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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Segunda-feira 05/01/2015


Segunda-feira, 05 de janeiro de 2015


“Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas.” (Ariano Suassuna)



EVANGELHO DE HOJE
Mt 4,12-17.23-25


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 12Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galiléia. 13Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galiléia, 14no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15"Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galiléia dos pagãos! 16O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz".
17Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: "Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo". 23Jesus andava por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo. 24E sua fama espalhou-se por toda a Síria. Levaram-lhe todos os doentes, que sofriam diversas enfermidades e tormentos: ende­mo­ni­nhados, epilépticos e paralíticos. E Jesus os curava. 25Numerosas multidões o seguiam, vindas da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia, e da região além do Jordão.





Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.






MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade


Bom dia!
Escrevi esse texto ano passado, mas seu contexto ainda é muito atual…
A grande preocupação dos evangelhos dessa semana será em apresentar a divindade de Jesus perante as coisas que acontecem e nos cercam. Veremos manifestações de curas prodigiosas, desafios às leis físicas que conhecemos (andando sobre as águas), declarações públicas do seu ministério… É preciso então não deixar de perceber, nos evangelhos dessa semana, que Deus se manifesta através de Jesus.
A primeira idéia de revelação ou epifania (lembrar que celebramos a epifania nesse domingo) esta associada à chegada dos magos a Belém e quando lá chegaram, depararam com o menino, seu pai e Maria na manjedoura. Mais tarde, aquele mesmo menino é revelado novamente no seu batismo no Jordão; e como citei no parágrafo acima, ele se deixa revelar na vida e convívio com seus apóstolos, e nesse fato que me prendo a atenção…
É preciso estar atento as “epifanias” do Senhor em nossa vida. Repare a ênfase que dou no fato de muitas vezes o Senhor se revelar no nosso conviver, mas não nos atentamos, ou talvez, hesitamos em atestar a sua presença.
É real que por desatenção ou preocupação demasiada deixamos passar por nossos dedos novas multiplicações de pães, milagres, curas, sorrisos, abraços, (…). Sim, esses últimos também, pois neles Deus também se revela aos irmãos. Reparemos quem foram os escolhidos para ver a epifania do Senhor no Jordão? Foram aqueles que de fato não tem nossos sorrisos, nossos abraços, nossa atenção e tão pouco os conhecemos. Por ventura quem eram os pastores que viram Jesus na manjedoura? Outros, para nós, desconhecidos.
Jesus de fato, inicia seu ministério após o batismo, sob os olhos ATENTOS daqueles com quem se preocuparia durante toda sua vida pública. Sempre cito isso: Uma igreja lotada poderá ter de 100, 200, 500 pessoas ou mais, filhos e filhas de Deus que precisam muito Dele em suas vidas, pessoas essas que nunca nos falaram qualquer coisa ruim sobre nosso trabalho, nossas vidas, (…); que geralmente sentam nos bancos mais afastados e lá, no silêncio, clamam ao Senhor por ajuda…
Se foi e ainda é a esses filhos que o Senhor resolve se manifestar, por que não tornar o local mais receptivo para esse encontro através de um belo canto, da acolhida, de uma boa preparação, no zelo pelas leituras? Se tudo isso é nosso dever, por que HESITAMOS? Por que é que temos mania de fazer coisas “meia-boca” para Deus, entretanto, quando “o trem aperta” para nosso lado, me transformo no mais fervoroso dos devotos (hunf).
Outro triste fato é que temos mania de “selecionar” os que verão a epifania, se na verdade o Senhor já os escolheu. “(…) este povo, que jazia nas trevas, viu resplandecer uma grande luz; e surgiu uma aurora para os que jaziam na região sombria da morte”. Vemos isso quando “elegemos” em nossas comunidades, grupos, pastorais, etc, pessoas que querem aparecer mais que o próprio Jesus que foi para cruz.
O engraçado é que Deus, mesmo assim, age em nós “meia bocas”, mas é claro que poderia fazer muito mais. Se hoje vemos poucos milagres é por que faltam os que tragam os peixes, talvez por não conseguir ver a grande epifania do Senhor em nossas vidas
“(…) Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das obras, para que ninguém se glorie. SOMOS OBRA SUA, CRIADOS EM JESUS Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos”. (Efésios 2, 8-10)
A grande Epifania do Senhor esta na salvação de cada filho que o encontra. Sim, somos humanos, limitados e frágeis, mas com certeza da pra sermos ainda melhores no que fazemos e daí veremos novamente, grandes multidões o acompanhando.
Um imenso abraço fraterno.





