Domingo, 14
de setembro de 2014
“É preciso
viver como se pensa, do contrário se acabará por pensar como se tem vivido.” (Paul
Bourget)
EVANGELHO
DE HOJE
Jo 3, 13-17
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está
no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a
vós, Senhor!
Ninguém
subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu.
- Assim como
Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o
Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a
vida eterna. Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para
que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Pois Deus
mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo.
Palavra da
Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO
DO EVANGELHO
Padre
Antonio Queiroz
Bom
dia!
Para
nos localizarmos no contexto desse evangelho é preciso ler os versículos abaixo
“(…)
O povo veio a Moisés e disse-lhe: “Pecamos, murmurando contra o Senhor e contra
ti. Roga ao Senhor que afaste de nós essas serpentes. Moisés intercedeu pelo
povo, e o Senhor disse a Moisés: ‘Faze para ti uma serpente ardente e mete-a
sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo’. Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e
fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a
serpente de bronze, conservava a vida”. (Números 21, 7-9)
O
povo andava pelo deserto murmurando contra Deus e contra Moisés. Se observarmos
friamente esse fato, é comum vê-lo ainda hoje.
Voltando…
O povo estava muito perto de Canaã, mas precisava passar pela terra de Edom, e
como as cidades-estados tinham certa autonomia, eles (Edomitas) não permitiram
que o povo passasse por dentro do seu território, restando assim dar uma volta
imensa para chegar ao seu objetivo.
Somos
assim também, ao ver um sonho tão próximo, um desejo antigo que não se realiza
por detalhes (…), ou como o povo de Israel, tendo que “optar” por outro
caminho; aceitar o insucesso. Situações como essas tendem a nos fazer lamuriar,
a questionar nossa fé, nosso empenho, (…) Apresentamos então a Deus nossos
frutos, nossas virtudes, nossa fidelidade, questionando-O por não entender a
dificuldade que estamos enfrentando mesmo sendo fieis.
Como
sabiamente diz uma irmã de caminhada “O sofrimento revela o que há de mais
egoísta em nós”.
Qual
seria o máximo de penúria que alguém poderia ser acometido? O que há de mais
valioso que um bandido possa nos roubar? O que a pior das moléstias pode me
tirar? Sim! A vida. E foi justamente ela que Ele deu na cruz! “(…) Porque Deus
amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer
não morra, mas tenha a vida eterna”.
Jesus
por vezes citou que aquele que se apegasse a vida iria perdê-la. Será que posso
chamar de apego todas as vezes que resolvo caminhar sozinho, sem orientação e
por conta própria?
O
trajeto feito pelo povo aliado a desobediência os levaram a uma região repleta
de serpentes onde muitos vieram a falecer, mas aqueles que se mantiveram firmes
e firmavam seus olhos e sua segurança em Deus, mesmo de longe saiam vencedores.
Conhecemos
pessoas, amigos, parentes (e às vezes nós mesmos) que, por vontade própria,
resolveram caminhar por caminhos cheios de perigos e incertezas. Não estou
falando dos desafios naturais como a busca de um emprego, uma nova situação,
(…); pessoas por quem rezamos e nos pés do Senhor colocamos sua sorte e seu
destino; irmãos que o mundo talvez já tenha dado por causa perdida, criaturas
que já tiveram seu julgamento feito e sentenciado por nós. Mas uma coisa eles talvez não saibam “(…)
Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo”.
Jesus
foi colocado onde todos pudessem Vê-lo a distancia, e onde hoje Ele se encontra
pode ser encontrado a qualquer momento.
Preciso me empenhar mais a levar a mensagem da Boa Nova a todo coração com quem
eu conviver, pois esteja ele aflito ou esperançoso, não conseguirá fugir do seu
olhar.
“(…)
Para onde irei, longe de vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de vosso
olhar? Se subir até os céus, ali estareis; se descer à região dos mortos, lá
vos encontrareis também. Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do
mar, é ainda vossa mão que lá me levará, e vossa destra que me sustentará. Se
eu dissesse: Pelo menos as trevas me ocultarão, e a noite, como se fora luz, me
há de envolver. As próprias trevas não são escuras para vós, a noite vos é
transparente como o dia e a escuridão, clara como a luz”. (Salmo 138/139, 7-12)
Para
se salvar era preciso olhar para serpente, mas hoje para ver Jesus e sua
salvação basta abrir o coração.
“(…)
Todos os que crêem no Filho de Deus elevado entre o céu e a terra, suspenso na
cruz, recebem dele a vida eterna. A cruz, instrumento de suplício e de
maldição, torna-se, em Jesus Cristo, instrumento de salvação para todas as
pessoas. Por isso, somos convidados a nos associar à cruz de Cristo. Quando
falamos em união à cruz, logo pensamos em sofrimento, mas devemos pensar em
algo que é mais importante que o sofrimento: Jesus, no alto da cruz, não era
nada para si, mas todo para os outros, nos mostrando, assim, que cruz significa
não viver para nós mesmos, mas fazer da nossa vida um serviço a Deus e aos
irmãos e irmãs. A cruz só pode ser verdadeiramente compreendida sob o horizonte
do amor maior” (texto do site da CNBB)
Um imenso abraço fraterno
VÍDEO
DA SEMANA
O sofrimento
não pode nos fazer desistir - Pe. Fábio de Melo
MOMENTO
DE REFLEXÃO
O
amor se faz presente quando a ausência é mais forte.
O
amor se faz mais próximo, quando a distância aumenta.
O
amor se faz mais carinhoso, quando estamos mais carentes.
O
amor não cobra nada além do próprio amor.
O
amor torce, comemora, vibra e apoia.
O
amor nos faz tão grandes, mesmo sendo tão pequenos, o amor edifica um lar,
constrói pontes e une nações.
O
amor é tão poderoso, que se esconde na humildade dos sentimentos.
E
para quem ainda não sabe o que é o amor, a vida fica meio vazia, parece que
falta um pedaço.
O
amor nos completa e nos dá um sentido, cria laço.
O
amor é a própria vida, nosso destino, como brinquedo desejado pelo menino.
Que
você se encha de amor, e amando-se, possa amar sem medidas, com felicidade, além
do próprio tempo, pela eternidade.
Paulo
Roberto Gaefke
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