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LITURGIA DIÁRIA

LITURGIA DIÁRIA - REFLEXÕES E COMENTÁRIOS

Diário de Sexta-feira 30/11/2012





Sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Dia de Santo André Apóstolo


"Você perde 100% dos tiros que você nunca dá."  (Wayne Gretzky )



EVANGELHO DE HOJE
Mt 4,18-22


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.



- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.





MEDITANDO O EVANGELHO

Padre Antonio Queiroz


Imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
Hoje é com alegria que nós celebramos a festa do Apóstolo Santo André. Ele nasceu em Betsaida, na Galiléia. A vocação de Santo André está narrada no Evangelho acima, que é próprio da festa dele.
O Evangelho narra Jesus chamando quatro Apóstolos: Simão Pedro, André, João de Tiago.
Como é bom ser chamado por Deus! Nós também somos chamados. Todos sem exceção, porque, se fomos criados por Deus, é porque ele tinha em mente uma vocação para nos dar.
Nós admiramos a resposta pronta dos quatro. Pronta e decidida, porque todos eles perseveraram até a morte. Chama a nossa atenção também as renuncias deles, para poderem seguir a Jesus: deixaram bens materiais como redes, barcos, deixaram a família... e ganharam cem vezes mais.
Outro detalhe importante é que todos estavam trabalhando. Deus gosta de chamar quem está trabalhando, porque vocação é trabalho. Quem não gosta de trabalhar, não vai perseverar no chamado de Deus.
Inclusive, Jesus não os tirou do trabalho; apenas mudou um pouquinho: Pedro e André estavam pescando, tornaram-se pescadores de homens. Tiago e João estavam consertando as redes, continuaram cuidando da grande rede que é a Igreja.
Santo André é citada várias vezes nos Evangelhos. Jo 6,5-12 narra que um dia havia uma grande multidão ouvindo Jesus. Como estava ficando tarde e estavam longe de qualquer povoado, Jesus perguntou a Filipe: “Onde vamos comprar pão para todo este pessoal? Filipe respondeu: Nem duzentos denários de pão bastariam para dar um pedacinho a cada um! André, irmão de Simão Pedro, disse: Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dói peixes. Mas, que é isso para tanta gente?... Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.” Resultado: todos comeram e ainda sobraram doze cestos.
Veja a grande diferença entre as duas atitudes: a de Filipe e a de André. Filipe disse que não tinha jeito de resolver o problema; André, apesar de ver a desproporção entre o que ele tinha e o necessário, apresentou a Jesus o que ele tinha, e Jesus multiplicou. Deus gosta de multiplicar as coisas, depois que demos o primeiro passo, apresentando-lhe o pouco que temos.
Que Santo André nos ajude a imitá-lo, não só em relação a alimento, mas a tudo. É só apresentar o pouquinho que temos ou que podemos, Deus multiplica. Deus profere que o primeiro passo na solução dos problemas seja dado por nós.
Cada vez que há um problema para resolver em nossas Comunidades, aparecem as duas reações: a de Filipe, negativa, e a de André, positiva.
André apresentou a Jesus aqueles cinco pãezinhos, jogando no escuro, porque ele não sabia o que Jesus ia fazer. A fé consiste exatamente nisso: dar um passo no escuro, caminhar como se visse o invisível.
As nossas famílias, as nossas Comunidades e o nosso bairro estariam bem melhores se nós apresentássemos os nossos cinco pãezinhos. As pastorais costumam fazer isso, e maravilhas acontecem.
Diz a tradição que Santo André foi um Apósstolo zeloso e um grande pregador do Evangelho. Ele pregou em muitas regiões, e finalmente morreu crucificado na Acaia, que é um município da Grécia, localizado na fronteira do País.
Assim como chamou a Santo André, Deus nos chama a todos nós, neste tempo do advento, para darmos um passo à frente na vida cristã. Cada um de nós vai escolher o setor para dar esse passo: a família, a Comunidade, a vida na sociedade...
Havia, certa vez, um rapaz que todos os dias ia para o trabalho de trem. Em determinado lugar, o trem passava por um longo e alto viaduto, onde se podia ver o interior de alguns apartamentos de prédios localizados ao lado da avenida.
Começou a chamar a atenção do rapaz uma senhora idosa que sempre que ele passava, ela estava deitada sobre uma cama. A senhora certamente convalescia de alguma enfermidade, era o que ele pensava.
Em um domingo, o jovem resolver visitar aquela mulher. Comprou um belo presente e levou para ela. Logo ao chegar, contou-lhe que a via todos os dias pela janela do trem. Descobriu que ela morava apenas com uma neta que trabalhava durante o dia.
Para surpresa sua, na segunda-feira, quando ele passou ela estava sorrindo e acenando para ele, apesar de não o distinguir, devido à sua vista fraca.
O gesto de amor do moço deu ânimo àquela senhora e jogou mais luz na sua vida. Este rapaz teve um gesta parecido com o de Santo André, tanto ao respondeu ao chamado de Jesus, como na cena da multiplicação dos pães.
Maria Santíssima era também uma mulher de muita fé, o que a levava a tomar iniciativas. Uma cena parecida com esta da multiplicação dos pães é a das Bodas de Cana. Santa Maria e Santo André, rogai por nós.
Imediatamente deixaram as redes e o seguiram.







