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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Quarta-feira 03/09/2014


Quarta-feira, 03 de setembro de 2014


“Guardar ressentimento é como dar uma bofetada em si mesmo e então esperar que a outra pessoa sinta a dor.”




EVANGELHO DE HOJE
Lc 4, 31-37

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!


Jesus saiu da sinagoga e foi até a casa de Simão. A sogra de Simão estava doente, com febre alta; e contaram isso a Jesus. Aí ele foi, parou ao lado da cama dela e deu uma ordem à febre. A febre saiu da mulher, e, no mesmo instante, ela se levantou e começou a cuidar deles.
Depois de anoitecer, todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus. Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou. Os demônios saíram de muitas pessoas, gritando:
- Você é o Filho de Deus!
Eles sabiam que Jesus era o Messias, e por isso ele os repreendia e não deixava que falassem.
Quando amanheceu, Jesus saiu da cidade e foi para um lugar deserto. Mas a multidão começou a procurá-lo, e, quando o encontraram, eles não queriam deixá-lo ir embora. Mas Jesus disse:
- Eu preciso anunciar também em outras cidades a boa notícia do Reino de Deus, pois foi para fazer isso que Deus me enviou.
E ele anunciava a mensagem nas sinagogas de todo o país.


Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.





MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Queiroz


Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros.
O Evangelho de hoje tem duas partes. Na primeira, Jesus nos alerta sobre o perigo da hipocrisia, que consiste em dar uma aparência daquilo que a pessoa não é. Todos nós somos um pouco hipócritas: escondemos os nossos defeitos e publicamos as nossas virtudes.
Nas cidades históricas de Minas, existem os “santos de pau oco”. O escultor só faz a cabeça e os braços do santo. O resto, que ficaria escondido debaixo da roupa, não existe. Se levantamos a roupa do santo, vemos apenas uma haste de madeira. Todos nós somos um pouco “santos de pau oco”. Mas de Deus ninguém esconde nada!
Na segunda parte do Evangelho, Jesus elogia a generosidade da viúva que colocou no cofre do Templo duas pequenas moedas, que não valiam quase nada, mas que era tudo o que ela possuía para viver.
Quem ama a Deus, confia nele, e não mede os sacrifícios que faz por ele. Aliás, nem vê seus gestos como sacrifício. A viúva amava muito a Deus, por isso confiava nele e sabia que não ia passar fome sem aquelas moedas.
As outras pessoas “deram do que tinham de sobra”. Sinal que colocavam a própria segurança, não em Deus, mas nos próprios bens. Por isso que os ricos são ricos, e por isso que existe fome no mundo.
Mas a mensagem de Jesus vai muito além de oferta em dinheiro. Isto foi apenas uma ocasião. Podemos nos perguntar: a viúva foi imprudente? É certo alguém fazer isso que ela fez, dar a Deus tudo o que possui para viver? É certo ajudarmos um necessitado, usando para isso um tempo não livre, ou um bem do qual vamos precisar?
A parábola do bom samaritano (Lc 10,25-37) vai na mesma linha. O samaritano não calculou nada, quando desceu do cavalo e socorreu o ferido que viu na beira da estrada.
Todo gesto de amor verdadeiro inclui a doação da nossa vida; do contrário é egoísmo disfarçado em amor. Até um simples dar uma moeda ao mendigo que nos pede, só será amor verdadeiro se estiver embutida no gesto uma entrega total nossa a Deus, presente naquele mendigo.
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por quem ama” (Jo 15,13). E Jesus, que falou essa frase, nos deixou o exemplo com a sua própria vida.
“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus, e tudo o mais vos será dado por acréscimo.” Aí está o caminho da felicidade, da realização pessoal e do sentido da vida que todos nós buscamos.
Aquela viúva certamente tinha alegria e descontração, ao passo que aqueles outros estavam tensos e preocupados. É o que acontece quando seguimos e quando não seguimos o plano de Deus.
Certa vez, um mendigo estava andando numa estrada, com seu saco de bugigangas nas costas. De repente, percebeu que vinha ao seu encontro uma carruagem de ouro! Ele pensou: agora estou feito, vou pedir para ele e receberei uma boa ajuda! Para sua surpresa, quando a carruagem foi se aproximando, diminuiu a velocidade e parou. É agora – pensou ele – nem precisei pedir e já vou ganhar uma boa soma. Um príncipe desceu da carruagem, vestido com roupas douradas, aproximou-se do mendigo, estendeu a mão e disse: “O senhor pode dar-me alguma coisa?” O mendigo ficou tão surpreso que nem respondeu nada. Retirou de seu saco três grãos de arroz e deu para o príncipe. Quando a carruagem foi embora, ao olhar sua mochila, a surpresa ainda foi maior: encontrou três grãozinhos de ouro, exatamente do tamanho dos grãos de arroz que ele havia dado! E aquele mendigo ficou lamentando: por que não dei todo o arroz que eu tinha! Assim eu agora estaria rico e não precisaria mais pedir esmolas!
Vamos ser generosos com Deus; assim ele também será generoso conosco.
Maria Santíssima, quando foi ajudar a prima Isabel que estava grávida, ficou lá três meses. Se ela fosse calculista, certamente teria voltado antes para casa, ou nem teria ido, já que ela também estava grávida, e do próprio Messias. Se ela fosse calculista, também não estaria ao pé da cruz, junto do Filho, devido ao perigo que isso representava para ela.
Vamos pedir ao nosso bom Deus que, pela intercessão de Nossa Senhora, faça com que os nossos atos sejam dirigidos pelo amor, que nos leva às vezes ao heroísmo.
Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros.





