Domingo, 10
de maio de 2015
“Na raiz de
quase todas as misérias materiais e, sobretudo morais, está uma falta de amor,
uma fome de afeição que não foi satisfeita.” (Georges Arnold)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 15,9-17
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
Assim como o
meu Pai me ama, eu amo vocês; portanto, continuem unidos comigo por meio do meu
amor por vocês. Se obedecerem aos meus mandamentos, eu continuarei amando
vocês, assim como eu obedeço aos mandamentos do meu Pai e ele continua a me
amar.
- Eu estou
dizendo isso para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês
seja completa. O meu mandamento é este: amem uns aos outros como eu amo vocês.
Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por
eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. Eu não chamo mais vocês de
empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês
de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai. Não foram vocês
que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e dêem
fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que
pedirem em meu nome. O que eu mando a vocês é isto: amem uns aos outros.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Ano
passado, quando refletíamos esse evangelho, trazíamos à tona a preocupação com
o esfriamento dos movimentos e pastorais de nossas comunidades. Perguntávamos
quais eram os motivos pelo esfriamento das pessoas. Hoje pergunto: Como estamos
agora? O que mudou? O que continuou? O que persevera?
Os
coordenadores do ano passado, muitos já não os são nesse ano. Muitos cumpriram
seus mandatos e agora descansam; outros renovaram seus votos de compromisso;
alguns tombaram; novos surgiram, mas o que mudou quanto à participação das
pessoas?
Cada
comunidade vive suas próprias necessidades e aqui também não é diferente. Moro
em Cuiabá e estamos acostumados com o calor de janeiro a janeiro.
Habituamos-nos com temperaturas acima de 40ºC. Nossa cidade não para de crescer
e bairros cada vez mais longe do centro surgem. Temos uma paróquia com mais de
trinta comunidades… Por que estou dizendo tudo isso? É apenas para enfatizar
que o tempo não para!
A
cidade cresce e nossas comunidades também. Hoje as pessoas são mais seletivas,
criteriosas e às vezes até mais “chatas” que antigamente. Muitos vêem a igreja
como uma loja, pois se vêem como consumidores e sob esse olhar escolhem aonde
ir, exigem mais conforto, não desejam longas e vazias homilias, querem igrejas
com estacionamento, ar condicionado, (…), mas e minha contrapartida? Como
ouvintes da palavra só me dou direito a pedir e nada fazer? Estou disposto a
ajudar na missa ou só exigir como um “bom” consumidor?
Outro
ponto…
Sim!
É muito bom e plausível investir em conforto e certa comodidade para as pessoas,
mas devemos também investir mais NAS pessoas. Devemos rever nossas críticas, o
peso do nosso braço, das nossas cobranças. Muitas pessoas não se motivam a se
engajar ou participar dos nossos movimentos, pois paramos no tempo. Hoje temos
recursos audiovisuais ainda melhores, mas tememos usá-los.
Fico
muito feliz que na minha comunidade ainda temos equipe de liturgia que organiza
antecipadamente a missa sendo que algumas comunidades as leituras são entregues
aos primeiros que chegam à missa (hunf!). Esse é o zelo com o templo que temos?
Ao
ver o desânimo das pessoas como não desanimar? Quantos não desanimaram assim?
“(…)
e já esquecestes as palavras de encorajamento que vos foram dirigidas como a
filhos: “Meu filho, não desprezes a correção do Senhor, não te desanimes quando
ele te repreende; pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita
como filho; (…) PORTANTO, FIRMAI AS MÃOS ENFRAQUECIDAS E OS JOELHOS VACILANTES;
TORNAI RETAS AS TRILHAS PARA OS VOSSOS PÉS, PARA QUE NÃO SE DESTRONQUE O QUE É
MANCO, MAS ANTES SEJA CURADO. Procurai a paz com todos e a santidade, sem a
qual ninguém verá o Senhor. Cuidai para que ninguém fique privado da graça de
Deus”. (Hebreus 12, 5-6; 12-15a)
Investimos
muito nos coordenadores, mas precisamos formar novos líderes.