DICAS DE SAÚDE
Ressaltamos que as Dicas de Saúde enviadas por este Diário, não equivalem a uma receita médica; são apenas "dicas". Os exames preventivos são sempre indispensáveis! Para mais informações consulte o seu médico. 



Dor ciática / ciatalgia


A dor ciática (ciatalgia) pode ser considerada mais um sintoma do que propriamente uma doença em si. Ela é provocada pela compressão, inflamação ou irritação de uma ou mais raízes nervosas que nascem na medula espinhal e vão formar o nervo ciático (ou isquiático), que começa na quarta e quinta vértebra da coluna lombar.
O ciático é o maior nervo do corpo humano. Estende-se pela face posterior do quadril, desce por trás da coxa e do joelho de cada perna até alcançar o dedo maior do pé (hálux). Ele é responsável em grande parte pela inervação sensitiva, motora e das articulações dos membros inferiores.
O dano ao ciático pode ocorrer dentro do canal espinhal, no forame intervertebral (espaço entre as vértebras por onde passa a medula espinhal) ou em algum outro ponto de seu percurso, uma vez que atravessa vários músculos, fascias (membranas de tecido fibroso que protegem os órgãos) e tendões.
A dor no ciático acomete indistintamente homens e mulheres e sua frequência aumenta com o envelhecimento, visto que com o passar dos anos as estruturas da coluna vertebral acabam sofrendo um desgaste que pode comprometer tanto a medula espinhal, quanto as raízes que dão origem as nervos.

Causas

São consideradas causas importantes para a compressão do nervo ciático e surgimento do processo doloroso: hérnia de disco, traumas, tumores, síndrome do músculo piriforme responsável pela rotação da coxa (espasmo muscular que comprime o nervo ciático), osteoartrite, estenose da coluna lombar (estreitamento do canal vertebral e consequente desgaste. das estruturas da coluna), deslizamento de  vértebras em decorrência de fraturas por pressão (espondilolistese).

Sintomas

São sintomas característicos da dor ciática, que necessariamente não ocorrem ao mesmo tempo:

1) dor que irradia da coluna lombar para a parte posterior da coxa e da perna;

2) aumento da dor na perna com tosse, espirro ou estiramento da coluna;

3) diminuição da força muscular;

4) perda de sensibilidade ou diminuição dos reflexos na região afetada;

5) aumento da dor com a manobra de elevar o membro inferior esticado se o paciente estiver deitado.

Na verdade, os sintomas da compressão do ciático podem variar muito, estar ou não associados à dor lombar e, em geral, pioram à noite.

Diagnóstico

A anamnese (levantamento da história clínica do paciente) e o exame físico para identificar as raízes nervosas comprometidas são elementos de importância reconhecida para o diagnóstico da ciatalgia. Conforme o caso, exames de imagem como raios X, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem fornecer dados que ajudam a confirmar o diagnóstico e a instituir o tratamento.

Tratamento

O tratamento para a dor no nervo ciático pressupõe identificar e corrigir as causas responsáveis pela compressão desse nervo. Nas crises agudas, medicamentos como os analgésicos e os anti-inflamatórios representam recurso importante para alivio da dor. Pesquisas mostram que, tão logo os sintomas permitam, não faz a menor diferença voltar gradativamente à atividade física ou permanecer de cama até a dor desaparecer por completo.
Fisioterapia ativa e passiva, perda de peso, reeducação postural e prática de atividade física (caminhadas e alongamentos, por exemplo) respeitando as limitações de cada paciente são medidas fundamentais não só para promover a descompressão do nervo, mas também como para prevenir as crises. A cirurgia só deve ser indicada em casos especiais e devidamente avaliados pelo médico especialista.

Recomendações

* Não encontre desculpas para suspender as sessões de fisioterapia, tão logo a crise dolorosa tenha aliviado;

* Peça orientação de um especialista para praticar exercícios físicos que ajudem a fortalecer a musculatura de todo o corpo;

* Procure manter a postura correta, especialmente quando houver necessidade de permanecer sentado ou em pé durante muito tempo;

* Flexione os joelhos sempre que for erguer um peso do chão;

* Evite os sapatos com saltos excessivamente altos;

* Não faça movimentos bruscos com a coluna vertebral que possam favorecer o pinçamento dos nervos;

* Prefira deitar de costas com um travesseiro debaixo dos joelhos ou de lado, com um travesseiro entre as pernas.



