Quinta-feira,
23 de outubro de 2014
“Arrependo-me
muitas vezes de ter falado; nunca de ter silenciado.” (Ciro)
EVANGELHO
DE HOJE
Lc 12, 49-53
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
Naquele
tempo disse Jesus aos seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a
terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e
como estou ansioso até que isto se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a
paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão. 52Pois, daqui
em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e
duas contra três; 53ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o
pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a
nora contra a sogra”.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Não
vim trazer a paz, mas a divisão.
Neste
Evangelho, Jesus usa dois sentidos contrários da palavra paz: a do mundo e a de
Cristo. Se a nossa convivência com o mundo pecador é só “de paz”, é de se
perguntar que paz é essa?
“Vós
pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra?” Jesus usa a palavra “paz” no
sentido que o mundo pecador dá, que é uma aparente tranqüilidade da ordem, mas
em cima da injustiça e baseada na força. Essa paz ele veio destruir. Como disse
um padre, no final da Missa: “Ide em paz e que a paz de Cristo nunca vos deixe
em paz”. O mundo vive em tensão, fruto do conflito entre os dois senhores que
querem dominá-lo: Deus e o capeta. E nós somos embaixadores de Cristo no nosso
ambiente. “Vim trazer a divisão: pai contra filho, mãe contra filha, sogra
contra nora...” A afirmação é chocante, mas é real, e a vemos todos os dias ao
nosso redor. Queremos a união dentro de casa, mas não podemos abrir mão do
testemunho, e é este que causa a divisão. A nossa firmeza na fé gera, muitas
vezes, perseguição. A prática do Evangelho não nos conduz a um paraíso
terrestre.
“Devo
receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra!” Jesus se
refere à sua paixão e morte, em que foi mergulhado (batizado) na dor, e venceu,
nos salvando a todos. Um metal incandescente, quando é mergulhado na água fria,
faz barulho e espirra água para todo lado. É o choque causado pelo encontro do
Reino de Deus com o reino da Besta Fera (Apocalipse). Jesus será o primeiro a
ser batizado, isto é, mergulhado nesse fogo. A parte dele foi bem feita. Resta
a nossa.
“Eu
vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso.”
Jesus compara a Vida Nova trazida por ele com o fogo. É o fogo que queima o que
é “velho” ou errado em nós; é o fogo do Amor, derramado em nossos corações.
Esse fogo vai aos poucos incendiando o mundo e fazendo nascer o Reino de Deus.
Ele suscita perseguição, divisões e faz até derramar sangue. Mas o incêndio é
implacável. Somos portadores do seu fogo. Ao ver a nossa lentidão, Jesus fica
inquieto: “como gostaria que (esse fogo) já estivesse aceso!”
Após
o fogo, surgem das cinzas plantas vicejantes. É o que acontece quando nos
deixamos incendiar pelo fogo de Deus.
Antes
de batizar Jesus, João Batista falou para o povo: “Eu vos batizo com água. Mas
virá aquele que é mais forte do que eu... Ele vos batizará com o Espírito Santo
e com fogo” (Lc 3,16). No dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio sobre Maria
e os Apóstolos em forma de chamas de fogo (At 2,3). O Espírito Santo nos dá, no
batismo, o dom do amor, que é semelhante ao fogo.
O
que nos impulsiona a evitar o mal e fazer o bem não é, em primeiro lugar, um
mandamento, o medo de castigo, ou busca da glória no Céu. O cristão é
estimulado pelo Espírito Santo que age dentro dele ou dela como um fogo.
O
amor arde no peito, queima e não deixa a pessoa parada. Impulsiona-a fortemente
para a ação e para o testemunho. O Profeta Jeremias dizia: “Tenho de gritar,
tenho de arriscar. Ai de mim se não o faço! Como escapar de ti? Como calar, se
tua voz arde em meu peito?”
Os
inimigos de Deus logo percebem e tentam apagar esse fogo, mas não conseguem.
Como diz Jo 1,5: As trevas tentaram apagar a luz, mas não conseguiram.
Na
morte de Jesus, os inimigos dele pensaram: “Agora apagamos”. Mas que nada! O
fogo estava aceso no coração dos discípulos, e agora era impossível apagá-lo.
Apagam aqui, ele brota ali.
Os
antigos perseguidores dos cristãos perceberam que, quanto mais os matavam, mais
eles cresciam em número. Este fogo que Jesus trouxe é muito especial. Quando
tentam apagá-lo, aí que ele cresce.
Por
isso que Jesus falou: “Não tenhas medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do
vosso Pai dar-vos o Reino” (Lc 12,32).
Agora,
uma coisa é certa: Ninguém consegue acender fogo apenas falando de fogo.
Imagine se alguém pega um punhado de palhas bem sequinhas, coloca-as no sol
quente e ainda joga gasolina. Depois começa a falar, com todos os recursos da
oratória, sobre fogo. Não adianta nada. Mas se a pessoa chega com uma pequena
chama, tipo palito de fósforo, já é o suficiente para incendiar tudo.
O
mesmo acontece com o fogo do amor que Jesus veio trazer. Precisamos tê-lo, ao
menos um pouquinho dentro de nós, a fim de que ele possa passar para os outros,
multiplicar-se e incendiar o mundo.
Quem
participa da Comunidade cristã, já tem esse fogo. Por isso que a ação das
Comunidades é implacável.
“O
zelo por tua casa me devora” (Sl 69,10). Esse zelo é como fogo dentro de nós.
Jesus,
quando estava pregado na cruz, disse: “Tenho sede”. Ofereceram-lhe um líquido
mas ele não quis. Não era sede de água, mas de ver esse fogo incendiando e
transformando.