Precisamos
de pessoas com olhar aberto a comunidade, que tenham ideias e um pouco de
tempo. Precisamos de pessoas que não temam a modernidade, que saibam gerenciar
pessoas, formar e capacitar novas lideranças, mas muitos deles se cansaram.
Precisamos que os antigos voltem e que os novos não se afastem; precisamos de
gente que ainda queira aprender e não mais os que “acham que já sabem de tudo”
“(…). Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida
por eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. Eu não chamo mais
vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas
chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai. Não
foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que
vão e deem fruto e que esse fruto não se perca”.
Todos!
Desde padres àquele que só reclama são amigos. Temos obrigações a cumprir e se
estivéssemos cumprindo não haveria tanta gente sobrecarregada.
Ano
que vem conversaremos de novo e veremos o que mudou! Com fé em Deus, muita
coisa terá mudado para melhor. Enquanto isso, fique de pé!
Um
imenso abraço fraterno
VÍDEO
DA SEMANA
Usando a
Sabedoria pra não sofrer além da conta- Pe. Fábio de Melo
https://www.youtube.com/watch?v=zQNKOq8JqKY
MOMENTO
DE REFLEXÃO
-
Está tudo em ordem. Falta apenas o selo para autenticação - informou, gentil, a
recepcionista do posto de assistência médica.
-
Onde posso comprar?
-
No cartório.
-
É longe?
-
Algumas quadras.
-
Que maçada! Estou sem condução e devo regressar ao serviço...
-
Bem, eu tenho alguns aqui. Posso vender-lhe.
Resolvido
o problema, o requerente agradece e sai, apressado.
Aproxima-se
um homem de meia idade que, nervoso, reclama asperamente sobre deficiências do
serviço.
-
O senhor tem toda razão - responde a moça.- Queira nos perdoar. Tentaremos
resolver o assunto.
Faz
anotações e promete providenciar imediatamente.
Desarmado
pela simpatia da atendente, ele perde o ânimo belicoso.
-
Desculpe, senhorita, se fui agressivo. É que estou "uma pilha",
enfrentando problemas variados.
-
Tudo bem, não se preocupe. Todos temos maus momentos...
Aproxima-se
idosa senhora, vestida humildemente:
-
Minha filha, estou doente do coração. Parece que é grave. O médico deu-me a receita
recomendando que inicie imediatamente o tratamento.
Mas
não tenho dinheiro. Será possível receber aqui os remédios?
-
Bem, vovó, não temos esse tipo de atendimento. No entanto, verei se é possível
ajudá-la.
Rapidamente
ela telefona para uma farmácia, informa-se do preço dos medicamentos e autoriza
o aviamento da receita, responsabilizando-se pelo pagamento.
O
próximo a ser atendido, homem inteligente e observador, fala, admirado:
-
Moça, estou impressionado!
Você
resolveu sem dificuldade três casos, poupando tempo a um homem apressado,
acalmando outro irritado e ajudando uma sofredora mulher...
Que
prodígios de força e dedicação a inspiram? Qual é o seu segredo?
Sorriso
iluminado, a jovem responde:
-
Não há segredo nenhum. É apenas uma questão de álgebra.
-
Álgebra?
-
Sim, aquela operação em que menos um somado a mais um faz zero. Valores
positivos anulam valores negativos. O requerente sem tempo, o reclamante
nervoso e a senhora sem recursos tinham problemas ( valores negativos).
Conservar alguns selos para emergências, usar de serenidade e se dispor a uma
"vaquinha" entre os colegas para aviar receita médica, são valores
positivos que os anulam, favorecendo as pessoas...
-
Mas acha que compensa? Ninguém se interessa pelo próximo e há muita
ingratidão!...
-
Engano seu. Muitos gostariam de ajudar, apenas não têm iniciativa. São tímidos.
Se lhes dermos exemplo nos acompanharão. Quanto ao reconhecimento alheio, não
significa nada diante da incomparável satisfação que experimentamos ao ajudar o
próximo.
Quando
nos empenhamos nesse propósito é como se sorvêssemos milagroso elixir de
alegria e bem-estar, que nos mantém felizes e equilibrados...
E
sempre sorridente:
-
Por falar nisso, em que posso servi-lo?
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