MOMENTO DE REFLEXÃO

Quando perguntada sobre como mantém a aparência jovem a despeito de seu duro estilo de vida, Madre Teresa respondeu: “Às vezes, um bom sentimento interior vale muito mais do que um esteticista”.
Para o Dia das Mães, Jeannie tinha feito um esforço considerável e planejado tudo para comprar algo muito especial para sua mãe, Bess. Dos primeiros salários que havia recebido economizara cuidadosamente o custo de um consultor de estilo. No dia marcado, essa jovem filha levou sua mãe tímida e despretensiosa ao meu estúdio.
Durante a consulta cromática e a transformação, Bess confessou que havia se concentrado na família durante anos, ignorando a si mesma. Como consequência, nunca parava para pensar quais as roupas que lhe ficavam bem, ou como usar maquiagem.
Enquanto eu colocava cores bonitas perto de seu rosto, ela começou a desabrochar, ainda que não parecesse ter se dado conta. Depois de aplicar as últimas pinceladas de blush e batom para destacar seu colorido, convidei-a a se olhar no grande espelho de pé.Ela olhou demoradamente, como se estivesse observando um estranho, então se aproximou cada vez mais da imagem. Finalmente, olhando de boca aberta, tocou de leve no espelho.
- Jeannie - fez um sinal -, venha cá.
Colocando a filha a seu lado, apontou para a imagem:
- Jeannie, olhe para mim. Eu estou linda!
A jovem sorriu para a mulher mais velha no espelho com lágrimas nos olhos.
- Sim, mamãe, você sempre foi linda.

(Charlotte Ward)



Diário de Quinta-feira 29/11/2012





Quinta-feira, 29 de novembro de 2012


“Um bebê é a opinião de Deus de que o mundo deve continuar.” (Carl Sandberg).



EVANGELHO DE HOJE
Lc 21,20-28

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 20“Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. 21Então, os que estiverem na Judéia, devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se; os que estiverem no campo, não entrem na cidade. 22Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras.
23Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo. 24Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete. 25Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.





MEDITANDO O EVANGELHO

Padre Antonio Queiroz


Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete.
Hoje, quarta quinta-feira de novembro, é o Dia Nacional de Ação de Graças. Estamos no final do ano litúrgico e quase no final do ano civil; por isso queremos agradecer a Deus o ano que termina. Quantos benefícios recebemos dele! A vida, a saúde, a família, os amigos, a fé... Deus nos protegeu, estando ao nosso lado de manhã até a noite, e em todos os dias deste ano!
Deus provou que nos ama; vamos retribuir-lhe com amor também. “Que retribuirei ao Senhor por todo o bem que me deu?” (Sl 116,12). “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda bênção espiritual, nos céus, em Cristo” (Ef 1,3).
No Evangelho de hoje, Jesus começa preparando os habitantes de Jerusalém para o momento da invasão do exército romano, que aconteceria trinta anos depois. “Os que estiverem no campo, não entrem na cidade... Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estão amamentando naqueles dias!”
Os habitantes de Jerusalém “serão levados presos para todas as nações”. De fato, os romanos levaram milhares de judeus para Roma e outras cidades do Império, como escravos.
A partir daqui, a narração muda de tom e Jesus começa a falar da sua segunda vinda e dos sinais que a precederão. “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas”.
“Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória.” Jesus veio a primeira vez com aparência de fraco, uma criança pobre deitada numa manjedoura. Mas foi uma fraqueza apenas aparente; ele é forte, fortíssimo.
E Jesus termina apresentando o objetivo deste seu discurso, que é tranqüilizar os discípulos, pois estes sinais mostram o seu poder, e que ele vem para libertar os seus queridos e queridas discípulas. “Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. É como quem diz: este mundo é cheio de tribulações, mas é passageiro. E quanto ao mundo futuro, não se preocupem, deixem comigo.
Na nossa luta do dia a dia, a segunda vinda de Jesus será como a chegada de alguém que vem nos ajudar a terminar uma tarefa, bem na hora em que já estamos cansados. Será como um preso que vê chegar alguém com a chave do presídio, a fim de soltá-lo. Ou como uma pessoa que está se afogando e vê chegar o salva-vidas.
Aquele dia será o fim de tudo o que os discípulos de Jesus detestam: injustiças, mentiras, maldades... Os maus e os corruptos vão ver com quantos cincos se faz um dez, com quantos paus se faz uma canoa. Descobrirão que este mundo tem dono, e um dono forte e poderoso, diante do qual todos os impérios e poderes são como uma palha.
Também o seu Reino, que está nas nossas mãos, é forte, fortíssimo, apesar de parecer fraco diante dos outros reinos e poderes do mundo. Basta ver a força desse Reino, ao ultrapassar os séculos. Diante de Jesus é a verdade e a justiça que valem. Quem segue outro caminho, um dia vai tremer de medo, como vara verde.
Jesus nos deixou todos os recursos para nos salvarmos, e vivermos eternamente com ele e com a sua Família no céu. Cabe a nós escolher se queremos caminhar com ele ou de costas para ele.
Em várias passagens da Bíblia, a segunda vinda de Jesus é chamada de “Dia do Senhor”, mesmo nome que damos para o domingo. De fato, o domingo é para nós uma celebração antecipada da segunda vinda de Jesus.
Às vezes a graça de Deus espera a nossa cutucadinha, a mãozinha do cristão que chega de leve... e Deus faz o resto. A nossa vida na terra é passageira. Que bom se nos dedicássemos mais aos valores da outra vida, tanto para nós mesmos como para os nossos irmãos!
Certa vez, um poeta e um artista estavam examinando juntos uma pintura de um célebre artista, retratando a cura dos dois cegos de Jericó. O artista perguntou: “O que lhe parece a coisa mais notável nesta pintura?”
O poeta respondeu: “Tudo na pintura é excelente. A forma dada a Cristo, as pessoas agrupadas, a expressão dos rostos, tudo”.
O artista pareceu achar o toque mais importante em outro lugar. Apontando para a estrada que passava ao lado, ele disse: “Você vê uma bengala descartada ali?”
“Sim” – respondeu o poeta – “mas o que tem a ver isso?”
“Meu amigo!” – continuou o artista – “Um cego estava sentado naquele pau ali, com a bengala na mão. Mas quando ouviu falar que era Jesus que passava, jogou a bengala fora e foi ao encontro dele. Isso porque ele estava certíssimo de que seria curado, e assim deixaria de usar a bengala. Cheio de alegria, ele em direção ao Senhor como se já estivesse recebido a graça.”
Que nós também observemos a grande pintura dos acontecimentos com mais fé e discernimento, a fim de descobrirmos nela os sinais da vinda de Cristo. Como seria bom se tivéssemos a fé daquele cego! Com certeza hoje não seríamos mais cegos, nem fisicamente nem espiritualmente. A nossa fé nos permitiria andar pela vida como se víssemos o invisível, e seríamos mais gratos a Deus.
Maria Santíssima era uma pessoa muito grata a Deus. O Magnificat é o mais belo hino de ação de graças existente na Bíblia. Quando o recitamos, não estamos para Maria, mas para Deus do jeito dela. No magnificat, Maria agradece a Deus tudo, até coisas que ainda não tinham acontecido mas que ela sabia que iam acontecer. Isso porque a sua fé era muito grande, e ela sabia que Deus não falha em suas promessas. Que ela nos ajude a ser gratos, e também a nos preparar bem para o encontro com Jesus em sua segunda vinda.
Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete.