MOTIVAÇÃO NO TRABALHO

“Dorme neném que a cuca vem pegar”
Professor Luiz Marins


Uma das perguntas que nós, antropólogos, mais nos fazemos é de onde terá vindo a baixa autoestima do brasileiro. Tudo “lá fora” é bom. Tudo “aqui dentro” é ruim. Quando uma coisa é muito boa, bonita, funciona, dizemos “nem parece o Brasil”.
Várias podem ser as origens do autoflagelo que nos impomos falando mal de nós próprios, uma delas vem da infância. É disso que quero comentar.
No mundo inteiro as crianças adormecem ouvindo músicas doces e acalentadoras do espírito. O famoso “Acalanto de Brahms” diz: “Boa noite, meu bem, dorme um sono tranquilo. Boa noite, meu amor, meu filhinho encantador...” .
E como adormece a criança brasileira?
"Dorme neném que a cuca vem pegar, papai foi pra roça, mamãe foi trabalhar...”. Isto é – largaram você sozinha aqui! Ou ainda: “Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta!”. E outras músicas “infantis” brasileiras – todas do tipo assustador: "A canoa virou, por deixá-la virar, foi por culpa do (nome da criança) que não soube remar”. Ou ainda: "Ciranda, cirandinha.... o anel que tu me deste era vidro e se quebrou. O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou!”. Ou ainda: “O cravo brigou com a rosa.... O cravo ficou ferido e a rosa despetalada!”. "Vem cá, bitu, vem cá, bitu.... Não vou lá, não vou lá, não vou lá, tenho medo de apanhar.”
A única vez que o brasileiro poderia vencer (embora fazendo uma coisa errada) também perdeu: “Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu!”.
Com tanto “susto” desde a infância, como queremos que o brasileiro tenha uma auto-estima elevada? É quase impossível!
Assim, se quisermos vencer os desafios da motivação temos que primeiro vencer a baixa autoestima que nos faz ter medo de vencer. É preciso que nos achemos merecedores do sucesso. É preciso que deixemos de ter vergonha de fazer o certo, de encantar e surpreender. Com baixa autoestima não seremos capazes de dar o “show” que o mercado exige de nós neste mundo competitivo.
Ninguém consegue ser ou ter sucesso sem achar-se merecedor(a) do sucesso e isso fará com que transforme sonhos em ação e ações em resultados.
Pense nisso. Sucesso!







MOMENTO DE REFLEXÃO


Eu estava observando algumas pequenas crianças jogando futebol. Aquelas crianças tinham apenas cinco ou seis anos de idade, mas estavam jogando um jogo real, um jogo sério. Dois times, completos, com técnicos, uniformes e pais. Eu não conhecia nenhum deles, assim eu podia desfrutar o jogo sem a ansiedade da vitória ou derrota. Eu os chamarei apenas de time Um e time Dois.

Ninguém marcou no primeiro tempo. As crianças estavam hilárias. Eram desajeitados e empolgados como só as crianças podem ser. Eles caíam em cima das próprias pernas, tropeçavam na bola, chutavam a bola e a erravam, mas eles não pareciam se importar. Estavam se divertindo!

No segundo tempo, o jogo ficou dramático. Eu acho que a vitória é importante mesmo quando se tem cinco anos. O time Dois faz o primeiro gol.

O goleiro do time Um deu tudo de si, atirava seu corpo em frente as bolas que vinham, tentando defender valentemente. O time Dois, cercou o goleiro e bola pra lá, bola pra cá: fez o segundo gol. Isto enfureceu o pequeno goleiro. Ele gritava com seus colegas e se empenhava com toda a força que podia. O time Dois faz o terceiro gol.

Eu logo descobri quem era o pai do goleiro. Ele tinha boa aparência, simpático. Eu podia apostar que tinha vindo direto do escritório, gravata e tudo. Ele gritava encorajando o filho.

Depois do terceiro gol o pequeno goleiro mudou. Ele viu que não podia parar o adversário. O fracasso estava estampado em seu rosto. Seu pai mudou também. Ele tinha incentivado seu filho, gritando conselhos e palavras de encorajamento. Mas então mudou; ele ficou ansioso. Tentou dizer que estava tudo bem mas ele sofria com a dor que seu filho sentia.

Depois do quarto gol, eu sabia o que ia acontecer. Eu já tinha visto isto antes. O pequeno está necessitado de ajuda, e não havia ajuda. Ele pegou a bola na rede e entregou ao juiz, e então ele chorou. Ele apenas ficou lá, parado enquanto lágrimas enormes rolavam bochechas abaixo. Ele caiu de joelhos, e então eu vi seu pai invadir o campo. Sua esposa ainda tentou segurá-lo,
- Jim, não. Você o deixará ainda mais embaraçado.

Mas o pai do menino ignora que o jogo está em andamento. Terno, gravata, sapato e tudo, ele corre até seu menino. E ele o abraçou e beijou e chorou com ele!

Ele carregou o menino e quando chegaram à lateral do campo eu escutei ele dizer,
- Filho, estou muito orgulhoso de você. Você foi grande. Eu quero que todos saibam que você é meu filho.

- Papai, - o menino soluçou - eu não consegui parar eles. Eu tentei, Papai, Eu tentei e tentei e eles fizeram o gol em mim.

- Filho, não importa quantos gols eles fizeram em você. Você é meu filho e eu estou orgulhoso de você. Eu gostaria que você voltasse lá e terminasse o jogo. Eu sei que você quer sair, mas você não pode. E filho, você vai levar gol outra vez, mas isto não importa. Continue, vá.

Isto fez diferença. Quando se está completamente só, e está levando gols, e não pode parar o adversário, é importante saber que isto não importa para aqueles que amam você. O pequeno moleque correu de volta ao campo. O time Dois fez mais dois gols, mas tudo bem.

E no jogo da vida, eu tento arduamente. Eu atiro meu corpo em todas as direções. Eu me esforço com todo o peso de meu ser. E quando levo os gols e as lágrimas vêm e eu me ajoelho desanimado, meu Pai Divino corre campo adentro, na frente da multidão inteira, a multidão que zomba e ri, e Ele me pega no colo, me abraça e diz
- Eu estou muito orgulhoso de você! Você esteve grande lá. Eu quero que todos saibam que você é Meu filho. E como Eu controlo o resultado do jogo, Eu lhe declaro o vencedor!


Tradução de SergioBarros



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