CURIOSIDADES

O maior acidente radioativo do Brasil (e o maior do mundo fora de uma usina nuclear) aconteceu em Goiânia, em 1987.


A tragédia começou quando dois jovens catadores de materiais recicláveis encontraram um aparelho de radioterapia encontrado em um prédio público abandonado. Eles pensavam em retirar o chumbo e o metal para vender e ignoravam que dentro do equipamento havia uma cápsula contendo césio-137, um metal radioativo.
Depois de cinco dias, foi vendido para um dono de um ferro-velho, que abriu a cápsula. A noite, o comprador constatou que o material tinha um brilho azul muito intenso e o levou para dentro de casa. Entre os dias 19 e 26 de setembro, a cápsula com o césio foi mostrada para várias pessoas que passaram pelo ferro-velho e também pela casa da família.
A vítima com a maior dose de radiação do acidente foi a filha do comprador, de 6 anos de idade. O pai havia mostrado para filha e esta havia ficado encantada com o brilho azul, brincando muito com o material.
Inicialmente, quando uma equipe internacional chegou a tratá-la, ela estava confinada a um quarto isolado no hospital porque os funcionários estavam com medo de chegar perto dela. Ela desenvolveu gradualmente inchaço na parte superior do corpo, perda de cabelo, danos nos rins, pulmões e hemorragia interna.
Em seu enterro houve um início de tumulto no cemitério, onde mais de 2.000 pessoas, temendo que seu cadáver envenenaria toda a área, tentou impedir seu enterro usando pedras e tijolos para bloquear a rua do cemitério . Depois de dias de impasse, a garota foi enterrada em um caixão de chumbo lacrado.
Quatro vitmas foram fatais, todas da família do comprador, incluindo a garota. Cerca de 104 morreram com os efeitos prolongados até 2012, e mais de 1600 foram afetadas diretamente.
Fonte: G1




MOMENTO DE REFLEXÃO


Ela se chamava Mega e tinha uma chefe terrível. Quando Mega chegava pela manhã e falava "bom dia", a chefe respondia com uma pergunta:
- Por que não chegou mais cedo?
Se chegasse antes da hora, a chefe não estava lá, mas ficava sabendo e lhe perguntava se ela não sabia qual o horário do expediente, mesmo depois de trabalhar ali há tantos anos. Era uma mulher má, implicava com tudo, até que um dia Mega se cansou e decidiu se demitir:
- Vou sair, mas antes vou dizer tudo o que tenho vontade.
Exatamente naquele dia ela estava almoçando quando encontrou a Dra. Casarjian que a convidou para assistir a um treinamento, naquela tarde ao que ela respondeu:
- Não posso, tenho expediente a cumprir.
- E por que não?
Mega falou sobre a chefe que vivia implicando com ela e a Dra. Casarjian lembrou que pior a situação não poderia ficar, além do que, se a chefe lhe desse uma bronca por faltar ao trabalho, naquela tarde, ao menos teria motivo.
Mega lembrou que no dia seguinte iria se demitir, por isso resolveu ir ao encontro. Ali ouviu referências a respeito do perdão. A Dra começou a palestra:
- O perdão é bom para você... Se você perdoar alguém que o ofendeu ele continua do mesmo jeito mas você se sentirá bem. Se você perdoar o mentiroso, ele continuará mentiroso mas você não se sentirá mal por causa das mentiras dele.
Ao final do treinamento, Mega concluiu que a sua chefe estava muito doente e tirou a chefe da cabeça e tomou uma resolução:
- Não vou deixar que ela me atormente mais. E nem vou abandonar o trabalho que eu gosto.
No dia seguinte, Mega chegou e cumprimentou sua Chefe:
- Olá.
A chefe foi logo lhe perguntando o que tinha acontecido. Ela estava diferente. Mega falou que havia participado de um treinamento e que estava bem consigo mesma e até convidou a chefe para tomar chá, ao final da tarde.... a reação veio logo:
- Você está me convidando só para eu não reclamar de você?
Mega calmamente lhe respondeu:
- Pode reclamar, até mandar descontar as minhas horas. Mas eu insisto no chá.
E foram. Durante o chá, a chefe falou da sua surpresa em ter sido convidada para aquele chá. Ela sabia que era intratável... também falou da sua emoção... nunca ninguém a convidara para um lanche, um café e acabou por falar das suas dores. O marido lhe batia, o filho vivia no mundo das drogas. Por isso ela odiava as pessoas... era infeliz e agredia.
Semanas depois, era a própria chefe que comparecia ao novo treinamento da Dra. Casarjian a respeito do perdão.
Perdoar é libertar-se. Quando alguém nos agride é porque este alguém está a um passo do desequilíbrio e não pode nem imaginar o quanto se encontra enfermo.

Sem dúvida, a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer, que a possui para dar. Nosso maior exemplo é Jesus... poderia ter reagido às agressões, mas preferiu perdoar e amar, por saber que aqueles que o afligiam eram espíritos atormentados em si mesmos... por essa razão, dignos de perdão.

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