MEIO AMBIENTE


Humanidade está esgotando a Terra

O atual modelo produtivista, baseado na lógica do lucro e do curto prazo, está esgotando o capital natural do planeta, adverte estudo encomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que envolveu 1.360 cientistas de 95 países. Segundo eles, a ameaça de colapso ambiental pode se concretizar ainda neste século.


Um estudo realizado a pedido do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, alerta que o planeta corre o sério risco de sofrer um colapso ambiental ainda neste século se medidas enérgicas não forem tomadas para reverter o atual quadro de destruição dos recursos naturais.
Segundo o estudo, divulgado em 30/03/2005, cerca de 60% de todos os ecossistemas do planeta estão degradados ou sendo usados de um modo não sustentável, o que pode provocar um colapso ambiental global em um período de 50 anos. Intitulado "Avaliação Ecossistêmica do Milênio" (AEM), o estudo começou em 2001, reunindo 1.360 especialistas de 95 países. As perspectivas para o futuro próximo são alarmantes, alertaram os pesquisadores, enfatizando que a destruição de 15 dos 24 ecossistemas do mundo causará o surgimento de novas doenças, escassez de água, da pesca e aparição de zonas mortas no litoral.
Esse estudo resultou em um dos relatórios mais completos e atualizados sobre a situação do meio-ambiente no planeta. E ela não é nada boa, garantem seus autores. Um dos trechos do relatório, intitulado "Vivendo além dos nossos meios - O capital natural e o bem-estar humano", afirma: "dentre os problemas mais sérios identificados por esta avaliação estão as condições drásticas de várias espécies de peixes, a alta vulnerabilidade de 2 bilhões de pessoas vivendo em regiões secas e a crescente ameaça aos ecossistemas das mudanças climáticas e poluição de seus nutrientes".
Os pesquisadores utilizaram a imagem de alguém que está vivendo com tempo emprestado, para descrever o modo como estamos convivendo com o meio ambiente. Um dos casos mais graves, segundo eles, está no uso da água: "o uso do recurso de água em um ritmo muito maior do que se gera se faz às custas de nossos filhos". "Já estamos vivendo essa ameaça". Os resultados desse estudo foram apresentados simultaneamente em diversos países. No primeiro trimestre de 2006 está prevista a divulgação de outros 33 estudos realizados em diferentes regiões do planeta. A idéia dos pesquisadores é fazer a máxima divulgação possível deste estudo com o objetivo de, entre outras coisas, sensibilizar a população e as autoridades governamentais que os riscos são reais e não uma peça de ficção científica produzida por cientistas alarmistas ou ambientalistas radicais. Nós já estamos vivendo essa ameaça, garantem.