Os
santos eram inflamados por esse fogo. Queriam, a todo custo, incendiar o mundo.
Alguns deram a vida por essa causa. É preciso muita garra para atear fogo. É o
fogo que nos tira de casa no domingo e nos leva para a Missa. É o fogo que
sustenta os casais unidos. O amor de Cristo é maior que o amor humano.
Jesus
não tinha nem onde reclinar a cabeça, mas passou a vida fazendo o bem e era
feliz. E antes de subir para o Céu ele disse: “Como o Pai me enviou, eu vos
envio. Recebei o Espírito Santo”.
O
padre, a freira, todos os batizados são incendiados por esse fogo, e querem
passá-lo para os outros.
Certa
vez, um grupo de jovens resolveram botar fogo numa cidade. Eles se espalharam,
cada um com uma chama e começaram a incendiar. Logo que o fogo se alastrou,
vieram os bombeiros. Mas estava difícil porque os bombeiros recebiam telefonema
de todos os cantos da cidade. E mais: quando apagavam o fogo em um lugar, logo
que saíam o fogo reacendia. Assim, não houve jeito, e a cidade foi incendiada.
Esses jovens estão convidando você para fazer parte do grupo deles.
“Simeão
os abençoou e disse a Maria, a mãe: Este menino será causa de queda e de
reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição – e a ti,
uma espada traspassará tua alma! – e assim serão revelados os pensamentos de
muitos corações” (Lc 2,34-35). Maria carregava em seu coração o fogo trazido
por seu Filho. Esposa do Espírito Santo, rogai por nós!
Não
vim trazer a paz, mas a divisão.
MUNDO
ANIMAL
Cãozinho na
cama é tão bom… mas pode?
Dormir
com um peludo fofo na cama pode ser considerado algo agradável e inofensivo
para muitos tutores. No entanto, será que compartilhar o mesmo espaço de sono
com o pet é um hábito saudável? O tema pode até dividir a opinião dos donos,
mas quando os especialistas entram em jogo a recomendação é categórica: lugar
de cachorro não é na cama.
A
primeira preocupação tem a ver com a saúde. Há casos de transmissão de doenças
entre cães e humanos, de você para seu pet e vice-versa. Esses problemas,
conhecidos como zoonoses, podem incluir, por exemplo, raiva e dermatites. Mas
não se apavore! Segundo médicos veterinários, o importante é manter a higiene
dos animais.
“Não há necessidade de manter os animais
afastados dos tutores por causa das zoonoses. O primordial é ter um controle
rígido da limpeza do cão e de suas vacinas”, diz Bárbara Nogueira, que atende
no bairro da Lapa, em São Paulo.
Bárbara
explica que a maioria dessas doenças são facilmente evitáveis com vermífugos e
vacinas. Portanto, não há razão para paranoia: basta ficar de olho aberto para
o asseio de seu cãozinho. A dica é reforçar a limpeza de partes do corpo que
têm mais contato com o chão e a rua, como as patas. E lembre-se: você também
pode passar doenças para o peludo, portanto cuide de sua higiene pessoal antes
de partir para o sono, principalmente, se for uma soneca compartilhada.
Além
da saúde, outro fator que preocupa especialistas é a qualidade da relação entre
cães e donos, e como ela pode influenciar o comportamento dos bichos. Cachorros
que dormem com seus tutores geralmente são muito mais ligados a eles do que se
espera da convivência entre humanos e animais. Isso pode não ser visto como um
problema pelos tutores, mas veterinários e adestradores garantem: a
independência das mascotes é fundamental.
“Viver
colado no dono é extremamente nocivo para o cachorro. Ele pode desenvolver
síndrome de ansiedade de separação e ter problemas sérios de comportamento”,
alerta Bárbara.
A
síndrome de ansiedade de separação ocorre quando o pet não consegue mais ficar
longe de seus donos. Em decorrência dessa dificuldade, hábitos como latir sem
parar, destruir mobílias e fazer as necessidades no meio da casa, por exemplo,
podem se tornar corriqueiros. “Determinar o espaço do dono e do cão é essencial
para uma relação saudável e deve ser feito desde o nascimento do cachorro”, diz
a veterinária.
Confira
dicas para esse processo de mudança de comportamento:
-
Determine um novo espaço para o cãozinho dormir, para que ele crie uma
identificação, aos poucos, com o local. Pode ser uma casinha ou uma caminha
para pets.
-
Estimule o uso da nova área. Você pode recompensar o mascote com presentes ou
brincadeiras quando ele for para seu novo ambiente de sono.
-
Não deixe o animal subir mais em sua cama. Treine comandos para que ele entenda
quando deve ficar e quando deve se afastar.
-
Incentive seu pet a ficar sozinho em situações diferentes. Não deixe que ele o
acompanhe por toda a casa ou em todas as tarefas. Ao se sentir confiante
sozinho, ele naturalmente terá mais facilidade em se desvencilhar de você na
hora da soneca.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Um
Asno, tendo colocado sobre seu corpo uma pele de Leão, vagou pela floresta, e
divertia-se com o pavor que provocava nos animais que ia encontrando pelo seu
caminho.
Por
fim encontrou uma Raposa, e tentou amedrontá-la também. Mas Raposa tão logo
escuta o som de sua voz, exclama:
Eu
provavelmente teria me assustado, se antes não tivesse escutado seu zurro.
Moral
da História:
Um
tolo pode se esconder com belas roupas, mas suas palavras dirão a todos quem na
verdade é.
(Esopo)
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