essa reflexão partindo da mensagem
inicial proposta no site das Paulinas para esse evangelho… “(…) Jesus não envia
os apóstolos para pregar uma nova doutrina, mas para anunciar uma nova
realidade e testemunhar uma nova prática: a manifestação do amor que liberta e
restaura a vida”.
A
cultura judaica é repleta de símbolos e costumes que por si só poderiam nos
trazer a imagem ruim. “(…) se os receberem entre se não protestem contra eles”.
Se simplificássemos a mensagem no plano literal PODERIAMOS ter um entendimento
agressivo, prova disso que uma vez fui indagado por um amigo que sempre teve a
impressão de um Jesus arrogante e soberbo. Quem vive dentro da igreja pode até
se espantar com essa declaração, mas para aqueles que vivem sem pastor lá fora,
não. Onde Ele nos envia, pode haver pessoas com outras opiniões.
Um
breve parêntese…
Na
realidade o costume Judaico de bater as sandálias simbolizava para que não se
trouxessem nenhuma impureza. Se trouxéssemos esse costume a um exemplo mais
próximo, seria para uma pessoa que trabalha na recuperação de viciados (drogas,
alcoolismo, jogo) um alerta para que não passasse em casa a também fumar; ou
aquele que convive com pessoas diariamente adquirisse costumes que não possuía
como piadas infames, palavrões, destrato, fofocas…
Jesus
bem conhecia a sabedoria do costume judaico e também o quanto outros costumes
são facilmente assimilados. Não é difícil de ver católicos lendo horóscopo,
fazendo três pedidos na fitinha amarada no braço; não passando por debaixo de
escadas, pulando sete ondas, escolhendo cor de roupa para virar de ano (risos).
De onde adquirimos esses costumes? Nem bem sabemos! Vá para o Nordeste ou pro
Sul e lá passe um ano e ganhe de brinde o sotaque típico da região. Hábitos são
como esses sotaques.
Voltando…
Jesus roga a Deus por nós que estamos no mundo, mas hoje, aos maduros na fé, os
envia aos que também estão, no entanto o desconhecem
“(…)
Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e
guardaram a tua palavra. AGORA ELES RECONHECERAM QUE TODAS AS COISAS QUE ME
DESTE PROCEDEM DE TI. Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste
E ELES AS RECEBERAM E RECONHECERAM VERDADEIRAMENTE QUE SAÍ DE TI, e creram que
tu me enviaste. Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles
que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é
meu. Neles sou glorificado. Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no
mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que
me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós “. (João 17,
6-11)
Esse
envio é para os maduros na fé, pois depararemos com pessoas que por muitas
vezes tem uma vida repleta de maldades, vícios, ceticismo, crenças,
superstições, (…) que antes de terem qualquer contato com a Boa Nova já
passaram por terreiros, “benzeções”, simpatias… Que já “apelaram” para todos os
“santos”, mas que mesmo assim não temos que nos afastar delas, pois creio que o
próprio pastor as trouxe. Mas é certo, não podemos carregar para casa a areia
que veio junto.
“(…)
Mas viram-nos partir. Por isso, muitos deles perceberam para onde iam, e de
todas as cidades acorreram a pé para o lugar aonde se dirigiam, e chegaram
primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e
compadeceu-se dela, PORQUE ERA COMO OVELHAS QUE NÃO TÊM PASTOR. E COMEÇOU A
ENSINAR-LHES MUITAS COISAS”. (Mateus 6, 33-34)
Quem
trabalha com gente que precisa de ajuda para não sucumbir, deve se resguardar
em oração. Quem trabalha em hospital nos dá o exemplo. Eles têm por hábito de
segurança descartar as roupas em água e sabão, tomar banho e só assim poder
brincar com os filhos evitando assim doenças oportunistas.
Quem
dedica um pouco do seu tempo para levar Deus às pessoas não precisa fugir
delas, mas deve procurar uma vida o mais irrepreensível que for possível para
de fato poder ajudá-las e não sucumbir também. Nem todos que procuram por ajuda
conhecem a Deus e para levar a manifestação do amor que liberta e restaura a
vida é preciso ser a todo instante renovado.
Quais
são as areias que precisam deixar nossas sandálias?
Um
Imenso abraço fraterno!
VÍDEO
DA SEMANA
A Força da
mística de ser igual a Jesus
https://www.youtube.com/watch?v=Sz6aYgAYL5w
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Uma
das coisas mais difíceis no mundo é ter um coração puro.
Podemos
ter corações amáveis, gentis e abertos aos outros, mas puros e cheios de amor
desinteressado... quanto trabalho ainda deve ser feito, quanta renúncia, quanta
aceitação e quanta doação!
Não podemos negociar com Deus, fazer isso em
troca daquilo, agir de uma certa forma para obter algum tipo de recompensa.
O amor é gratuito e nossa dedicação a Deus ou
aos outros não deve depender do que obtemos de volta.
Aquilo que sai da nossa alma e do nosso
coração devem ser ofertas, livres de quaisquer condições.
Deus nos dá em retorno?
Certamente, porém não como paga, mas como
resultado da confiança que depositamos nEle.
Não somos bons quando damos de nós aos outros,
nem quando fazemos caridade, nem mesmo quando abandonamos nossa vida por alguém
que carece da nossa ajuda.
Somos bons quando as coisas, gestos e palavras
saem do nosso coração como uma flecha e não ficamos observando se ela vai
voltar.
Somos bons quando não contamos que nosso irmão
tem mais que nós e nos sentimos ofendidos, quando o bem e a felicidade do outro
passam a ser nosso bem e felicidade também.
Erram as pessoas que acham-se boas quando doam
de si. isso é orgulho.
Geralmente elas dão do que lhes sobra e seus
objetivos são tornarem-se pessoas melhores.
Fazem
por si no fim das contas, não pelos outros.
O caminho para o Alto é muito longo e a porta
de entrada é estreita.
Os que acham que já estão na metade do
caminho, certamente nem começaram ainda a subir.
É Deus quem nos eleva e precisamos dizer
muitos "não" e muitos "sim" até que alcancemos um pedacinho
do céu.
Amar demais aqui e odiar ali, anula o amor;
escolher os que perdoamos é o mesmo que não perdoar ninguém, pois nosso coração
continua com manchas.
O amor tem olhos fechados e é o maior de todos
os dons, distribuído a todos na face da terra.
Mas
segundo a Bíblia, há os que plantam, os que colhem, os que multiplicam e os que
escondem.
Podemos fazer todos os bens do mundo, regar os
jardins dos que precisam e oferecer-lhes nosso melhor sorriso, mas ainda assim
não teremos começado nosso caminho se negamos a palavra a um irmão, se os
ressentimentos corroem nosso coração, se contamos cada ato que realizamos.
Deus não precisa dos nossos gestos vazios,
Ele
apenas pede um coração sincero.
Aquele
que sabe e reconhece não ser perfeito, mas abre-se a cada dia ao próximo, ao
distante e tem por meta fazer o bem.
Deus ama a todos indistintamente, mas os que
aprenderam o que é compartilhar, compreenderam melhor os preceitos do Seu
coração.
E
esses provam plenamente da Sua Graça.
Letícia Thompson
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