Um dos coordenadores da pesquisa, o cientista Harold Mooney, da Universidade de Stanford, resumiu do seguinte modo a gravidade do problema: "no último meio século nós alteramos as estruturas dos ecossistemas globais em uma velocidade mais rápida do que em qualquer outro período da história". Essas alterações, por um lado, foram fruto da intervenção humana para aumentar a área e a produtividade das áreas de produção de alimentos, o que normalmente é apontado como um fator de progresso. O problema é a forma como isso foi feito, com a criação de grandes áreas de monocultura (destruidoras da biodiversidade) e com um uso intensivo de agrotóxicos. Um dos resultados desse modelo, além da destruição da biodiversidade, é o envenenamento de fontes de água ou mesmo seu desaparecimento.
Além disso, cada espécie animal e vegetal extinta representa um fator de desequilíbrio para ecossistemas inteiros.

Ecossistemas ameaçados

O resumo da obra é o seguinte: o capital natural da Terra está sendo gasto rapidamente pelos seus habitantes, que se comportam como herdeiros perdulários que gastam em uma geração o que as anteriores acumularam. Graças a esse comportamento, mais 10 ou 20% das florestas do mundo serão transformadas em lavoura e pasto até 2050, conforme projeção do estudo.
O predomínio da lógica do lucro sobre todas as outras vai apresentar uma conta salgada muito em breve, advertem os cientistas. Na verdade, já está apresentando, mas ela vem sendo rolada como se nada fosse acontecer.
O que fazer? Uma das recomendações do estudo dirige-se aos economistas: eles devem rever seus métodos de fazer contas e incluir em seus cálculos fatores que causam espanto e riso hoje entre autoridades econômicas. Fatores como o valor da polinização de lavouras por insetos ou o valor de uma área de florestas destruída por uma barragem ou por uma nova lavoura de soja.
A ideologia do progresso a qualquer custo, denuncia o resultado do estudo, contamina governos à esquerda e à direita, que, cada vez mais, comportam-se do mesmo modo. A maneira como está acontecendo a liberação de transgênicos no Brasil é um exemplo disso. A lógica do fato consumado e o predomínio da lógica do lucro máximo a curto prazo estão jogando pela janela princípios básicos de precaução.
Uma das conclusões do relatório afirma que a humanidade "precisa relaxar as pressões sobre a natureza" e adotar "mudanças radicais na forma com que tratamos o planeta". Se tiverem o destino dos últimos estudos do gênero, essas conclusões receberão o apoio retórico de algumas autoridades e logo cairão no esquecimento. Quem quiser conhecê-las mais de perto pode acessá-las no endereço:
http://www.millenniumassessment.org. É uma leitura que pode tirar o sono.

Fonte: Agência Carta Maior




MOMENTO DE REFLEXÃO

“Um bebê é a opinião de Deus de que o mundo deve continuar.” (Carl Sandberg).

Ben nasceu no dia 20 de setembro de 1989. Pouco depois de seu nascimento, soubemos de sua cegueira e surdez. Quando estava com três anos, soubemos também que nunca andaria. 
A partir do segundo dia de vida de Ben, nossa família percorreu um caminho que nunca havíamos imaginado. Centenas e centenas de quilômetros até os melhores médicos e os melhores hospitais. Centenas de agulhas e raios-X, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas.
Depois disso vieram as lentes de contato, o aparelho nos dentes, aparelhos auditivos, cadeiras de rodas, andadores e macacões para engatinhar - junto com todos os terapeutas para nos mostrar como usar todas essas coisas.
As operações nunca pararam.
A vida de Ben hoje em dia consiste de seu professor habitual, um professor para pessoas com deficiência visual, um professor para pessoas com deficiência auditiva, um terapeuta ocupacional, um fisioterapeuta, um patologista de fala e linguagem, um pediatra, um neurologista, ortopedistas, um oftalmologista pediátrico, um otorrino, um fonoaudiólogo, um dentista, um cirurgião-dentista e um ortodontista - e ele só tem oito anos de idade.
Ainda assim, todas as manhãs meu homenzinho acorda com o maior sorriso no rosto, como se dissesse: "Ei, vocês, estou aqui para mais um dia, e estou tão feliz!"
Nossa filha nasceu três anos antes de Ben. Lembro-me de seu pai e eu olhando para ela durante enormes períodos de tempo quando ela tinha cerca de dois anos, esperando que a próxima palavra ou som escapulisse.
Sempre que isso acontecia era um momento marcante na história - um tópico de orgulhosas conversas com quem quer que tivesse a paciência de escutar. Realmente tínhamos uma criança brilhante e notável. Ainda temos.
Depois que Ben nasceu, nosso amor por ele mudou nossa visão sobre o que era realmente importante a respeito de nossos filhos. Não tinha mais importância quantas palavras falavam com quantos anos, ou que desenvolvimento fenomenal acontecia antes da previsão feita em qualquer livro sobre bebês.
Nossos filhos se tornaram indivíduos, cada um possuindo qualidades maravilhosas, que não devem ser comparadas. Suas vidas não devem ser medidas pela falta de habilidade ou pela habilidade excepcional, mas pela força da perseverança.
Quando Ben estava com cerca de quatro anos, dirigia com bastante domínio sua cadeira de rodas, mas nunca havia dito uma palavra - apenas sons abertos de vogais. Então nossa família começou a botar um gravador na mesa durante o jantar para gravar os sons que Ben estava fazendo porque ele demonstrava claramente que queria participar das conversas. Pensamos que, talvez, se ele ouvisse sua voz gravada e as nossas, isso estimularia algo dentro dele.
Um dia, em setembro de 1993, a fita estava rodando enquanto eu alimentava Ben e fazia alguns sons, tentando estimular algum interesse nele. De repente, o tempo parou. Nunca esquecerei a expressão dos olhos de Ben, a concentração em seu rosto, a forma de sua boca, como ele olhava para mim de sua cadeira de rodas quando falou suas primeiras três palavras:
- Eu te amo.
Virei-me para meu marido e ele olhou para mim com os olhos cheios d'água e disse:
- Terry, eu o ouvi!
Ben disse aquelas palavras para mim, e eu as tenho gravadas para ouvir sempre que precisar.
Também fico grata, pois ele não disse outra palavra desde então!
Mas, vocês sabem, eu não ouço a fita com tanta freqüência. Não preciso. Sempre irei reconhecer a expressão de seus olhos – mesmo que sejam cegos - quando ele procura o meu rosto para me dar um beijo. Isso é tudo o que eu preciso.

(Terry Boisot)




Diário de Quarta-feira 28/11/2012





Quarta-feira, 28 de novembro de 2012


"O êxito é fácil de obter. O difícil é merecê-lo". (Albert Camus).



EVANGELHO DE HOJE
Lc 21,12-19


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.





MEDITANDO O EVANGELHO

Padre Antonio Queiroz


Todos vos odiarão por causa de mim. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça.
Neste Evangelho, Jesus nos previne sobre as perseguições que seus discípulos sofrerão, até dentro de casa e pelos parentes mais próximos. A orquestração do ódio crescerá tanto que todos e todas em nossa volta posicionar-se-ão contra nós. Mesmo assim, garante Jesus, não nos atingirão, porque Deus está do nosso lado.
Nessas horas, devemos evitar duas coisas: 1ª) Praticar a violência, a vingança, ou qualquer outro desvio do Evangelho. Pelo contrário, serão ocasiões de testemunharmos a nossa fé. “Sede cordeiros no meio de lobos”. “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” 2ª) Esta é a mais comum: desistir ou diminuir o fervor e a dedicação, fazendo uma espécie de negociação com os perseguidores. As duas posições são sinais de falta de fé, ou de fé fraca.
“Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto” (Jo 12,24). “Quem não pega a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem busca salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará” (Mt 10,38-39).
Se pegamos um ferro quente e o mergulhamos na água fria, acontece o choque térmico, espirrando água para todo lado. Assim é o cristão, vivendo no meio do mundo pecador. Ele não provoca; é a própria vida dele ou dela que gera o choque, resultando na perseguição.
Podemos ampliar o sentido da palavra perseguição e incluir todas as dificuldades, confrontos de ideias e dificuldades que encontramos: atritos, oposições veladas e silenciosas, antipatias...
“Os Apóstolos saíram do tribunal muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do nome de Jesus” (At 5,41). A perseguição e o desprezo nos identificam com Cristo e assim nós nos tornamos colaboradores no seu sacrifício pela redenção. Isso nos causa alegria, evidentemente.
“Naqueles dias, começou uma grande perseguição contra a Igreja que estava em Jerusalém. Todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram pelas regiões da Judéia e da Samaria. Entretanto, aqueles que se tinham dispersado iam por toda a parte levando a palavra da Boa Nova” (At 8,1.4). Está aí um exemplo do que Jesus falou no Evangelho de hoje: “Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé”.
“Todos os que querem levar uma vida fervorosa em Cristo serão perseguidos” (2Tm 3,12). 87“Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultar, porque é grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,10-11).
O mundo pecador segue, não a Deus, mas a outro chefe. E faz parte do ser humano se opor a quem vive ao lado e tem outra cabeça, outros princípios, outros valores, outra vida. O primeiro esforço é de cooptação; se não consegue, surge a perseguição aos cristãos.
Entretanto, numa sociedade de maioria católica como a nossa, geralmente não atacam abertamente a Igreja Católica. A tática é atacar cada cristão ou cristã individualmente, e de forma disfarçada: ridicularizações, apelidos...
Jesus pede: “Não planejeis antecipadamente a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas que nenhum inimigo vos poderá resistir ou rebater.” Como é bom sentir esse apoio numa hora de aperto! “Vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça”. Isto é: nada vos sucederá sem que o Pai, em cujas mãos estais, o disponha para o vosso bem.
“É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” Está aí o objetivo de todo o discurso de Jesus: levar-nos à firmeza.
Muitos querem um cristianismo “soft”, sem cruz, e que apresenta o céu com portas largas. Até religiões são fundadas nessa linha. Mas a religião de Jesus, aquela que tem as chaves do céu, é um caminho estreito.
Havia, certa vez, um pequeno povoado de pescadores, na beira da praia. De repente ele começou a diminuir a passos largos. Todo final de tarde, um monstro aparecia no mar e fazia vítimas! O povo vivia em pânico! Ia diminuindo de dia para dia. Aquele mostro oprimia e destruía o povoado, paralisando de medo as pessoas.
Um dia, chegou um sábio àquele povoado e logo ficou sabendo das histórias do mostro que aparecia na praia e atacava a aldeia. O povo pediu ajuda ao sábio. Este convocou todo o povo da aldeia para se juntar na beira da praia, no final da tarde, pela hora em que o monstro costumava aparecer. Naquele final de tarde, todo o povo se juntou na beira da praia, à volta do sábio. Ele falou:
“Eu sou meio cego... já não enxergo as coisas direito. Por isso, quero que vocês falem, que vocês vão dizendo como é o monstro, quando ele aparecer!”
Todo o povo ficou em silêncio, na expectativa! De repente, alguém gritou: “É ele! Está aparecendo!” Imediatamente o povo se atropelou, correndo, fugindo, gritando de medo... Mas o sábio logo gritou interrompendo a correria: “Não! Ninguém foge! Continuem todos aqui! Continuem olhando o mostro e falando o que vai acontecendo com ele!” E o povo, morrendo de medo, segurou a vontade de fugir e continuou relatando a evolução do monstro. “Aí vem ele! Está aumentando! Vem caminhando na direção da praia! Está ficando cada vez maior!”
Alguns não aguentavam o medo e saíam correndo. Mas o sábio logo interrompia a correria, pedindo que continuassem olhando o monstro e relatando o que estava acontecendo.
“Está... está diminuindo... está desaparecendo... desapareceu...”
O monstro são os inimigos de Cristo e dos cristãos. Se não nos unirmos, e tivermos medo, ele ficará cada vez maior e nos devorará. Mas se nos unirmos e formos corajosos na fé, ele desaparecerá. Às vezes, pequenos obstáculos da vida podem nos parecer monstros grandes e terríveis. Nessas horas, se tivermos medo e não nos unirmos, eles nos devorarão na certa.
Maria Santíssima não ficou livre das perseguições. Imagine o que ela sofreu ao pé da cruz, e em todas as suas dores. Que ela nos ajude.
Todos vos odiarão por causa de mim. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça.





CURIOSIDADES




10 curiosidades sobre Pelé



1. Seu primeiro apelido futebolístico, no time do Baquinho, de Bauru (SP), foi Gasolina. Foi ele mesmo quem criou, involuntariamente, o apelido de Pelé. Ainda criança, acompanhava o pai nos jogos do Vasco, da cidade mineira de São Lourenço, e acabou fã do goleiro Bilé. Nas peladas de rua, proclamava: "Eu sou o Pilé", trocando uma das letras do nome de seu ídolo. E Pelé ficou.


2. Em 1966, a rua em que Pelé nasceu, em Três Corações (MG), ganhou o seu nome. Quatro anos depois, com a conquista do tricampeonato mundial, a prefeitura homenageou seu ilustre filho com uma estátua em praça pública.


3. No Maracanã, há uma placa comemorativa por um gol extraordinário de Pelé, marcado contra o Fluminense, pelo Torneio Rio-São Paulo de 1961. Taí a origem da expressão "gol de placa".


4. Na partida contra o Vasco em 19 de novembro de 1969, Pelé se preparou para cobrar um pênalti, aos 32 minutos do segundo tempo. A partida era válida pela Taça de Prata. Pelé fez seu milésimo gol, sobre o goleiro argentino Andrada. A partida acabaria ali, com 2 a 1 para o Santos. O craque dedicou o jogo às crianças do Brasil.


5. Em sua homenagem, o armário número 6 do vestiário principal da Vila Belmiro, que ele costumava usar, está trancado para sempre. Ali dentro, o jogador deixou três pares de tênis, dois de chuteiras, um chapéu de couro e um colete, desde que se despediu do Santos, em 1974.


6. O primeiro jogo profissional de Pelé foi contra o Corinthians de Santo André, em 7 de setembro de 1956. O Santos venceu por 7 a 1. Nessa partida, Pelé marcou seu primeiro gol, o sexto do Santos. O goleiro do Corinthians de Santo André, Zaluar Torres Rodrigues, acabou ficando conhecido por tomar esse gol histórico.


7. Ao chegar no Santos, quando tinha 15 anos, Pelé recebia o equivalente a 75 dólares por mês. Em pouco tempo, o clube aumentou o seu salário para 600 dólares. O Rei do Futebol tem hoje um patrimônio pessoal de 25 milhões de dólares, e sua imagem movimenta o equivalente a 200 milhões de dólares anuais.


8. Em 1969, o time do Santos foi jogar na África: no Congo Kinshasa (atual República Democrática do Congo) e no Congo Brazzaville (atual Congo). Mesmo em guerra, os países assinaram um cessar-fogo para verem os jogos do time. O acordo permitiu que os soldados de Brazzaville levassem a equipe do Santos pelo rio Congo e a entregasse aos soldados de Kinshasa. Foram cinco jogos em nove dias. Pelé fez sete gols. Quando o jogador esteve na Biafra (país da África, onde existe hoje a Rodésia), a Guerra Civil também foi suspensa. Em outra ocasião, touradas foram canceladas na Espanha para não concorrerem com uma partida internacional que teria Pelé em campo.


9. Pelé já jogou como goleiro. Foi na partida Santos 4 x 3 Grêmio — com três gols de Pelé —, pela Taça Brasil de 1963, disputada no Pacaembu em 19 de janeiro de 1964. O goleiro Gilmar recebeu um cartão vermelho, e Pelé o subistituiu.


10. A rainha Elizabeth II concedeu ao atleta o título de "Sir" em 3 de dezembro de 1997. Ela já possuía a Cruz da Ordem da República Húngara, que lhe foi ofertada em 1994.




MOMENTO DE REFLEXÃO


Fui ao consultório do Dr. Belt para um check-up apenas algumas semanas depois de minha cirurgia. Isso foi logo depois do primeiro tratamento de quimioterapia.
A cicatriz ainda estava muito sensível. A parte de baixo do meu braço estava dormente. Um conjunto de sensações estranhas e novas parecia compartilhar o espaço anteriormente conhecido como meus seios - agora amorosamente apelidado de "o seio e o tórax".
Como sempre, fui levada a uma sala de exames para que mais uma vez tirassem meu sangue - um processo aterrorizante para mim, que tenho tanto medo de agulhas.
Deitei-me na mesa de exames. Vestia uma camisa larga de flanela xadrez e um corpete por baixo. Era uma roupa estudada cuidadosamente que eu esperava fosse vista pelos outros como uma roupa esporte qualquer. O xadrez da camisa camuflava meu seio, o corpete o protegia e os botões facilitavam o acesso médico.
Ramona entrou na sala. Seu sorriso caloroso e brilhante era familiar e contrastava com meus medos. Eu a tinha visto pela primeira vez no consultório há algumas semanas.
Não foi a enfermeira que me atendeu naquele dia, mas lembrei-me dela porque estava rindo. A risada tinha um timbre profundo, rico, aveludado. Lembro-me de ter pensado no que poderia ser tão engraçado, atrás da porta do consultório.
O que poderia encontrar naquela situação para rir daquele jeito? Deduzi que ela não levava a coisa toda suficientemente a sério e que eu tentaria achar uma enfermeira que levasse. Mas eu estava errada.
Naquele dia foi diferente. Ramona já havia tirado meu sangue antes. Ela conhecia meu medo de agulhas e gentilmente escondeu toda a parafernália embaixo de uma revista com a alegre fotografia da reforma de uma cozinha. Quando abrimos a camisa e tiramos o corpete, o catéter no meu peito ficou exposto e, com ele, a recente cicatriz.
Ela disse:
- Como anda sua cicatrização? Respondi:
- Acho que bastante bem. Lavo em volta com cuidado todos os dias.
A lembrança da água do chuveiro atingindo a carne dormente passou pela minha mente.
Ela se debruçou e passou gentilmente a mão na cicatriz, examinando a textura da pele nova e procurando irregularidades. Comecei a chorar baixinho. Olhou para mim com olhos amigos e disse:
- Você ainda não a tocou, não é? E eu respondi:
- Não.
Então esta mulher maravilhosa e carinhosa colocou a palma de sua mão marrom-dourada em meu peito pálido e permaneceu com ela ali por muito tempo. Continuei a chorar baixinho. Com tom suave, ela disse:
- Isto faz parte do seu corpo. Isto é você. Você pode tocá-la.
Mas eu não podia. Ela a tocou para mim. A cicatriz. O ferimento que estava se curando. E, por baixo, tocou meu coração. Em seguida, Ramona disse:
- Eu seguro a sua mão, enquanto você a toca.
Colocou a mão ao lado da minha e ficamos as duas caladas. Este foi o presente que Ramona me deu.
Naquela noite, quando fui me deitar para dormir, botei delicadamente a mão no peito e a deixei ali até pegar no sono. Eu sabia que não estava sozinha. Estávamos todos juntos na cama, metaforicamente, meu seio, meu tórax, o presente de Ramona e eu.

(Betty Aboussie Ellis)